Brasil perde duas seguidas e Diniz fica pressionado

Nunca fui um entusiasta de um treinador estrangeiro comandando a seleção brasileira, mas a atual conjuntura tem demonstrado um cenário de total incerteza. Com um grupo de jogadores jovens e talentosos, mas ainda inexperientes na seleção, e tendo à frente Fernando Diniz, considerado o melhor treinador em atividade no país, porém, também sem experiência na seleção, os resultados recentes têm gerado enorme preocupação. A falta de experiência tanto dos jogadores quanto do treinador na seleção parece estar refletindo nos resultados em campo. O estilo ousado e ofensivo de Fernando Diniz, que se destacou em clubes, ainda não encontrou a mesma efetividade na seleção, onde as demandas e expectativas são diferentes. Em alguns momentos fica claro a falta de pragmatismo e de entendimento sobre as diferenças de uma seleção e um clube de futebol. Fernando Diniz é um extraordinário profissional, mas até o momento tem demonstrado muita dificuldade para mostrar a mesma competência na seleção, a derrota diante da Colômbia ligou o sinal de alerta, especialmente depois das trocas promovidas por Diniz antes de o Brasil sofrer a virada. A expectativa para 2024 é sobre a confirmação do italiano Carlo Ancelotti para assumir a seleção e liderar um recomeço. Ancelotti tem uma carreira de sucesso em grandes clubes europeus com a experiência de lidar com jogadores de alto nível. Ele poderia proporcionar a estabilidade e liderança necessárias para desenvolver o potencial deste novo grupo de jogadores. Ancelotti trabalha com conceitos mais adaptáveis, sempre conforme o material humano à disposição, o que talvez possa se adequar de maneira mais eficaz à realidade da seleção brasileira.  Fernando Diniz ainda terá um tempo para melhorar o seu trabalho na seleção e tentar se tornar uma alternativa em caso de algum desacerto com Ancelotti, mas neste momento, o nome do italiano ficou ainda mais fortalecido.