Matinal News

Gestão Melo aciona Plano B para aumentar alíquotas

Change Size Text
Gestão Melo aciona Plano B para aumentar alíquotas

Não funcionou a articulação política da base do governo Sebastião Melo (MDB) na Câmara Municipal para a aprovação da Reforma da Previdência. Passadas quatro sessões e mais de duas semanas, o apoio mínimo necessário, de 24 votos, não veio. A partir de agora, a Prefeitura dá vazão ao plano B, um projeto de lei complementar, que eleva as alíquotas de contribuição dos servidores para até 22%.

Trata-se de uma mobilização que coloca tanto sindicatos quanto a oposição numa situação delicada, “entre o ruim e o pior”, como definiu a jornalista Taline Oppitz. Isso porque tecnicamente o governo não foi derrotado, e sim retirou a urgência da proposta da reforma, que vinha trancando a pauta. Dessa forma, ganha ainda mais tempo – nesse cenário de pressão – para alcançar os votos necessários. 

Para aprovar as novas alíquotas, a projeção do placar já está folgada para o Paço, pois é preciso 19 votos – e o Paço calcula que já tem 22. O vereador Pedro Ruas (PSOL) vê a ação como um movimento hostil do Executivo:  “O projeto é apenas uma ameaça do prefeito”, afirmou ele, que é o líder da oposição na Casa. “A sociedade não pode compactuar com uma lei de vingança em cima do salário dos servidores.” 

Líder do governo, Idenir Cecchim (MDB) disse acreditar que até a votação do novo projeto – que pode ocorrer ainda antes do recesso, em 17 de julho – os servidores pedirão “por favor” (🔒) que o texto da reforma seja aprovado. Segundo ele, a proposta é “uma das mais brandas do Brasil”. Uma audiência pública do projeto deve ocorrer no dia 29 de junho. 

PDT no centro das discussões – O fiel da balança na votação da reforma foi o PDT, que manteve a posição de ser contrário ao projeto. Os parlamentares do partido, Márcio Bins Ely e Mauro Zacher, acabaram sendo atacados nos discursos no plenário. O vereador Clàudio Janta chegou a ler uma lista com 11 CCs que teriam sido indicados pelos trabalhistas e pediu suas exonerações: “Quem não é governo, que tenha a hombridade de sair do governo”, protestou. 

Ainda em meio à tensa sessão da sessão de ontem, 19 vereadores protocolaram pedindo providências da presidência para garantir o acesso ao plenário. Integrantes da base enfrentaram protestos de sindicatos na chegada à Câmara e relataram até ameaças. Conforme a jornalista Rosane de Oliveira, o tema pode servir como pretexto para uma eventual destituição de Bins Ely (🔒) do comando da Casa.

O que mais você precisa saber

Quatro regiões devem reforçar restrições contra a Covid-19 no RS – As regiões Covid de Erechim, Palmeira das Missões, Cachoeira do Sul e Cruz Alta devem reforçar as restrições para conter a disseminação do coronavírus. A determinação foi dada pelo governo do RS, durante uma reunião entre associações regionais, prefeitos e comitês técnicos com a Secretaria Estadual de Saúde dentro do Sistema 3As. O encontro foi feito com as prefeituras por estarem com Alerta por mais de duas semanas. O Estado já registrou 29.701 mortes relacionadas à Covid-19 após o registro de 29 óbitos que ocorreram entre os dias 1º e 13 de junho. De acordo com dados da pasta, a média móvel de fatalidades voltou à estabilidade, mas na comparação com as duas semanas anteriores houve um aumento de 14%. O RS teve 1.149.424 infecções confirmadas desde o começo da pandemia. 

