Eleições 2020

Eleições 2020: A busca por votos sem o calor das ruas de Porto Alegre

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Eleições 2020: A busca por votos sem o calor das ruas de Porto Alegre Foto: Alex Rocha / PMPA

Sem poder fazer aglomerações em vias públicas, candidatos apelam às redes. Mas os ataques em reuniões virtuais e a dificuldade de acesso pelo eleitorado de baixa renda trazem desafios à disputa online

A dois meses do primeiro turno das eleições, quase não se nota movimentação eleitoral na cidade. Por causa da pandemia, os eventos em vias públicas estão proibidos no município. Os tradicionais atos de campanha que reuniam multidões nas ruas e espalhavam santinhos nas calçadas em outros anos não vão acontecer – ou melhor, não podem, legalmente, acontecer. O decreto de calamidade pública, instituído em março e reeditado em junho, libera apenas feiras ao ar livre, cultos religiosos, atividades feitas no carro (drive-in) e passeios nos shoppings. Quem tem a prerrogativa para trocar novamente as regras de circulação é o prefeito Nelson Marchezan Júnior, pré-candidato à reeleição. 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou protocolos para minimizar os riscos de contágio nos locais de votação, mas não disse se haveria novas regras para comícios, atos e reuniões presenciais das campanhas. Também não comentou se candidatos podem sofrer punição por infringir as restrições sanitárias nas sessões de votação, como não usar máscaras ou se recusar a aplicar álcool em gel nas mãos. Em razão das incertezas legais e sanitárias, o acotovelamento por votos deve migrar definitivamente para um espaço ainda mais fragmentado: a internet. 

As eleições de 2018 já foram marcadas pelo uso das redes feito por apoiadores de Jair Bolsonaro, eleito com 57 milhões de votos mesmo sem participar dos principais debates na TV. A campanha bolsonarista potencializou o envio massivo de mensagens via WhatsApp, elemento novo que embaralhou a fiscalização do TSE, imóvel diante da estratégia. Atualmente, há quatro ações na justiça eleitoral que pedem a cassação da chapa vencedora, sem prazo para julgamento. Os autores alegam que houve disseminação proposital de notícias falsas contra adversários – em outubro de 2018, a Folha de S.Paulo revelou que empresários bolsonaristas contrataram pacotes de disparo em massa de mensagens para atacar a candidatura petista. O domínio das redes sociais pela extrema direita mudou o rumo das eleições em diversos países, acendeu um debate ainda não definido sobre regulação da internet e representa hoje um dos maiores desafios às democracias. É neste ambiente que favoreceu a ascensão de um presidente hostil à imprensa que a campanha e os debates ocorrerão.

A falta de uma definição assertiva sobre riscos e punições a ataques cibernéticos recai agora sobre o pleito municipal. Em Porto Alegre, a campanha começou com duas amostras disso: um vídeo apócrifo contra o prefeito de Porto Alegre e ataques a reuniões virtuais de duas pré-candidatas da esquerda. 

Outro ingrediente da disputa é a quantidade de pré-candidatos: são cerca de 13 nomes à prefeitura de Porto Alegre, e as legendas têm até o dia 26 de setembro para confirmar o registro da candidatura.

Para entender como as campanhas estão lidando com a configuração atípica destas eleições, o Matinal entrou em contato com cinco pré-candidatos: o ex-prefeito José Fortunati (PTB), a ex-deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB), a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL), o deputado estadual Sebastião Melo (MDB) e o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). Só o último não respondeu antes do fechamento da reportagem. Os pré-candidatos ouvidos foram os nomes mais votados nas duas últimas eleições que disputaram.

