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Piratini volta a cogitar compra de doses da vacina

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Piratini volta a cogitar compra de doses da vacina Foto: Lisa Ferdinando

O que você precisa saber hoje

Sem data para vacinação nacional, RS cogita próprias doses – Uma semana de janeiro já se passou e o Ministério da Saúde ainda não definiu uma data para o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Ontem, em pronunciamento, o ministro Eduardo Pazuello evitou projetar uma data, mas afirmou que a imunização deve iniciar ainda neste mês e que o país tem garantido para este ano 354 milhões de doses, além de seringas, para iniciar o processo. A chegada das doses a estados e municípios, conforme ele, se dará “de forma simultânea, igualitária e proporcional à sua população”. Horas antes, o governador Eduardo Leite (PSDB) disse a prefeitos da Região Metropolitana que aguardava para os próximos dias uma definição do plano federal. Caso contrário, ele voltou a indicar como plano B a possibilidade de o RS comprar suas próprias doses.

Porto Alegre deve ter “kit Covid” neste mês – O tema da “imunização precoce” contra a Covid-19 voltou à pauta nesta semana, quando o prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou que trabalharia em prol da medida – que não é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde e sequer tem respaldo científico. Dentre as justificativas apresentadas por Melo, constou o fato de “diversos municípios” já usam. Entretanto, segundo o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul, Maneco Hassen, não é o caso de nenhum município no Estado. “Nas prefeituras gaúchas, não ocorreu a adoção dessa medida”, disse em entrevista ao Correio do Povo. Porto Alegre deve disponibilizar um “kit Covid” ainda em janeiro. Os medicamentos deverão estar disponibilizados nas dez farmácias distritais da Capital. Entre os remédios estará a cloroquina e a ivermectina, que não tem eficácia reconhecida contra o coronavírus. 

Setor de eventos quer mais flexibilizações, enquanto Simpa teme volta às aulas na Capital – “Tímido” e “conservador”. Essas foram as palavras usadas pela Associação Gaúcha de Empresas e Profissionais de Eventos (Agepes) para definir o decreto elaborado pela administração do prefeito Sebastião Melo em Porto Alegre. O setor convive com perdas há pelo menos dez meses, já que não consegue realizar formaturas, casamentos, aniversários e entrega de prêmios. O argumento da presidente da Agepes, Cláudia Fattore, é de que muitos desistiram de procurar a organização de eventos por conta da pandemia e, por conta disso, muitos negócios foram encerrados. Ela ainda sustentou que eventos testes realizados em agosto e setembro dão a garantia de que é possível realizar cerimônias e festas com segurança. E segurança é o que o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) mais quer para o retorno das aulas presenciais em Porto Alegre. A proposta divulgada pela secretária municipal de Educação, Janaina Audino, indica que o calendário escolar de 2021 começa em 22 de fevereiro, mas a entidade sugeriu que até lá a prefeitura faça uma análise focada na segurança sanitária para evitar novos contágios pelo coronavírus. O temor do Simpa está centralizado na possibilidade de que no próximo mês a cidade esteja em uma condição pior do que está hoje no enfrentamento da Covid-19. 

Delegacia da Mulher passa a fazer prisões em Porto Alegre – Reinaugurada após dois meses em reforma, a 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (1ª Deam) de Porto Alegre passa a fazer registro das prisões em flagrantes de casos de violência doméstica. O espaço fica localizado no Palácio da Polícia, na Azenha, e funciona 24 horas. A expectativa da chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, é de que as detenções aumentem com mais delegados nas equipes de plantonistas. Com a obra, a delegacia passa a oferecer mais acolhimento às vítimas, como salas reservadas para os registros de ocorrências e atendimento psicossocial e rampa de acesso para mulheres com deficiências ou com carrinho de bebê. A cela foi reformada para atender a demanda das prisões. Para Anflor, a ampliação da delegacia é uma exigência antiga de muitas mulheres: “Que o espaço seja um recomeço, novo ânimo, novo olhar, para salvar muitas vidas”. A 1ª Deam registra cerca de 1 mil ocorrências por mês.

Bolsonaro desrespeita eleição para reitoria da UFPel e escolhe segundo nome – Mais uma vez, Jair Bolsonaro rompe a tradição de respeito à autonomia das universidades ao nomear uma nova reitoria no Rio Grande do Sul. O presidente escolheu Isabela Fernandes Andrade como reitora da UFPel. A sua chapa ficou em segundo na lista tríplice enviada ao Planalto. A professora também fazia parte da chapa eleita na consulta interna realizada na universidade – foi uma decisão do Conselho Universitário enviar a Brasília apenas nomes escolhidos pela comunidade acadêmica justamente porque o grupo já esperava que Bolsonaro pudesse desrespeitar sua escolha. Ainda assim, havia a preferência de que fosse nomeado Paulo Roberto Júnior, que encabeçou a chapa e a lista tríplice. Agora, a atual gestão e o grupo eleito internamente consideram apelar judicialmente para reverter a nomeação. No ano passado, o presidente nomeou Carlos Bulhões para a reitoria da UFRGS, terceiro nome no pleito interno. Mesma situação ocorreu na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que está sob a gestão de Marcelo Recktenvald, igualmente em terceiro lugar na eleição realizada na instituição. Veja a situação de outras federais no Estado.

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Árvore de família

Sara Caumo Guerra oferece hoje o respiro de que precisamos no meio do noticiário duro:

“O cheiro de um quarto de livros é o cheiro de um universo em disputa com as naturezas do perecível e do imperecível. Um quarto de livros, assim como uma biblioteca, emprestam um pouco aos sentidos a sensação de como cheira o tempo, ou melhor dizendo, de como as coisas carregam o cheiro dos tempos.”

Leia a crônica completa aqui.


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Você viu?

De São João do Polêsine, cidade da região Central do Rio Grande do Sul, para a capa da revista científica “Nature”. Esta é a trajetória do fóssil de um lagerpetídeo, um animal pré-histórico encontrado há cerca de dez anos em um sítio arqueológico do município gaúcho. Ele foi o destaque da edição de 17 de dezembro da publicação britânica graças ao artigo “Enigmáticos precursores de dinossauros preenchem lacuna até a origem dos Pterosauros”. O ixalerpeton polesinensis (nome científico), que viveu há quase 230 milhões de anos. A descoberta foi considerada inédita porque esta foi a primeira vez em que um lagerpetídeo foi localizado em solo brasileiro. O paleontólogo Sérgio Cabreira, que pertence à Associação Sul Brasileira de Paleontologia, é um dos autores do achado e assina o artigo publicado na Nature.

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