Quase um terço da população do RS abre mão de completar esquema vacinal
Mais de 3,6 milhões de moradores do Rio Grande do Sul – o equivalente a cerca de 32% da população inteira – estão com o ciclo vacinal contra a covid-19 incompleto. São 2.953.749 pessoas que não retornaram para tomar a dose de reforço e outros 715 mil que sequer buscaram a segunda dose, formando um contingente que acaba por ter uma proteção contra o coronavírus inferior do que a já disponível para a população. Os dados são do painel da Secretaria Estadual da Saúde.
De acordo com a nota técnica 42 do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, o status vacinal só é considerado atualizado para quem fez o ciclo primário – de duas doses – e depois o reforço, que já está liberado a todas as faixas etárias acima de 18 anos. No RS, pouco mais de 4,5 milhões registraram três vacinas recebidas, cerca de 54% do público adulto.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, a eficácia da dose de reforço contra hospitalizações cai após quatro meses de sua aplicação. Ainda assim, o índice se mantém alto, perto de 80%. Apesar de as internações e as mortes estarem em queda, o patamar de casos é semelhante ao anterior à baixa do fim do ano passado.
Atraso também no público infantil – O atraso não se restringe a adultos, mesmo que abaixo dos 18 seja preciso apenas duas injeções. Em Porto Alegre, das 79,5 mil crianças entre 5 e 11 anos que tomaram a primeira dose, 30,8 mil já estão com a segunda em atraso. Os prazos para voltar ao posto de saúde são diferentes conforme o imunizante, Coronavac ou Pfizer.
Para reduzir esse índice, a Secretaria Municipal da Saúde destaca que a vacinação ocorre em 20 locais diferentes e, inclusive, aos sábados. “A atenção dos pais ou responsáveis é muito importante para dar mais proteção às crianças contra a doença”, afirmou a diretora de Atenção Primária da SMS, Caroline Schirmer.
Novo preço da passagem em Porto Alegre deve ser conhecido na segunda
Em Brasília, cumprindo agenda, o prefeito Sebastião Melo (MDB) avaliou que o projeto que cria isenções ao transporte público não deverá ser pautado nos próximos dias. A matéria, que garantiria até 70 milhões de reais por ano a Porto Alegre, era considerada essencial para evitar um reajuste da tarifa. O prefeito admitiu que irá definir o novo preço da passagem na Capital. “Não vamos desistir do tema. Ainda estamos segurando a passagem muito em função disso, mas segunda vou anunciar uma decisão independente do governo federal, porque não dá mais para esperar”, afirmou. Até ontem à tarde, entretanto, o Conselho Municipal de Transportes Urbanos, que avalia o cálculo tarifário, não tinha previsão de reunião. Enquanto aguardam o acordo sobre a tarifa, os rodoviários descartaram a possibilidade de uma greve, já que o vale-alimentação foi reajustado.
Debate aborda os municipários
O Matinal Jornalismo realiza hoje às 18h um debate sobre os municipários da Capital. Participam o diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, João Ezequiel da Silva, e o secretário municipal de Administração e Patrimônio, André Barbos. A conversa será mediada pelos jornalistas Marcela Donini e Juremir Machado da Silva. Inscreva-se acompanhe no nosso canal do YouTube.
Guerra de facções fecha escolas em vilas e bairros de Porto Alegre
As últimas semanas nas vilas Cruzeiro e Buraco Quente e nos bairros Cascata e Medianeira têm sido de muito cuidado e reclusão. Diante da violência relacionada à guerra de facções, que já vitimou em Porto Alegre 15 pessoas, os moradores desses locais obedecem uma lei: a do silêncio. As escolas das regiões estão fechadas e poucos se arriscam a circular pelas ruas. Ao menos três instituições estão com as atividades paralisadas: a Escola Estadual Professor Oscar Pereira, no bairro Cascata, além da Chico Mendes, no Mário Quintana, e a José Loureiro da Silva, no Cristal. A Secretaria Municipal de Educação explicou que o motivo do fechamento é o toque de recolher imposto nas regiões e os tiroteios intensos durante a noite. Para o novo secretário estadual de Segurança Pública, Vanius Santarosa, não há “guerra” entre facções, mas um conflito localizado e, segundo ele, está assegurado o reforço do patrulhamento nas áreas conflagradas. Apontados como responsáveis pela onda de crimes, os chefes das facções foram transferidos de presídios. Eles podem ser encaminhados para fora do Estado.
