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RS pode investir na vacina russa contra a Covid-19

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RS pode investir na vacina russa contra a Covid-19 Foto: Sputnik / RFPI

RS estuda comprar vacina russa para acelerar imunização contra a Covid-19

O Governo do Estado estuda a aquisição de doses da vacina Sputnik V, que já é aplicada em países do Leste Europeu e da América Latina. A ideia ganhou força em razão do impasse enfrentado pelo Brasil na compra de matéria-prima para a produção de vacinas em larga escala tanto no Instituto Butantan quanto na Fiocruz. A Rússia, que fabrica o imunizante, teria 10 milhões de doses para exportação. 

A possível compra da Sputnik voltará à pauta do Piratini em reunião na semana que vem, quando o governador Eduardo Leite (PSDB) se reunirá com a diretoria da empresa farmacêutica União Química, responsável por produzir a vacina russa no Brasil. Eles acenam com a possibilidade de produzir inteiramente a Sputnik V em território nacional até abril. Com críticas à transparência quanto aos dados, a vacina russa teria eficácia superior a 90% contra o coronavírus.

No entanto, a compra da vacina passa antes pela Anvisa aprovar pelo menos o seu uso emergencial no país, o que ainda não aconteceu. Ontem, representantes da farmacêutica disseram à Anvisa estarem interessados em cumprir todas as etapas regulatórias para avançar com os estudos clínicos no Brasil e a autorização de uso emergencial. Uma nova reunião técnica entre as partes deve ser marcada “em breve”, segundo informou a agência. 

CoronaVac e AstraZeneca – No início da semana, o RS recebeu 341 mil doses da CoronaVac e está na expectativa de obter vacinas de Oxford/AstraZeneca vindas da Índia e que chegam hoje ao Brasil. Amanhã elas estarão prontas para serem distribuídas, conforme a Fiocruz. A Secretaria Estadual da Saúde ainda não sabia a quantidade de doses que serão destinadas ao RS dentre as 2 milhões importadas. Um dos principais públicos a serem imunizados neste momento é o de profissionais da saúde. Ontem, trabalhadores desse grupo protestaram no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul, cobrando o início da vacinação no local.


O que mais você precisa saber

Síndrome inflamatória causa a primeira morte de criança no RS – O Rio Grande do Sul registrou a primeira morte de criança causada pela Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), associada ao novo coronavírus. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a vítima é um menino de sete anos, que residia em Alto Feliz, na Serra. O falecimento ocorreu no dia 11 de janeiro.  A síndrome, considerada rara, pode se desenvolver em jovens de até 19 anos que testaram positivo para a Covid-19, ou até mesmo naqueles que já estão curados da doença. Em todo o Brasil, segundo a última atualização do Ministério da Saúde, a enfermidade já provocou 35 óbitos. Os principais sintomas da SIM-P são febre persistente por mais de três dias, olhos avermelhados, lábios igualmente avermelhados e, em alguns casos, com rachaduras. A síndrome também pode causar manchas na pele e atinge mais de um órgão simultaneamente. Há ainda a possibilidade de alterações no coração e no trato intestinal.

Melo descarta campanha por hidroxicloroquina em Porto Alegre – Após pedir 25 mil doses de hidroxicloroquina – remédio que não tem eficácia comprovada contra a Covid-19 – o prefeito Sebastião Melo (MDB) disse que não haverá campanha sobre o medicamento e garantiu que, caso a União não envie a substância, o município não a comprará. O pedido ainda tramita no Ministério da Saúde e a remessa, bancada pelo Governo Federal, deve chegar à Capital no fim do mês. Ontem, a pasta retirou o aplicativo TrateCov do ar, que sugeria o uso de cloroquina e fármacos do “tratamento precoce” para variadas combinações de enfermidades. O Ministério disse que o sistema foi invadido por hackers. Originalmente, o aplicativo foi desenvolvido para “auxiliar os profissionais de saúde na coleta de sintomas e sinais de pacientes visando aprimorar e agilizar os diagnósticos da Covid-19”. Especialistas nas áreas de Farmácia e Infectologia alertaram para os riscos de reações adversas e resistência bacteriana com o uso de hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.

Justiça mediará reuniões sobre nova tarifa da Capital – O Judiciário será acionado para atuar como mediador entre a Prefeitura de Porto Alegre e a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) acerca da tarifa dos ônibus. O pedido foi formalizado pela Procuradoria-Geral do Município (PGM) após as partes não chegarem a um acordo sobre o custo da passagem, que oscilou entre 4,80 reais e 4,95 reais, durante reunião nessa quinta-feira. A ATP calcula que a “tarifa técnica” fica em torno de 5,80 reais e defende que, caso o preço ao usuário ficasse abaixo disso, a Prefeitura compense as concessionárias. A Prefeitura também propõe uma fase emergencial, com prazo de até 90 dias, para avaliar a manutenção da remuneração por quilômetro rodado. Nesse período, as partes trabalhariam em uma revisão contratual do serviço.

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Cultura

Cineclube Academia das Musas: 5 anos dedicados às mulheres cineastas

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Você viu?

De pintor a detectorista. Esta foi a mudança radical que Luís Fernando da Silva, um porto-alegrense que mora em Tramandaí, fez na sua vida. O detectorismo que, sim, é uma profissão, consiste em procurar objetos de valor perdidos e enterrados nas areias. No caso de Silva, as orlas do Litoral Norte servem como seu escritório. São 14 horas diárias de trabalho e a receita não é ruim: 4 mil reais. Segundo ele, tem sido possível sustentar a esposa e o filho pequeno. Ele conta que decidiu entrar para o negócio depois de assistir a vídeos no YouTube, que mostravam as vantagens de trabalhar com detectorismo. A longa jornada de trabalho é explicada pelo fato de que 98% do que Silva encontra é lixo. Apenas o restante é aproveitável. E o ex-pintor garante que procura estar em todas as praias porque “as pessoas perdem muita coisa”. E achado, diz ele, não é roubado.

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