Lista de pré-candidatos

  • José Fortunati (PTB)
  • Manuela D’Ávila (PCdoB)
  • Fernanda Melchionna (PSOL)
  • Sebastião Melo (MDB)
  • Nelson Marchezan Jr. (PSDB)
  • Gustavo Paim (PP)
  • Valter Nagelstein (PSD)
  • Juliana Brizola (PDT)
  • Montserrat Martins (PV)
  • Carmen Flores (PSC)
  • Rodrigo Maroni (PROS)
  • Júlio Flores (PSTU)
  • João Derly (Republicanos)

Campanhas sem grandes atos de rua

Lives pelo Instagram, YouTube ou Facebook, postagens com memes satíricos, notícias retuitadas, algumas fotos antigas e grupos de apoiadores no WhatsApp. Essa será a cara das candidaturas para atrair o eleitorado, e não há muitas perspectivas de que isso mude daqui até novembro. 

Os candidatos concordam ao dizer que, sem o calor das ruas, a eleição municipal deste ano já traz uma diferença enorme em relação às anteriores. “Certamente, o tempo gasto com a campanha online hoje é quase pleno. Na campanha passada, a relação era mais corpo a corpo, participando de atos, jantares, encontros, seminários, sempre presencialmente”, observa José Fortunati, que tenta voltar à prefeitura dessa vez pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), depois uma década e meia de filiação ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). “Não tenho ido para os bairros e vilas populares, só tenho feito contato ou reuniões por meio do Zoom ou do WhatsApp”, explica.

O agora petebista – que faz 65 anos em outubro e, portanto, integra o grupo de risco à Covid-19 – tem feito raras aparições externas. Em agosto, visitou uma residência terapêutica para adultos com autismo. No início do mês, se reuniu com o superintendente do Incra no Estado, Tarso Teixeira, para tratar da regularização fundiária da zona rural do município. Teixeira é abertamente bolsonarista e mantém, na parede da sua sala, um retrato do presidente. 

Fortunati em reunião com Tarso Teixeira.

Nas redes, Fortunati tem feito lives com líderes comunitários, profissionais de saúde, professores e correligionários. As últimas publicações são vídeos e postagens mais institucionais, quase com tom de propaganda eleitoral. Além disso, republica frases motivacionais atribuídas a personagens como Winston Churchill ou Madre Teresa de Calcutá. Também divulga fotos de arquivo de sua gestão no comando da cidade.

Já Sebastião Melo, que foi vice-prefeito na gestão Fortunati e disputou o segundo turno em 2016 contra Marchezan, adotou uma agenda bem mais ativa nas ruas: o deputado visitou catadores de recicláveis e líderes comunitários na Restinga, almoçou filé à parmegiana na Rua dos Andradas, se reuniu com o presidente do Sindicato de Motociclistas do Rio Grande do Sul e pulou de bairro em bairro pedindo apoio de moradores – inclusive sem máscara.

Mas a capilaridade da chapa encabeçada pelo MDB não se resume aos encontros presenciais: “A campanha está organizando os chamados Vozes da Cidade, escutando propostas de diversos segmentos e setores da sociedade, debatendo soluções, entendendo as carências da cidade”, explica o vereador Ricardo Gomes (DEM), candidato a vice de Melo e coordenador da campanha. Nessas lives transmitidas pelo Facebook, são discutidos temas como mobilidade urbana, segurança pública, saneamento e desenvolvimento econômico pós-pandemia. Mas o alcance de até 2 mil pessoas por live ainda está longe do esperado: “A pandemia obviamente que é a principal preocupação das pessoas nesse momento, e nós sentimos que ainda não esquentou a pré-campanha. O público ficou mais restrito, isso é inegável”, admite Gomes.

No caso da candidata do PCdoB, conhecida por sua presença online desde os tempos do Orkut, a agenda foi adaptada mais facilmente às plataformas digitais. “Durante maio, junho e uma parte de julho, nós fizemos encontros regionais nos bairros, mas virtualmente. Foram 17 encontros regionais e 15 encontros temáticos. Reunimos milhares de pessoas”, diz Manuela d’Ávila, que tentou se eleger prefeita duas vezes, em 2008 e 2012, e disputou a vice-presidência da República com Fernando Haddad, em 2018.

