Arte Moderna na Casa da Memória

Foi um show a abertura da exposição “Cem anos da Semana da Arte Moderna” na Casa da Memória Unimed Federação RS (Santa Terezinha, 263). A inauguração aconteceu no sábado, 7 de maio, à noite. A frente da casa restaurada ficou tomada de gente. Na sacada, apareceram Nilson May, presidente da Unimed Federação RS, e Gilberto Schwartsmann, escritor apaixonado pela arte moderna brasileira.
O ator Zé Adão Barbosa encarnou Ronald de Carvalho recitando o famoso e sempre irreverente poema de Manuel Bandeira, “Os sapos”.
A plateia, puxada por Schwartsmann, retomava, em tom farsesco, o espírito da Semana da Arte Moderna e vaiava divertida.
Vai aqui uma palhinha:
A exposição, que fica aberta ao público até 10 de junho, é um espetáculo de cores e de história arte, com obras de Anita Malfatti, Cícero Dias, Antonio Gomide, Di Cavalcanti, Guignard, Portinari, Oswaldo Goeldi, Portinari, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret.
Que tal apreciar Di Cavalcanti?

Um Cícero Dias

Dá para admirar também preciosas primeiras edições de livros como “Macunaíma” (S. Paulo, 1928). A curadoria da exposição é Gilberto Schwartsmann, José Francisco Alves e Sergius Gonzaga.
A performance foi também musical, com direito a músico encarnando Villa-Lobos com um pé de sapato e outro de chinelo.

Em tempos de obscurantismo o espírito iluminado da Semana da Arte Moderna de 1922 serve de alento e de estímulo.
Criar salva do atraso.
Os modernistas contaram com apoio da elite cafeeira ilustrada.
Um dos presentes provocou: quando o agronegócio dará a sua contribuição?
Quem sabe uma Semana da Arte Pós ou Hipermoderna.
Não dá para perder a exposição da Casa da Memória. Confiram: