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Delta chega a um RS com mais da metade da população vacinada com a primeira dose

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Delta chega a um RS com mais da metade da população vacinada com a primeira dose

No momento em que o RS passa dos 51% de seus moradores com ao menos uma dose de vacina anticovid, a variante Delta do coronavírus entrou em circulação no Estado. Os dois primeiros casos da cepa, que é uma linhagem mais transmissível do coronavírus e causa preocupação em diversos países, foram confirmados em moradores de Gramado. Eles tiveram contato entre si, conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Mais quatro casos em gaúchos são suspeitos – dois de Sapucaia do Sul, um de Esteio e um de Canoas. Outra investigação descartou a presença da variante em um paciente de Livramento.

Por conta dos casos, Gramado pedirá vacinas extras para tentar proteger a sua população – atualmente, o município já iniciou a imunização em metade de seus moradores. Estudos atuais indicam que só se está protegido da Delta com o ciclo vacinal completo. Mas a SES informou que, por ora, não há um planejamento neste sentido. Entre a noite de ontem e o fim da tarde de hoje, 429,8 mil doses de vacinas terão desembarcado no RS.

As análises genômicas que confirmaram a presença da Delta no RS foram encaminhadas pela Fiocruz, mas dentro de poucas semanas o RS poderá fazer esse estudo aqui mesmo, a partir de um novo equipamento da UFRGS. A máquina poderá sequenciar o genoma de dezenas de amostras por semana. Após a pandemia, o equipamento será utilizado em pesquisas e análises na universidade.

Menor gravidade em vacinados – A Delta caminha para ser a cepa dominante no mundo. Porém, mesmo podendo infectar quem já se vacinou, ela tende a provocar quadros mais leves nesse público, segundo a professora Sarah Gilbert, uma das líderes na pesquisa que desenvolveu a vacina de Oxford/AstraZeneca. “O número de infecções, em certo sentido, será menos importante que o de hospitalizações”, afirmou ela, em entrevista publicada no El País.

“Sabemos que, uma vez vacinada, a pessoa pode ser contagiada, mas sua doença é mais branda, e o normal é que transmita menos o vírus. Atualmente, o número de casos que levam à internação não é o mesmo de um ano atrás”, acrescentou a cientista.

O que mais você precisa saber

Acidente na Ilha das Flores ocorreu em meio a série de irregularidades – Não bastasse o susto para cerca de 50 pessoas que caíram na água durante uma festa na Ilha das Flores, o caso ganhou ares de tragédia com a morte de uma universitária que estava no evento. A vítima, que tinha 26 anos de idade, não resistiu às complicações do período que ficou submersa nas águas do Rio Jacuí e morreu no Hospital de Pronto-Socorro. Conforme apurado pelo jornal Zero Hora, o restaurante onde aconteceu o acidente, o evento e a marina estavam em situações irregulares. Conforme a Polícia, no local ocorriam duas festas de aniversário. A apuração do caso deverá gerar indiciamento dos responsáveis pelos crimes de homicídio, lesão corporal e infração de medida sanitária preventiva.

Falha elétrica pode ter iniciado incêndio na SSP – Enquanto os dois bombeiros desaparecidos ainda não são encontrados, a apuração de como começou o incêndio que destruiu o prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre, está no centro das investigações da Polícia Civil. Testemunhas que viram o início das chamas ainda prestam depoimento. As manifestações possibilitam a exclusão de que tenha ocorrido um crime no edifício e as informações obtidas até aqui indicariam que o fogo teria iniciado a partir de uma falha elétrica. A tese, porém, ainda precisa da confirmação de um laudo pericial. Um dos prejuízos materiais foi contabilizado pelo Detran, que perdeu 95 mil documentos, entre recursos, defesa de multas e apresentações de condutor. A proposta da autarquia é que todos sejam arquivados porque não há maneira de resgatar o que foi queimado. A sugestão, no entanto, precisa passar por uma análise sobre a legalidade do ato. O Conselho Estadual de Trânsito deverá reunir seus integrantes para discutir o assunto.