Além das plenárias com a militância, a ex-deputada também faz lives com cientistas, intelectuais e artistas não vinculados publicamente ao partido – como o epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas; a economista Laura Carvalho, professora da Universidade de São Paulo; e a drag queen Rita von Hunty. No Instagram, onde é seguida por 1,9 milhão de usuários, divulga o lançamento do seu novo livro e se vale de memes para tratar de educação e privatizações, entre outros temas. O WhatsApp, por enquanto, só é usado para reunir grupos de apoiadores. A candidata ainda tem feito alguns encontros presenciais em escolas, assentamentos, associações comunitárias e sedes de categoriais profissionais.

Estreante na corrida pelo comando do Executivo municipal, a deputada federal pelo PSOL Fernanda Melchionna tem buscado um meio-termo entre as atividades nas ruas e nas redes sociais. “Temos nos organizado muito virtualmente e, quando precisamos fazer visitas, reuniões ou outras atividades presenciais, é sempre com as devidas medidas sanitárias e distanciamento social”, assegura Camila Goulart, coordenadora da campanha. “Sempre fizemos campanha muito corpo a corpo, muito pessoal. É óbvio que ainda vai ter, em alguma medida, campanha de rua, a gente só não sabe quando”. 

Melchionna é a líder do partido na Câmara dos Deputados e foi a parlamentar gaúcha mais votada nas eleições de 2018, com 114 mil votos. Boa parte dos seus conteúdos nas redes tem como alvo os governos Bolsonaro, Leite e Marchezan – principalmente, o primeiro e o último. Suas plataformas de maior alcance são o Facebook e o Twitter, com 178 mil e 103 mil seguidores, respectivamente. É por lá que ela vem recolhendo assinaturas para o impeachment do presidente. A candidatura psolista também conta com o apoio de intelectuais de esquerda, como a antropóloga Debora Diniz, professora da Universidade de Brasília exilada há dois anos em Nova York por causa das ameaças de mortes que sofre no país. Para ter acesso às listas de transmissão e aos grupos de WhatsApp da campanha, os eleitores precisam preencher um formulário no site oficial e manifestar apoio à candidatura para a prefeitura de Porto Alegre. Mais de 1,4 mil pessoas já assinaram.

Na semana passada, a deputada se reuniu presencialmente com líderes de religiões de matriz africana. No fim de agosto, participou de um encontro com representantes de escola de samba da Capital. Também discursou numa manifestação contra a intervenção do governo Bolsonaro na escolha do novo reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Ataques virtuais

Ainda que a crise do coronavírus tenha forçado o deslocamento da maior parte das campanhas para meios digitais, esse fenômeno vem crescendo a cada nova disputa e já era esperado por analistas. A corrida presidencial que elegeu Jair Bolsonaro já ficou conhecida pelo uso massivo do WhatsApp, mas não por bons motivos. “O aplicativo tornou-se um paraíso para a disseminação de notícias falsas, pois juntou o anonimato da fonte original à criptografia de ponta a ponta, viabilizando a viralização”, resumiu, em um seminário, o pesquisador João Guilherme Santos, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Um dos burburinhos da corrida eleitoral deste ano foi a veiculação de um vídeo apócrifo contra Marchezan, o Grupo RBS e empresas de publicidade. O material acusava a prefeitura de favorecer as agências Escala e Morya em licitações e, por sua vez, essas agências destinariam verbas publicitárias à RBS em troca de uma cobertura favorável à gestão municipal. Todos negam as acusações.