Seduc suspende contrato com plataforma de leitura
Cumprindo decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital, a Secretaria Estadual da Educação suspendeu, desde 25 de março, os serviços da plataforma digital de leitura Árvore de Livros para a rede estadual. A decisão acolhe pedido do Ministério Público, que entendeu que o processo licitatório apresentava uma série de irregularidades, assim como o serviço era subutilizado – 1,99 milhão era destinado mensalmente para viabilizar mais de 570 mil licenças. Porém, segundo dados de novembro passado, menos de 20% das licenças haviam sido contratadas. A Procuradoria-Geral do Estado ingressou com recurso contra a decisão.
Outros links:
- Passados quase dois meses do início das aulas, a rede de ensino pública da Capital carece de 250 profissionais, entre professores, monitores e pessoal de apoio.
- O IPTU de 2023 terá desconto extra de até 4% em Porto Alegre. O benefício será concedido a contribuintes que escolherem quitar o imposto em cota única e estiverem com as contas em dia na prefeitura.
- Universidades do RS decidiram oferecer apoio sem custos para preencher a declaração do Imposto de Renda. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Receita e instituições de Porto Alegre e da Região Metropolitana.
- A reabertura de ginásios do CETE, no Menino Deus, será feita somente no segundo semestre. Dúvida jurídica e homologação do regime de recuperação fiscal atrasaram recomeço das atividades.
- Projeto de reciclagem instalou ontem primeiro contêiner no trecho 1 da Orla do Guaíba. Parceria entre a concessionária GAM3 Parks e a startup Polen vai substituir lixeiras por pontos de entrega voluntárias, além de implementar ações de conscientização sobre o descarte adequado de resíduos.
- As chuvas das últimas semanas aumentaram o nível dos rios no RS, amenizando a estiagem. Ainda assim, situação preocupa e não resolve situação hídrica.
- O tesoureiro do PSDB afirmou que Eduardo Leite não terá recursos para realizar uma mobilização nacional em torno de sua eventual candidatura. O ex-governador disse, no entanto, que espera receber algum montante para viajar pelo País.
- O governador Ranolfo Vieira Junior (PSDB) comandou a primeira reunião com o secretariado. O encontro abordou temas como alinhamento político da gestão e as diretrizes de comunicação e responsabilidade fiscal.
- O presidente Jair Bolsonaro (PL) virá ao RS na sexta para cumprir agenda em Pelotas, Bagé e Passo Fundo. No primeiro município, ele irá inaugurar as obras de duplicação nas BRs 116 e 392.
- Do Luva de Pedreiro à Anitta, Juremir Machado trata sobre diferenciais em sua coluna hoje. Sucesso e apostas em tempos de guerra.
Cultura
Kiko Dinucci apresenta “Rastilho” e divide palco com Juçara Marçal no Opinião
Um dos nomes mais inventivos da música brasileira contemporânea, Kiko Dinucci sobe ao palco do Opinião hoje, a partir das 21h, para apresentar o álbum Rastilho e compor a banda de Juçara Marçal no show Delta Estácio Blues – saiba mais sobre o álbum da compositora aqui. “O Rastilho é o retorno ao violão dos primeiros discos, com a experiência acumulada na minha trajetória artística”, contou o músico em entrevista ao repórter Ricardo Romanoff.
Agenda (🔒)
O fotógrafo Tiago Coelho lança o livro Dona Ana, às 18h, no Barraco Cultural.
Às 18h, o V744atelier promove uma conversa entre os artistas Marcos Sari e Maria Paula Recena e a curadora Gabriela Motta sobre a exposição Beabá, em cartaz no espaço.
Os guitarristas Antonio Flores e Marcelo Corsetti fazem show, às 21h, no Sgt. Peppers Pub.
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