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Mais de um terço dos acidentes com morte em Porto Alegre envolveram condutores sem CNH

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Mais de um terço dos acidentes com morte em Porto Alegre envolveram condutores sem CNH

Um levantamento da EPTC indicou que, ao longo de 2021, 12 mil acidentes de trânsito provocaram 72 mortes em Porto Alegre. De acordo com o órgão, dessas ocorrências com vítimas 35% envolveram motoristas que não tinham habilitação ou que estavam com a CNH vencida. O índice é motivo de preocupação não apenas para autoridades municipais, uma vez que no Rio Grande do Sul, entre 2018 e 2021, 14,5% dos condutores que morreram nas estradas não tinham habilitação, conforme o Detran. Ainda em nível estadual, a proporção é maior quando são considerados os motociclistas: 28,5%. Segundo o departamento de trânsito, a falta de CNH é a terceira maior causa de acidentes fatais no RS, atrás do excesso de velocidade e do consumo de álcool. 

Aves começam a ser retiradas de lago no Parcão

Anunciada em setembro do ano passado, a retirada dos animais que ficam no lago do Parcão foi iniciada ontem. Técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade e da empresa Athena começaram os trabalhos para remover 26 patos, um marreco e um ganso do local. Gaiolas com alimentos foram instaladas nas proximidades do lago para que os animais entrassem de maneira espontânea. As aves serão doadas à Ulbra, que assegurou a guarda responsável e sem custos. Antes desta etapa, oito filhotes foram resgatados do lago porque estariam em risco por conta da presença de predadores.

South Summit e a “primavera de inovações nos pampas”

Matinal conversou com Eduardo Lorea, fundador da Numerik, consultoria de inovação criada em Madrid que apoiou a instalação do South Summit Brazil em Porto Alegre. Na entrevista, o gaúcho falou dos números que dimensionam o sucesso do evento, que reuniu 20 mil pessoas de 50 países diferentes na semana passada no Cais, e comentou sobre o potencial da Capital e do Estado em gerar novos negócios na área da inovação aberta: “O South Summit quis a gente porque notaram uma primavera de inovação nos pampas. O que está acontecendo agora em Porto Alegre não é qualquer coisa”, ressaltou ele, citando a sintonia entre iniciativas como o Instituto Caldeira e o Pacto Alegre com os governos estadual e municipal. Leia a entrevista aqui.

Outros links:

  • Porto Alegre atingiu 47% da meta de vacinação de idosos contra a gripe. Foram aplicadas mais de 197 mil doses da vacina na Capital. A campanha se encerra no dia 3 de junho, com objetivo de atingir 90% do público.
  • Um mês depois da retirada da linha D43 Universitária, estudantes que optavam pelo ônibus para se deslocar reclamaram de atrasos das conduções apontadas como alternativas. Há relatos de pessoas que esperaram 30 minutos pela chegada do 343.
  • Ainda sobre o transporte público: a Capital retirou a obrigatoriedade da presença de cobradores de mais sete linhas de ônibus. Os coletivos circulam no horário da madrugada.
  • Controladores aéreos advertiram que a nova pista do Salgado Filho pode não garantir uma maior frequência de voos em razão de um espaço auxiliar para as aeronaves manobrarem no solo.
  • A primeira colheita de soja de Porto Alegre foi realizada ontem, na zona rural da cidade. Três produtores rurais conseguiram ter sucesso em plantações localizadas no Lami, onde há mais de 550 hectares.
  • O Ibama já considera a possibilidade das piranhas vermelhas, ou palometas, já terem chegado ao Guaíba (🔒). A espécie, que causa prejuízo a pescadores, apareceu no RS há menos de um ano e meio. 
  • Liderada pelo governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), uma missão do Piratini foi discutir com a Aneel a situação do complexo termelétrico em Rio Grande. A intenção do Estado é viabilizar o projeto, cujo investimento é de 6 bilhões de reais.
  • Em sua coluna especial, Juremir fala do medo da violência com o qual o comércio de Porto Alegre vem convivendo, mas não deixa de comentar sobre política nacional, regional e ainda sugerir um bom tango para embalar a terça-feira.
  • Aliás, hoje é dia de newsletter do Juremir. Receba a sua
  • E amanhã o Matinal recebe a secretária municipal de Educação, Sônia Maria Oliveira da Rosa, para uma live em nosso canal do YouTube, a partir das 18h. Vamos tratar de temas como o PL que proíbe a linguagem neutra nas escolas de Porto Alegre e o déficit de vagas nas creches, entre outros desafios da pasta.