Os ataques não se limitam ao compartilhamento de conteúdos falsos ou duvidosos. No dia 21 de agosto, uma live da Fernanda Melchionna precisou ser interrompida depois de uma invasão de bolsonaristas na plataforma Google Meets. “Estávamos em uma plenária de apresentação do programa de governo, eram mais de 500 pessoas reunidas. Não fazia nem dez minutos que havíamos começado nossa atividade, e sofremos ataques de hackers ligados ao Bolsonaro, colocando fotos do presidente armado, gemidão, fazendo críticas machistas, racistas, homofóbicas”, lamenta a chefe da campanha Camila Goulart.

Desde então, a candidata do PSOL passou a fazer reuniões apenas com links fechados, mas transmitidos pelas redes sociais. Os novos protocolos de segurança para atividades maiores ainda estão sendo definidos pela coordenação da campanha.

A candidata do PCdoB diz também já ter sofrido ataques pelo Meets, o que a levou a mudar de aplicativo. “Mudamos de plataforma e criamos novos procedimentos de segurança. Como sou alvo de ataques, inclusive fisicamente, temos protocolos de segurança bem rigorosos nas minhas agendas. São muitas ameaças de morte, muitas tentativas diárias de derrubar os meus perfis nas redes”, conta d’Ávila. Segundo a coordenação de comunicação, agora é usado o Zoom, que permite trancar os microfones, e os participantes da reunião só podem passar slides ou vídeos com autorização do anfitrião.

O candidato do PTB e ex-prefeito José Fortunati alerta que fará denúncias contra eventuais ataques cibernéticos. “Naturalmente, as redes são um repositório de ataques. Ao longo do tempo, a gente acostuma, mas obviamente tomamos as providências cabíveis. Já fui ameaçado através das redes, também com fake news, fui à polícia e vou continuar fazendo dessa forma”, diz. Conforme Roberto Andrade, coordenador de comunicação da campanha do petebista, não houve ameaças nas lives do candidato nestas eleições. Nas reuniões virtuais, são usados dois aplicativos de criptografia e proteção de dados.

A legislação é um tanto confusa sobre crimes cibernéticos. O Código Eleitoral prevê, por exemplo, pena de até dois anos e multa para quem caluniar alguém, seja candidato ou não, com fins de propaganda eleitoral. Também pode ser igualmente punido aquele que ajudar a espalhar a mentira, desde que saiba que a acusação é falsa. Se a acusação se provar verdadeira, é excluído o crime. Porém, a evidência não pode ser usada especificamente contra o presidente da República ou chefe de governo estrangeiro – uma aberração inconstitucional, segundo um relatório jurídico do próprio TSE, porque viola a liberdade de expressão. Além disso, a lei é abertamente burlada pelo envio massivo de mensagens anônimas em aplicativos com criptografia entre remetente e destinatário, o que dificulta o rastreamento da fonte original e ajuda a limpar a barra de quem compartilha sem saber que o conteúdo é falso.

Como qualquer tecnologia de comunicação, as redes sociais não são boas ou ruins por definição, mas dependem do uso que lhes é dado. Se a desinformação cresce, as ferramentas de cooperação política podem aumentar também. “De qualquer maneira, as redes sociais teriam um papel predominante nestas eleições. Mas a pandemia veio para marcar esta eleição como a primeira a ser definida pela internet. As pessoas vão procurar se informar por Twitter ou WhatsApp e não tanto por debates na TV ou no rádio”, acredita Daniely Votto, cientista social especializada em participação cidadã. 

De acordo com Votto, uma das novidades neste ano são os coletivos de candidatas – sobretudo a vereadoras – que, mesmo pertencendo a partidos de colorações diversas, se reúnem em grupos de WhatsApp de abrangência nacional. “São mulheres do PSDB, do PT, do PCdoB, muitas delas concorrendo pela primeira vez. Como há um boicote muito grande dentros dos partidos, ali elas fazem cursos de como falar para a imprensa, por exemplo”.

