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Comércio da Capital voltará a abrir no sábado

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Comércio da Capital voltará a abrir no sábado Shoppings agora podem abrir também aos sábados. Foto: Luciano Lanes/Arquivo PMPA

Em dia de recorde em leitos de UTI, Marchezan libera comércio aos sábados

Decreto de ontem da Prefeitura de Porto Alegre enfim atendeu aos pedidos de representantes empresariais e autorizou a reabertura do comércio aos sábados. O texto foi publicado no fim da tarde de ontem, dia com maior número de pacientes com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva de hospitais da Capital: 344 – além de outros 29 casos suspeitos.

Já liberado para operar de segunda a sexta, o comércio vai poder reabrir aos sábados com restrições. Lojas de rua estarão autorizadas a receber clientes das 9h às 17h, enquanto shoppings, das 12h às 20h. Bares e restaurantes também foram beneficiados, podendo funcionar até as 22h. Já cultos e missas poderão ter lotação de até 250 pessoas, desde que não exceda os 30% da capacidade máxima prevista no alvará. 

A alta no número de internados com coronavírus somada às novas flexibilizações deixam em alerta especialistas: “Essas medidas precisam vir acompanhadas da contribuição e da colaboração da população. Não podemos nos descuidar. O número é preocupante e o sistema está em sobrecarga”, afirmou o doutor em Epidemiologia e professor da UFRGS, Paulo Petry. O infectologista André Luiz Machado da Silva, que atua no Hospital Conceição, prevê dias complicados: “Esse aumento na taxa de ocupação dos leitos de UTI covid vai continuar subindo, infelizmente, nos próximos dias”.

Além da coincidência do decreto de flexibilização com o novo recorde de uso de UTI por pacientes com Covid-19, a terça-feira também foi o dia em que Porto Alegre superou a marca de 700 óbitos relacionados ao coronavírus. Essa última centena foi completada em três dias a menos do que a anterior – tinham sido 11 dias entre a 500ª e 600ª morte. Exatamente um mês atrás, sequer haviam 400 registros fatais.


O que mais você precisa saber

Justiça suspende processo de impeachment – A Justiça suspendeu, ontem, o processo de impeachment contra o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Segundo a liminar, assinada pelo juiz Cristiano Vilhalba Flores, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, o chefe do Executivo porto-alegrense não teve amplo direito para defesa na Comissão Processante, que deu parecer positivo para o início do rito do impeachment na última sexta-feira. Com a decisão da Justiça, o processo segue parado até que o mérito seja julgado. A medida garante um precioso tempo para Marchezan visar sua campanha à reeleição. Entre hoje e amanhã a Câmara deverá recorrer da decisão. 

Piratini propõe volta da educação infantil na terça que vem – Após reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o Governo do Estado propôs que as aulas presenciais comecem a retornar no dia 8 de setembro pela educação infantil. A partir de 21 de setembro, voltariam o ensino superior e médio; em 28 de outubro, o ensino fundamental (anos finais); e em 12 de novembro, os anos iniciais do fundamental. A retomada na rede estadual está prevista para 13 de outubro. Em uma live à tarde, o governador Eduardo Leite enfatizou que se trata de uma decisão dos municípios: “É um calendário para deixar de restringir e não para obrigar o retorno. Os municípios poderão encaminhar suas decisões, respeitando os prazos de retorno”, explicou. A prefeitura de Bagé, por exemplo, já definiu que a rede municipal não volta este ano. Cidades do Vale do Sinos descartaram o retorno neste mês. O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS e o Cpers, que representa os docentes estaduais, consideram precipitado o calendário. E mesmo a própria Famurs se mantém contrária à decisão. Especialistas ouvidos por GaúchaZH também questionam a proposta. Nesta semana, as aulas retornaram em países da Europa, como França e Bélgica, depois de seis meses de estudos.

Van Gogh à venda – Tradicional reduto da boemia de Porto Alegre, famoso por suas sopas quentes e cervejas geladas, o Bar Van Gogh está à venda. Sem mesas na rua e aglomerações, o dono Cláudio Piovesani contou que o espaço seguirá aberto apenas para telentrega enquanto um novo proprietário não aparece. A decisão não se deve apenas à pandemia. “Já estou cansado também”, contou Piovesani, que esteve à frente do bar nos últimos 27 anos – o Van Gogh já tem 60. A ideia dele é se aposentar e se mudar para o Vale do Taquari, onde moram parentes. Interessados no bar devem procurá-lo preparados para desembolsar cerca de 90 mil reais.

Outros links:


Cultura

O músico Cláudio Levitan apresenta o livro Os Portoalegríadas, uma Fábula para a Cidade, em live, às 20h.

A iniciativa Natura Musical seleciona novos projetos para patrocínio em 2021. A plataforma busca artistas, bandas, grupos, coletivos e empreendedores culturais, em diversos estágios de carreira, interessados em desenvolver projetos artísticos.

Grupo Cerco reinventa sua forma de ensinar teatro na oficina online Desbravar & Criar, que chega à terceira edição, com inscrições abertas.

Mais dicas culturais? Acesse aqui.


Você viu?

Hoje é Dia do Repórter Fotográfico. Convidamos vocês a apreciarem os ensaios fotográficos que publicamos na revista Parêntese, como o da Ângela dos Santos. Nega Ângela, como se apresenta no Instagram, é introduzida aos nossos leitores pelo professor, fotógrafo e artista visual Fernando Schmitt: “Quando a Angela mostrou em aula pela primeira vez esses retratos que andava fazendo pelas ruas de Porto Alegre, ainda antes do início da pandemia, soava estranho que ela os chamasse de anônimos invisíveis. Vinha com a fotografia e dizia este é o Zig, esta, a Dona Maria e aqui o Seu Zé da Barba, o Mouro, a Marli, o Pedro, a Giulia Victoria, a Aneli. Todos tinham nome e todos tinham imagem. Logo percebi, no entanto, que esses personagens continuavam invisíveis ao olhar dos passantes e que seus nomes eram realmente desconhecidos de quase todos.”

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