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ESG como oportunidade de negócio é tema de Fórum Regional do Instituto Unimed/RS

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ESG como oportunidade de negócio é tema de Fórum Regional do Instituto Unimed/RS

Evento contou com a presença do especialista Ricardo Voltolini, marcando o aniversário de 15 anos do Instituto e o cinquentenário da Unimed Missões/RS, sede virtual do encontro


* Texto de Salus Loch

As cooperativas, por seus princípios e valores, estão mais próximas da matriz ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) do que as empresas convencionais o que, num mercado pressionado por questões climáticas e um novo perfil de consumidores, lideranças e investidores, especialmente, da geração millenials (entre 30 e 40 anos), pode representar a sobrevivência do negócio.

A análise é do CEO e fundador da consultoria Ideia Sustentável, Ricardo Voltolini, que participou do 1o Fórum Regional do Instituto Unimed/RS de 2022 na noite de quinta-feira, 28 de abril. Com sede virtual na Unimed Missões/RS, em Santo Ângelo, o evento, aberto pelo presidente da Federação/RS, Nilson Luiz May, além de celebrar os 15 anos do Instituto Unimed/RS e o cinquentenário da Singular anfitriã, trouxe para o centro do debate o ESG como oportunidade de negócio.

Por cerca de 1h30min, Voltolini – que tem mais de ¼ de século de atuação na área -, apresentou números, informações e tendências que indicam: sustentável é o novo rentável. “Empresas que cuidam de aspectos ambientais, sociais e de boa governança tendem a ser mais prósperas, obtendo melhores resultados do que as demais”, resumiu o palestrante citando o ex-CEO da Unilever, Paul Poman. “O ESG veio para ficar; não é voo de galinha. Quem não fizer agora, terá que fazer depois, mas vai ficar muito mais caro; se é que haverá tempo de correr atrás do prejuízo”, alertou Voltolini.

Idealizador da plataforma Liderança com Valores, o painelista, ao esclarecer as diferenças entre Sustentabilidade e ESG, entre as quais está o caráter estratégico e de urgência do último, apresentou 7 desafios e oportunidades do ESG:

1 – Estratégia de talentos orientada por questões de diversidade e inclusão. Capacidade de atrair e reter, gerando ambientes mais saudáveis e produtivos, formando capital humano e intelectual para inovação;
2 – Novo cuidar, com ênfase à saúde integral dos colaboradores. Entre as oportunidades geradas estão a melhoria da qualidade de vida do colaborador, além da abertura de um campo de novos negócios;
3 – Respeito aos direitos humanos em toda a cadeia de valor. Oportunidades: atração e retenção de talentos, redução de impacto na cadeia de fornecedores; e atendimento mais humanizado ao público;
4 – Impacto social mais estratégico. Além de gerar e reter talentos, tem o potencial de melhorar o relacionamento com as comunidades, gerando ganho de reputação e melhoria no ambiente de negócios;

5 – Mudanças climáticas e descarbonização (retirar gases de efeito estufa). Considerando que o carbono representará um custo para os negócios, à Unimed, e ao setor de saúde de modo geral, é fundamental estar atento a: reuso de água; gestão de energia e renováveis; gestão de resíduos; e construções verdes;
6 – Inserir ESG na estratégia do negócio e envolver colaboradores, com engajamento de presidente e Conselho de Administração; remuneração variável condicionada a resultados de ESG; adoção de compromissos públicos (meta farol). Oportunidades: ganho de reputação, aumentar a percepção positiva junto aos stakeholders, além de reduzir riscos;
7 – Necessidade de formar novas lideranças, mais cuidadora, ética, inclusiva e ecocêntrica. Oportunidades: oxigenação dos quadros da cooperativa; atração e retenção de talentos; e sintonia da organização com noção mais contemporânea da prosperidade.

Repercussões

Para o coordenador da Área 3 da Unimed/RS e presidente da Unimed Missões/RS, Roberto Valandro Bellinaso, a palestra de Voltolini foi um marco para a cooperativa gaúcha. Ele também reforçou a relevância da matriz ESG e o papel estratégico do Instituto, responsável por disseminar a cultura junto ao Sistema-RS.

O diretor administrativo do Instituto/RS e de Sustentabilidade da Federação/RS, Alcides Mandelli Stumpf, endossou o raciocínio de Bellinaso e, ao lembrar o nascimento do cooperativismo em meio à Revolução Industrial – estabelecendo paralelo com a obra Germinal, do escritor francês Émile Zola – chamou a atenção para o fato de que as pressões do presente, somadas pela mudança cultural e as tendências históricas irreversíveis caminham para um momento análogo ao do século 18; só que, desta vez, marcado por questões ambientais, sociais e de governança. “Em breve, será impensável negociar numa estrutura que não tenha a base ESG. Voltolini, o Sr., definitivamente, me convenceu disso”, pontuou Alcides.

O Fórum Regional com Ricardo Voltolini teve apoio do SECOOP/RS.

Frases de Ricardo Voltolini

“O lucro que vem em prejuízo de pessoas e do meio ambiente não será mais aceito”.

“Nos últimos 20 meses, potencializado pela pandemia, minha empresa estabeleceu junto a um diverso universo de clientes 4 vezes mais estratégias em Sustentabilidade e ESG do que nos 10 anos anteriores”.

“Toda empresa que segue a lógica do mercado, como a Unimed, estabelece relação direta com o ESG, e terá, cada vez mais, que incorporar as informações não financeiras ao negócio”.

“Quem ainda não entendeu a importância do ESG são lideranças mais orientadas ao século 20; os Millenials já entenderam”.

“É importante estarmos atento ao que o CEO da Bloomberg, Michael Bloomberg, projeta: se em 2021 o mercado global de investimento focado em ESG movimentou U$ 30 trilhões, em 2025 o valor pode chegar a U$ 53 trilhões”.

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