Reconstituição da morte de Beto Freitas no Carrefour ocorrerá em agosto – A reconstituição da morte de João Alberto Silveira Freitas, espancado há oito meses no estacionamento do hipermercado Carrefour, em Porto Alegre, foi agendada para agosto, entre os dias 10 e 12. No mesmo mês, mas no dia 18, deverá ocorrer a primeira audiência sobre o caso. Conforme a delegada Roberta Bertoldo, os réus não são obrigados a participar da reprodução simulada. A defesa da fiscal Adriana Alves Dutra avalia a possibilidade, mas o ex-PM Giovane Gaspar da Silva deverá estar no local, segundo seus advogados. Rafael Rezende também estuda a sua presença no ato, enquanto Magno Braz Borges não irá comparecer.

Vacina, sim!

Conforme previsto, a vacina contra a Covid-19 a partir de hoje passa a abranger o público com 33 anos. A primeira dose será aplicada em 13 pontos diferentes da Capital. Saiba mais aqui

Outros links:


O retrato da vó Adely

“Ano passado, assisti ao filme Travessia, de Safira Moreira, que falava sobre o fato de algumas famílias negras possuírem uma única e solitária foto de seus antepassados, justamente porque elas custavam caro. Foi então que lembrei da única foto que tinha visto da minha vó Adely. Era um retrato do casal: vô Paulo e vó Adely. Era uma fotopintura, feita em meados da década de 60, no século passado. Ela ficava na parede da casa da minha tia Niquinha, em frente à porta de entrada, em uma leve diagonal, à direita. Era a foto de um casal branco. Eu imaginava que aquela pudesse ser a foto de algum ‘patrão bondoso’ da família, para merecer tamanho destaque. Quando soube que se tratava de meus avós, achei muito estranho. Sabia que o meu vô era um miscigenado, homem negro de pele bem clara, quase branco. Mas se minha vó, que eu não conheci, também era bem branquinha, da onde viria a negrura da minha pele, do seu Jair, meu pai, dos meus tios, Jorge Irecê e César Irajá?”

Quer acompanhar Dedy nessa viagem ao passado embranquecido da família? Leia aqui a crônica completa.


Cultura

“Filha do Sol”, B.art reflete sobre diáspora, poder e amor em versos e imagens

B.art. Foto: Edi

A rapper pelotense B.art lançou Filha do Sol, álbum visual e sonoro que reúne 10 faixas e cinco clipes, concebidos e roteirizados pela própria artista, nos quais versos sobre a diáspora africana, processos de descolonização, ascensão social, poder e amor são traduzidos em imagens igualmente potentes. “Ser preto na diáspora é sempre buscar esse lugar onde tu vai te encontrar e entender que esse espaço é teu também. O disco tenta traçar essa história”, conta a cantora em entrevista ao repórter Ricardo Romanoff

Agenda (🔒)

Às 19h, o MARGS promove uma conversa entre o pesquisador Felipe Caldas e o diretor-curador do museu, Francisco Dalcol, com o tema “Geração 80: a gente não quer só dinheiro”, integrando a exposição Lia Menna Barreto: A Boneca Sou Eu — Trabalhos 1985-2021.

Os escritores Richard Serraria e Paola Severo participam de bate-papo do projeto Prosa Cultural Sesc, às 19h.

Às 21h, o Sarau Elétrico recebe o escritor Daniel Galera – leia a entrevista sobre o livro O Deus das Avencas –, com canja da cantora Tati Portella.
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Você viu?

Intitulada “Que Porto é esse?”, a série de matérias especiais elaborada pelo jornal Sul 21 teve a primeira reportagem lançada. As sete publicações pretendem abordar e discutir a Porto Alegre do futuro, com suas transformações e evoluções. E não apenas isso. Os textos também contarão histórias da Capital sob diversos tons, que vão da cidade que afasta uma comunidade pobre da periferia para a realização de uma obra do aeroporto até os locais anunciados como bairros privativos e luxuosos.

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