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Maradona e os porto-alegrenses

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Maradona e os porto-alegrenses Maradona morreu aos 60 anos, neste 25 de novembro (foto: Vinod Divakaran)
Em 26 de junho de 1980, quando pisou em Porto Alegre para enfrentar o Grêmio, Diego Armando Maradona tinha apenas 19 anos e já era um fenômeno: havia liderado a Argentina na conquista do título Mundial Sub-20 um ano antes como melhor jogador do torneio e, para muitos, o jovem era tão promissor que até merecia ter sido chamado ao time adulto que venceu a Copa do Mundo em 1978. Daquela vez não aconteceu, mas em 1986 sim, e um Maradona no auge carregaria sua seleção nas costas rumo a mais um título. Ali, consagrou-se definitivamente.  Quando veio visitar o Grêmio, porém, ainda era uma promessa em vias de se confirmar. A visita à capital gaúcha do ilustre camisa 10 argentino, falecido prematuramente nesta quarta-feira (25) aos 60 anos, aconteceu por ocasião do festival de reinauguração do Estádio Olímpico, convertido em Monumental após a conclusão do anel superior na gestão de Hélio Dourado. Em campo, Maradona acabou tendo uma atuação apagada e seu Argentinos Juniors, clube que o revelou, caiu por 1 a 0. Ele também se encontrou pela primeira vez com um jovem que se tornaria ídolo do outro lado, e um de seus amigos no esporte: Renato Portaluppi, que estreara nos profissionais do Grêmio onze dias antes e fazia sua quarta partida na equipe principal dos tricolores.  Se a história luminosa de Maradona não costuma passar por Porto Alegre, os gaúchos foram até ele: dois anos mais tarde, seria a vez do Internacional encontrar Diego, no dia de sua estreia pelo Barcelona, e também derrotá-lo, a caminho da conquista do Troféu Joan Gamper, organizado pelo clube catalão.  Neste 25 de novembro, quando o mundo lamentou a morte de um dos grandes personagens do esporte e da cultura latino-americana, muito se falou da coincidência de Maradona ter partido no mesmo dia em que seu amigo Fidel Castro despediu-se deste mundo em 2016. Mas calhou de novamente o futebol porto-alegrense estar ligado de alguma forma ao ex-jogador que virou religião: no mesmo dia, o Inter receberia o Boca Juniors, clube onde el Diez se fez gigante, pelas oitavas da Libertadores. A partida, é claro, acabou adiada em respeito ao luto que tomou conta da Argentina. Maurício Brum é editor do Giro Latino, newsletter semanal que cobre todos os países da América Latina e trará uma edição especial no sábado repercutindo a morte e as homenagens a Maradona pelo continente.

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