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Câmara da Capital vai para 2021 mais jovem e plural

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Câmara da Capital vai para 2021 mais jovem e plural Suplente de Melchionna em 2016, Karen Santos foi a vereadora mais votada neste ano. Foto: Luiza Dorneles/CMPA

Porto Alegre elege uma Câmara mais jovem e mais plural

A partir de janeiro, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre estará mais plural. Com mais mulheres e pretos, a Casa terá uma composição um pouco mais próxima da realidade da sua população. As cinco mulheres com mandatos hoje foram reeleitas, e outras seis somaram-se a elas. Assim a representatividade feminina sobe de 14% para 31% na comparação com a atual legislatura.

Com quatro vereadoras negras e um vereador negro, Porto Alegre elegeu para 2021-2024 a Câmara mais preta da sua história. A renovação do legislativo se dá também na faixa etária dos ocupantes da Casa, cuja média de idade passa de 55 para 48 anos.

A Matinal publica hoje o levantamento completo do perfil dos novos vereadores e vereadoras da Capital, conteúdo produzido pela Afonte Jornalismo de Dados. Além de dados mais detalhados sobre gênero, raça e idade, você confere na matéria completa informações sobre os partidos, a escolaridade, o patrimônio, a ocupação e a cidade de origem de quem ocupará a Câmara Municipal na próxima legislatura.

Leia o perfil completo da nova Câmara de Porto Alegre


O que mais você precisa saber


Melo e Manuela recebem primeiros apoios – O dia seguinte ao primeiro turno serviu para Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB) começarem a construir alianças visando o embate do dia 29. Melo já recebeu apoio de Gustavo Paim (PP) e a sinalização de Valter Nagelstein (PSD), enquanto Manuela agregou à sua base o PSOL, de Fernanda Melchionna, e a Rede Sustentabilidade, que no primeiro turno esteve com Juliana Brizola (PDT). Com 41 mil votos (6,5%), a deputada trabalhista não se inclinou para nenhum lado ontem. No partido, há um clima de animosidade contra Manuela, em razão de um processo judicial durante a campanha. A definição do PDT deverá ser tomada apenas hoje. O prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), terceiro colocado na disputa, também não se posicionou. Apesar da derrota, os tucanos, ao lado de PT e PSOL, terão a maior bancada na próxima legislatura da Câmara. Enquanto suas campanhas conversam com os outros candidatos, amanhã Melo e Manuela se enfrentam no primeiro debate do segundo turno, da Rádio Gaúcha, a partir das 8h10. No rádio e na TV, o horário eleitoral volta na próxima sexta-feira.

Porto Alegre tem a maior abstenção às urnas no País – Enquanto buscam ampliar as suas bases, Melo e Manuela terão outro desafio para o segundo turno: lidar com a alta abstenção em Porto Alegre, que foi a capital com a maior taxa de não comparecimento às urnas, com 33,08% – ou seja, um cada três eleitores não exerceram o direito ao voto. E é uma situação que se mostrou mais acentuada nas principais cidades do Rio Grande do Sul. Em Santa Maria e Canoas o índice foi de 28%. Pelotas chegou a 26%, e Caxias do Sul, 24%. A média nacional foi de 23%, três pontos a mais que na eleição presidencial de 2018. O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, comemorou o fato de a taxa no País ter ficado abaixo dos 25%. Uma das prováveis razões (🔒) para a alta abstenção dos porto-alegrenses em comparação com a média nacional é a elevada população de idosos, que são grupo mais vulnerável à Covid-19. A cidade tem o maior número de pessoas acima de 60 anos dentre as capitais brasileiras.

Piratini muda regras para fechar de escolas e mantém Capital na bandeira laranja – Mais uma vez, o Gabinete de Crise do Governo Estadual alterou regras sobre protocolos do distanciamento controlado. A partir de agora, escolas já abertas só precisarão fechar as portas depois de duas semanas consecutivas em bandeira vermelha; a norma anterior era de uma semana. A mudança foi divulgada ontem, quando o Piratini também informou ter reconsiderado as classificações prévias de risco alto para Porto Alegre e outras três regiões do Estado. Assim, ficam na bandeira vermelha sete áreas: Novo Hamburgo, Santo Ângelo, Santa Rosa, Capão da Canoa, Canoas, Cruz Alta e Ijuí. O professor de Infectologia da Faculdade de Medicina da UFRGS, Alexandre Zavascki, ressaltou a importância de se respeitar os protocolos da bandeira vermelha: “É o mínimo para mitigar o problema”, disse ele, expondo um gráfico que mostra o crescimento na ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19. “Sabemos que quando aumenta ocupação de UTI, casos já estão muito elevados”, concluiu.

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Cultura

A banda Supervão. Foto: Kim Costa Nunes

Formado em São Leopoldo, o grupo Supervão acaba de lançar o EP Depois do Fim do Mundo, quarto compilado do trio formado por Leonardo SerafiniMario Arruda e Ricardo Giacomini. “Compor e gravar nesse ano que foi 2020 nos exigiu muitas mudanças e adaptações. Tivemos que produzir e compor de uma maneira totalmente diferente do que já tínhamos feito. Agora que o processo de produção acabou, estou me sentindo feliz e até mais forte por saber que a criação sempre acaba vindo”, conta Serafini. Leia a matéria.

Agenda (🔒)

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Às 18h30min, no projeto Adaptação, do Instituto Ling, o escritor Pedro Gonzaga e Roger Lerina comparam o livro A Hora da Estrela e o longa-metragem homônimo dirigido por Suzana Amaral e com Marcélia Cartaxo.

O tema do Sarau Elétrico desta semana é Faça Amor, Não Faça Guerra e tem a canja do músico Marcelo Gross, às 21h.

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Você viu?

A comunidade científica gaúcha segue figurando em rankings internacionais renomados de pesquisas. O último reconhecimento foi pelo Journal Plos Biology, em que 22 professores da UFRGS foram apontados entre os 2% mais influentes do mundo. A universidade também teve 30 pesquisadores dentre os 2% com produção científica de maior impacto no ano passado. O ranking é elaborado em parceria com uma equipe da Universidade de Stanford liderada pelo médico John Ioannidis, referência nas áreas de epidemiologia, pesquisa clínica e medicina baseada em evidências.

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