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Melo ameaça desapropriar terreno do Olímpico

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Melo ameaça desapropriar terreno do Olímpico

Após cobranças públicas recentes, o prefeito Sebastião Melo (MDB) elevou ainda mais o tom com a construtora OAS para cobrar uma solução definitiva para a área do Estádio Olímpico, na Azenha. Querendo um prazo para a resolução, ele ameaçou revogar o regime urbanístico do bairro, o que reduziria a valorização da área, com a possibilidade de construção de torres comerciais, além de até mesmo desapropriar a antiga casa do Grêmio: “Hoje a OAS é uma especuladora imobiliária do Olímpico. Então isso não dá”, Se eu vender aquela área (do Olímpico), vou botar o dinheiro para fazer as contrapartidas (no entorno da Arena). Tudo que foi assumido de compromisso no entorno da Arena não foi feito. Então daqui a pouco vou vender esse terreno e vou fazer as obras.” A postura foi elogiada pelo Grêmio. O colunista Hiltor Mombach explica, no entanto, que a construtora se encontra numa situação confortável por conta do contrato assinado. Segundo apontou neste post, com a desapropriação a Arena, a construtora receberia 18 milhões anuais do Grêmio, além da bilheteria.

Candidatos fogem de tema sobre aumento de impostos

Sete dos 11 candidatos ao Governo do Estado estiveram no painel promovido pela Federasul ontem. Questionados a respeito da possibilidade de elevar impostos em um eventual mandato, eles tergiversaram. Não houve perguntas diretas entre os participantes, mas teve provocações. Ex-governador, Eduardo Leite (PSDB) acabou sendo o alvo principal dos adversários, que lhe deram a alcunha de “renunciante”. A entidade anfitriã do evento entregou um caderno de proposições ao futuro governante, organizado em cinco blocos: Educação/Saúde/Segurança; Equilíbrio Fiscal; Modelo de Gestão; Políticas de Desenvolvimento e Inovação. A íntegra do encontro está no YouTube. Na semana que vem, será realizado um evento semelhante com os candidatos ao Senado pelo RS. 

TSE libera dados de patrimônio dos candidatos

A Justiça Eleitoral tornou público o tamanho do patrimônio de nove dos 11 candidatos ao Governo do Estado. Os bens declarados de oito postulantes somados equivalem a 5% do primeiro da lista, Roberto Argenta (PSC). Empresário, ele declarou ter 372,9 milhões de reais entre participação societária, bens imóveis e aplicações bancárias. O segundo mais rico é o senador Luis Carlos Heinze (PP), que informou possuir 8,2 milhões em bens. Eduardo Leite (PSDB), apesar de seu patrimônio ter tido um salto significativo desde 2018, aparece em último nesta relação, com 281,3 mil reais. Carlos Messala (PCB) e Paulo Roberto Silveira Pedra Junior (PCO) ainda não registraram candidaturas no sistema do TSE e por isso não apareceram na listagem.

Outros links:

  • Porto Alegre e outras cidades brasileiras terão atos hoje para marcar a leitura da carta em defesa da democracia elaborada pela Faculdade de Direito da USP. O texto será lido às 11h no campus central da UFRGS, após uma marcha que se inicia às 8h, no Julinho.
  • Aliás, as cartas em defesa da democracia são tema da coluna de Juremir Machado. “O maior gesto de patriotismo é aquele que defende a democracia. O resto é interesse de poucos contra as necessidades de muitos”.
  • TCU adiou por mais 30 dias a análise sobre a suspensão do processo de extinção da Ceitec, cuja sede é em Porto Alegre.
  • Crítico da decisão de abrir mão da candidatura própria do MDB ao Piratini, Cezar Schirmer deixou o diretório estadual do partido. O vereador disse que apoiará os candidatos proporcionais da sigla.
  • A Trensurb suspendeu a atual análise de reajuste da tarifa e determinou um novo estudo que considere os impactos da redução do ICMS. Proposta encaminhada em junho previa aumento de 4,50 para 5 reais.
  • Museu da Cultura Hip Hop RS vai abrir suas portas ao público pela primeira vez. O evento, que começa às 19h na rua Parque dos Nativos, 545, em Porto Alegre, é uma homenagem à história do Hip Hop.
  • O Governo do Estado emitiu alerta epidemiológico sobre a varíola dos macacos. Até ontem, eram 29 casos em 14 cidades do RS. Ontem ocorreu a primeira reunião do Centro de Operações da Secretaria Estadual da Saúde relacionado à doença.
  • Debate público sobre a construção da nova ponte Imbé-Tramandaí reuniu centenas de pessoas. Em janeiro, o Matinal revelou que o projeto não apresentava estudo de impacto ambiental embora tenha potencial de colocar em risco botos já ameaçados de extinção.
  • O piso salarial de enfermagem foi o motivo para a demissão de 13 profissionais da saúde, em Novo Hamburgo. Conforme a coordenadora do local, a casa não teria como arcar com a nova folha, e até uma vaquinha está sendo feita para pagar as rescisões.
  • Já em Campo Bom, a prefeitura rescindiu unilateralmente o contrato com a Associação Beneficente São Miguel, que administrava o  Hospital Lauro Réus, onde seis pacientes morreram por falha no fornecimento de oxigênio no ano passado.