Surtos ativos crescem de maio para junho – Além da ocupação de leitos de UTI, que ontem estava em 86,3% no RS, outro indicador sobre a situação da pandemia no Estado é o número de surtos ativos de Covid-19. E um levantamento recente da Secretaria de Saúde apontou um aumento entre maio e o começo de junho, saltando de 157 para 192, afetando todas as regiões gaúchas – especialmente as áreas de Porto Alegre, Caxias do Sul e Passo Fundo. O maior número de surtos ativos está concentrado em empresas que desempenham atividades industriais, comerciais, econômicas e administrativas, à exceção de frigoríficos e laticínios. Somente nesses locais foram 53,1 mil pessoas expostas ao coronavírus, das quais mais de 5,7 mil já testou positivo para Covid.

Consórcio cogita construção de imóveis residenciais no Cais Mauá – O consórcio responsável pelo estudo de viabilidade do Cais Mauá, em Porto Alegre, cogita a construção de imóveis residenciais na área. A ideia foi apresentada no primeiro workshop sobre o assunto, que tem o objetivo de ouvir a sociedade. Os documentos acessados pelo consórcio indicaram a possibilidade no chamado setor 1, que fica mais perto da Usina do Gasômetro. O projeto ainda passa pela etapa de preparação para depois seguir à licitação da concessão do Cais, o que só deve ocorrer nos primeiros meses de 2022. Os investimentos para a Orla do Guaíba ultrapassaram a cifra de 445 milhões de reais e até o final do próximo ano três obras devem ser entregues à cidade. Levantamento de GZH lista 14 empreendimentos, entre casas de espetáculos e marinas públicas, que podem surgir às margens do Guaíba, na Capital.

Vacina, sim!

Residentes em Porto Alegre que tenham 53 anos ou mais podem procurar 12 unidades de saúde ou o drive-thru da PUCRS em busca da vacina contra a Covid-19, assim como os públicos anteriores que já tinham sido chamados. Também serão aplicadas segundas doses de AstraZeneca/Oxford e Pfizer. Serviço completo aqui.  

Outros links:


Cultura

Enfrentando a homofobia com bom humor

Paris Filmes

Estreia recente nos cinemas nacionais, a comédia romântica Quem Vai Ficar com Mário? (2021) é novo filme do diretor Hsiu Chien. A produção brasileira é uma adaptação da história do longa italiano O Primeiro que Disse (2010), de Ferzan Ozpetek, sobre um jovem escritor gay que trabalha com teatro no Rio de Janeiro e resolve viajar para o Sul para visitar a família, em Nova Petrópolis, a fim de revelar para o pai conservador que mora com outro homem. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda (🔒)

Para receber todas as dicas culturais do Roger Lerina enviadas aos assinantes premium do Matinal, assine aqui.

Receba a agenda completa

Agenda do Porto Verão Alegre 2021

A comédia Homens de Perto estreia no festival com exibições às 18h, 20h e 22h, No elenco, Oscar SimchRogério BerettaZé Victor Castiel, com direção de Nestor Monasterio.

Memória Musical – Especial Bob Dylan segue em cartaz, às 20h, com o grupo formado por Luciano Alves, Jimi Joe, Oly Jr., Marcelo Scherer e Jeffy Lopes, dirigidos por Juçara Gaspar.


Você se cuida?

O frio já dá as caras no Rio Grande do Sul a uma semana do começo do inverno. Uma das sensações mais comuns no período é quando as extremidades do corpo ficam geladas. Essas condições nos levam a recorrer ao uso de meias mais grossas nos pés e até mesmo luvas no caso das mãos. No entanto, é preciso entender o que está por trás disso. O fato de pés e mãos estarem gelados nada mais é do que uma resposta natural do organismo à queda da temperatura externa. O que ocorre é a vasoconstrição, que é a diminuição do calibre dos vasos arteriais, causando menor circulação sanguínea nas extremidades. Uma dica para amenizar a sensação é usar roupas quentes e cobrir pés e mãos o máximo possível. Especialistas também recomendam “manter a cabeça quente”. Como no couro cabeludo não há muita circulação de sangue, a região perde calor facilmente. Neste caso, não trata-se de estresse, mas de manter-se aquecido com capuz ou touca.

RELACIONADAS

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.