Sócio do Embarcadero fala em prejuízo e sugere revisão de contrato com o Estado

Um dos mais recentes pontos turísticos de Porto Alegre, localizado no trecho do Cais Mauá entre a Usina do Gasômetro e o armazém A7, o Cais Embarcadero está dando prejuízo, de acordo com um dos sócios, que já acena questionar o montante anual acertado no contrato de outorga com o Governo do Estado. O empreendimento é uma sociedade entre as empresas DC Set e Tornak.

Proposto inicialmente como parte do antigo projeto para o Cais Mauá, que foi rescindido pelo Governo do Estado em 2019 após atrasos e fraudes, o Embarcadero recebeu a outorga do espaço sob dispensa de licitação em janeiro de 2021, com vigência até 2026. O montante para o uso oneroso do espaço é de 523 mil reais por ano, o equivalente a cerca de 40% das receitas do Embarcadero, conforme estimativas do contrato assinado, que o publicitário Eugênio Corrêa, executivo da DC Set e diretor do espaço, indicou que gostaria de revisar: “No momento, (o Embarcadero) está dando até prejuízo. Mas nós tentamos fazer empatar (com os lucros)”, revelou, em entrevista ao Matinal.

Atualmente, a concessão de uso do espaço está condicionada à revitalização do Cais Mauá – o projeto pode ser encerrado se for o desejo da nova concessionária da área, que irá administrar o cais pelos próximos 30 anos. O leilão deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Apesar do cenário no Embarcadero, a DC Set é uma das interessadas em participar da licitação

Leia a reportagem completa


O julgamento de um extermínio

Na edição passada da Parêntese, o escritor Lucio Carvalho abordou um episódio terrível da história argentina que os hermanos estão encarando de frente na tentativa de restabelecer a verdade. O massacre de Napalpí, quando cerca de 400 indígenas foram assassinados em 1924, teve suas investigações retomadas. Aliás, na próxima edição da nossa revista digital, vamos publicar uma entrevista com Duílio Martínez, advogado ligado à defesa dos direitos humanos e que atua no processo. Até lá, relembre o caso contado por Carvalho:

Em 2008, quando o governo provincial do Chaco formalizou um pedido de desculpas públicas pelo massacre, entidades como a EAAF (Equipo Argentino de Antropologia Forense), a Fundación Napalpi e o Ministério Público Federal argentino iniciaram os trabalhos de reconhecimento das vítimas depositadas em valas comuns e organização documental. A publicação de La Voz de La Sangre, livro de um dos fundadores da Fundación Napalpí, motivou a retomada das investigações históricas adormecidas por quase um século. Agora, com o início do processo, serão ouvidas dezenas de descendentes diretos dos poucos sobreviventes que se refugiaram nas florestas nativas. Do massacre executado com requintes de crueldade e no qual até mesmo um avião foi utilizado, a anciã Melitona Enrique, com 107 anos em 2008, dizia preferir esquecer a semana em que “los cuervos estuvieron una semana sin volar“.

Leia o texto completo aqui.


Cultura

Besixdouze procura a música das esferas

Foto: Alessandro Antero

Seis músicos porto-alegrenses juntaram-se ao projeto da banda Besixdouze com a proposta de executar o álbum Satellite Circumeuntibus, de 2019. Cada integrante trazia uma bagagem de influências próprias que, misturadas em um mesmo caldeirão sonoro, deram nova energia às composições.  Nos ensaios, os temas passaram de rock psicodélico para rock psicodélico progressivo, com uma roupagem ainda mais cósmica do que o registro original. Leia o comentário de Roger Lerina.


Agenda (🔒)

A Biblioteca Pública do RS reúne Nicola SpolidoroAle Ravanello e Mari Keber, no projeto Chapéu Acústico, às 19h.

Orquestra Jovem do RS apresenta, às 19h, clássicos franceses no Centro Histórico-Cultural da Santa Casa.

O artista Leandro Selister inaugura a exposiçãoA Hora da Estrela, no Cine Grand Café, às 19h.

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Você viu?

Uma campanha de ajuda ao jornalista Rubens Valente, processado pelo ministro Gilmar Mendes por conta de um livro, tenta compor a indenização imposta por tribunais superiores contra o profissional – a Abraji levou o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. São necessários mais de 300 mil reais. Para atrair participantes, o editor do Estadão Daniel Bramatti organizou um leilão da obra “História do Cerco de Lisboa”, de José Saramago e autografado pelo próprio. “Além de ajudar o Rubens, a gente precisa dar uma resposta coletiva a quem tenta sufocar o Jornalismo com perseguição judicial”, defende Bramatti.

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