Para especialista, liberar limite de altura é deixar o mercado planejar a cidade

Passados os piores momentos da pandemia, Porto Alegre retomou as atividades presenciais da revisão do seu Plano Diretor. Criado em 1999 e revisado pela primeira vez em 2010, o instrumento que organiza o desenvolvimento urbano da Capital deveria ter sido atualizado em 2020, ainda na gestão Marchezan. Com a pandemia, o debate foi suspenso.

No primeiro encontro dessa nova fase, o prefeito Sebastião Melo (MDB) criticou  o fato de, na sua visão, o debate do Plano Diretor se reduzir à questão das alturas dos prédios. Em participação na live do Matinal nesta quarta-feira, a urbanista e professora da UFRGS Clarice Oliveira destacou que esse debate é permeado por pressão do mercado imobiliário. “A discussão sempre é focada nas alturas porque existe uma pressão muito grande do mercado imobiliário. E hoje tem uma pressão ainda maior do mercado imobiliário financeirizado”, analisou.

Segundo a pesquisadora, liberar o limite de altura das construções – como faz na prática o novo programa urbanístico para o Centro Histórico –, é uma forma de “não planejar a cidade”, ou ainda, “deixar que o mercado se ocupe de planejá-la”. “O mercado não planeja, mas faz conforme suas intenções e interesses privados e não públicos”, diz. 

Oliveira pontuou que ter planos para regiões específicas da cidade não é um problema em si, porém ressaltou que essas propostas ocorreram em um período em que os debates sobre o Plano Diretor não contavam com a participação popular. Na entrevista, que está no YouTube do Matinal, a professora criticou a dificuldade que o Município demonstrou em discutir o plano mesmo antes das restrições impostas pelo coronavírus. Para ela, antes da pandemia, a revisão “não deslanchou”.

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Cultura

Agenda (🔒)

Luciano Leães lança o álbum Live at Pianístico, às 20h, no Centro Histórico-Cultural Santa Casa.

O trompetista Daniel D’Alcantara faz show no Instituto Ling, às 20h, acompanhado de Bruno Migotto (contrabaixo), Felipe Silveira (piano), Paulinho Vicente (bateria) e Vitor Alcantara (piano).

O Espaço 373 recebe, às 21h, a chanson française do grupo Mariel & Crème de la Crème.

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Você viu?

Direito garantido a pessoas trans e travestis desde as eleições de 2018, a inclusão do nome social no título de eleitor cresceu mais de 370% no Brasil. No total, 37.637 eleitores procuraram a Justiça Eleitoral para realizar a mudança, que assegura que sejam identificados pelo nome como são socialmente reconhecidos na hora de votar. No RS, 1.812 pessoas já garantiram o direito, uma alta de 340% na comparação com 2018. Para o ativista Caio de Souza Tedesco, do Coletivo Homens Trans em Ação, o crescimento das solicitações ilustra a coragem de enfrentar uma cultura transfóbica. Garantir um tratamento digno nas urnas é simbólico também porque o voto é um instrumento fundamental para quem quer transformar essa cultura.

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