Democracia online, mas nem tanto

De certa forma, as redes sociais oferecem às figuras políticas a oportunidade de ampliar seus públicos habituais e, consequentemente, atrair mais adeptos. Gente que talvez não teria tempo hábil para comparecer a um comício presencial, por exemplo, pode simplesmente acessar um vídeo no Instagram para conhecer as propostas dos candidatos enquanto lava a louça ou faz um lanche. “Com esse monte de gente fazendo lives, há uma democratização da informação, dos pontos de vista”, acredita Votto.

Porém, duas candidatas e um candidato consultados pelo Matinal foram mais reticentes nessa questão. “Mesmo com redes potentes, elas são espaços que só acessa quem tem conexão. Quem tem planos de dados, inclusive para os encontros mais longos? Então, tem um prejuízo bastante grande”, aponta d’Ávila. Fortunati acredita que as redes aumentam o alcance, mas é difícil medir o impacto devido à mediação. “Reuniões que teriam 15 ou 20 pessoas presencialmente agora têm 200, 300 e já chegamos a 5 mil pessoas. Através da internet, é claro que há um distanciamento muito grande em relação às pessoas. Então, o resultado da afetividade, das relações humanas são muito distintos num caso e no outro”, pondera.

Melchionna concorda que há uma participação maior, embora limitada. “O acesso à internet no Brasil ainda é muito restrito. Isso torna mais difícil o alcance de alguns dos nossos apoiadores. Tem reuniões virtuais em que a gente fala por telefone com as pessoas e elas ficam sem conexão, não conseguem participar. Já do ponto de vista numérico, a gente vê que tem uma participação grande”, diz a coordenadora da campanha da Melchionna.

A Região Sul é a parte do país onde mais gente tem acesso à banda larga – cerca de 70% da população, segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação. Destes, porém, apenas 47% usam serviços de internet via cabo ou fibra. Além disso, outros 21% dependem exclusivamente da conexão pelo 3G ou 4G do celular – muitas vezes, pacotes de dados com WhatsApp ilimitado, mas com restrição para outros serviços. São esses eleitores os mais vulneráveis às mentiras, difamações e correntes maliciosas da rede, porque não podem se dar ao luxo de abrir o navegador e apurar a veracidade de cada nova mensagem.

Enquanto a justiça eleitoral não dá respostas contundentes sobre o tema, a preocupação latente é garantir a segurança sanitária das eleições. A identificação biométrica foi retirada e houve a ampliação do horário de votação, que agora vai das 7h às 17h, com horário preferencial até as 10h para idosos. Um grupo de empresas doou 9,7 milhões de máscaras, 1,8 milhão de protetores faciais e 2 milhões de frascos de 100 ml de álcool em gel para quem vai trabalhar nos locais de votação, além de 1 milhão de litros de álcool em gel para os eleitores. “Cada mesário receberá três máscaras para trocar ao longo do dia. Há um pequeno excedente que poderá ser usado para eleitores, mas a recomendação geral é que todos os eleitores compareçam com máscara. Sem máscara, não será permitido o acesso aos locais de votação”, avisou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, em coletiva realizada na última terça-feira (8). Apesar disso, há incertezas sobre o comparecimento às urnas, tanto por parte do eleitorado quanto dos mesários. Mesmo com protocolos de segurança, serão eleições realizadas em um país que está longe de controlar a pandemia. “Acho que não vai mudar tanto, mas algumas pessoas vão usar o coronavírus como desculpa para não ir votar”, pensa Votto. O resultado será conhecido em novembro. 

Pré-candidatos à prefeitura de Porto Alegre (links para redes e sites)

José Fortunati (PTB)

Manuela D’Ávila (PCdoB)

Fernanda Melchionna (PSOL)

Sebastião Melo (MDB)

Nelson Marchezan Jr. (PSDB)

Gustavo Paim (PP)

Valter Nagelstein (PSD)

Juliana Brizola (PDT)

Montserrat Martins (PV)

Carmen Flores (PSC)

Rodrigo Maroni (PROS)

Júlio Flores (PSTU)

 João Derly (Republicanos)

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