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Salários da Câmara de Porto Alegre têm segundo maior custo por cidadão entre as capitais

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Salários da Câmara de Porto Alegre têm segundo maior custo por cidadão entre as capitais

Salários da Câmara de Porto Alegre têm segundo maior custo por cidadão entre as capitais

Porto Alegre teve o segundo maior custo por cidadão com salários de vereadores e servidores do Legislativo Municipal dentre todas as capitais brasileiras no ano passado. O gasto aproximado de R$ 137 milhões em despesas com pessoal, entre ativos, inativos e pensionistas da Câmara, equivale a R$ 93 para cada porto-alegrense. Perde apenas para Palmas (TO), que teve a folha de pagamento mais cara das capitais em 2019, proporcionalmente à sua população (R$ 98 por habitante).

A reportagem produzida pela Afonte Jornalismo de Dados para o Grupo Matinal Jornalismo traz outras informações relevantes. Se considerarmos os valores absolutos, o parlamento da capital gaúcha, com 36 vereadores, teve, em 2019, o quinto maior gasto com salários, apesar de ser a 11ª capital em população. 

Por aqui, cada parlamentar pode ter até sete funcionários comissionados em seu gabinete, e há outros cargos desse tipo nas bancadas dos partidos e nas comissões. A título de comparação, na Câmara de Curitiba, que tem dois vereadores a mais do que Porto Alegre, o número de assessores em cada gabinete é o mesmo. Ainda assim, a capital paranaense gasta menos com pessoal.

Na soma dos gastos por cargo, assessores parlamentares em diferentes setores destacam-se entre os cinco maiores custos. São 145 assessores de gabinete, com média salarial de R$ 2,5 mil, enquanto a remuneração média dos 28 assessores de bancada é de R$ 12,7 mil. Supervisores de gabinete têm os vencimentos mais altos, em torno de R$ 15 mil. Todos são comissionados. Os dois procuradores da Câmara, que são concursados, recebem o maior salário da Casa: R$ 23 mil. 

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O que mais você precisa saber

Cinco candidatos ao Paço lançaram vaquinhas virtuais para receber doações – São minoria os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre que já estão arrecadando fundos pelas vaquinhas online (🔒), novidade nas eleições municipais. Segundo a coluna de Rosane de Oliveira, até o final da tarde de ontem, Manuela D’Ávila (PCdoB) era quem tinha arrecadado mais recursos, 26,1 mil reais. Na sequência, estavam Fernanda Melchionna (PSOL) com 2,5 mil reais, Sebastião Melo (MDB) com 1,5 mil reais, João Derly (Republicanos) com 970 reais e Nelson Marchezan (PSDB) com 235 reais. Juliana Brizola (PDT), Julio Flores (PSTU) e Valter Nagelstein (PSD) afirmaram que ainda vão lançar suas ferramentas de financiamento coletivo. Os demais candidatos disseram à coluna que não têm interesse no mecanismo. Falando em finanças, equilibrar as contas da Capital será um dos grandes desafios da nova prefeitura. GZH elencou cinco saídas possíveis apontadas por especialistas.

Aulas presenciais confirmadas em clima de incerteza – As escolas da rede estadual estão marcadas para voltar a receber alunos esta semana. A partir de amanhã, estudantes do ensino médio e técnico estão autorizados a retomada das aulas presenciais – o que não significa que isso irá acontecer. Procuradas pela reportagem de GZH, escolas da rede estadual colocaram em xeque a retomada, alegando falta de funcionários e materiais para os protocolos sanitários. Algumas instituições disseram que não vão reabrir na data prevista porque ainda não receberam os EPIs prometidos pelo governador Eduardo Leite. A situação não é exclusividade da rede estadual: autorizadas desde o início de outubro a voltar às aulas presenciais, as escolas municipais da Capital seguem com baixa aderência por medo de contaminação. Até sexta-feira, a Prefeitura havia registrado 34 casos de contágio em escolas da cidade. Lembrando que hoje se inicia a “greve sanitária” anunciada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre. Nada que tenha alterado a volta gradual de todas os níveis de ensino: o Executivo autorizou, por decreto, a retomada esta semana do ensino fundamental, especial e EJA municipal.

Acordo na UFpel quer garantir que Bolsonaro nomeie o mais votado para reitoria – Na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), um acordo no registro de candidatos à reitoria quer evitar o que ocorreu na eleição UFRGS, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou Carlos Bulhões como reitor, terceiro colocado na consulta interna. Segundo o atual reitor Pedro Halal, cujo mandato se encerra em dezembro, só vão para a lista tríplice enviada ao Planalto as pessoas que participaram da chapa vencedora. Na Universidade de Brasília, houve uma tentativa de acordo entre as chapas que perderam a eleição interna para que não aceitassem uma eventual nomeação do presidente, contudo, há um candidato que não entrou no pacto. Segundo levantamento do Metrópoles, publicado em setembro, Bolsonaro desconsiderou o primeiro colocado nas consultas internas para reitoria em 38% das nomeações. O presidente da República tem prerrogativa legal para escolher qualquer nome da lista tríplice, mas, tradicionalmente o Planalto vinha respeitando a decisão da comunidade. O critério de nomeação está em discussão no STF.

Outros links:


Cultura

Entrevista com Salma Jô, vocalista da banda goiana Carne Doce

Salma Jô. Foto: Macloys Aquino
Salma Jô. Foto: Macloys Aquino

Interior é o quarto disco da banda goiana Carne Doce. Lançado nas plataformas digitais, o álbum tem uma série de clipes apresentados desde o início do ano, nos quais a experimentação sonora do grupo também se manifesta por meio de imagens. O repórter Ricardo Romanoff entrevistou a vocalista Salma Jô, que fala sobre o novo trabalho do quinteto goiano, os vídeos da banda e a mudança de seu timbre nas músicas mais recentes: “Eu gritava bastante, e meu timbre era mais agudo, ardido e áspero. Hoje estou cantando de forma mais suave e com mais dinâmica”.

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 Às 17h, o jornalista e escritor Juremir Machado da Silva comenta o livro Serotonina, sétimo romance do francês Michel Houellebecq, no Clube de Leitura, do Instituto Ling

A websérie Confessionário – Relatos de Casa chega a seu último episódio, às 19h. Após a exibição, haverá bate-papo com os diretores Deborah Finocchiaro e Luiz Alberto Cassol.

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Você viu?

Você acha que os problemas que Porto Alegre enfrenta hoje são todos contemporâneos? Alguns, certamente. Outros, vêm de muito tempo – de quando a Capital ainda estava expandindo. É o que mostra a HQ “Beco do Rosário”, da Ana Luiza Koehler. Nascida na dissertação de mestrado que Ana Luiza defendeu na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, a história em quadrinhos recria a Porto Alegre dos anos 1920, com questões que ainda são latentes na cidade – como a especulação imobiliária e uma certa higienização urbana que empurra a população mais pobre para cada vez mais longe.

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