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Porto Alegre cada vez mais perto do lockdown

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Porto Alegre cada vez mais perto do lockdown
Porto Alegre discute o lockdown  “Falta muito pouco para nos sobrar apenas o lockdown.” A frase é do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), dita na última sexta-feira, quando, após reuniões com empresários e gestores de hospitais, ele indicou que a medida poderia ser tomada nesta semana caso a velocidade da ocupação de leitos de UTI em Porto Alegre seguisse. De lá pra cá, a situação piorou um pouco mais, com mais sete pessoas entrando para tratamento intensivo desde então. A Capital inicia esta semana com 269 pessoas com Covid-19 ocupando leitos de UTI, cuja utilização está na casa dos 90%. O número, que desconsidera 41 pacientes suspeitos de terem a doença, já faz a Prefeitura adotar o protocolo de fase avançada, o que afeta outros hospitais. Desde a semana passada a Santa Casa não realiza transplantes que não sejam urgentes, por exemplo. Ainda assim, um eventual decreto de lockdown exigirá costura política do prefeito ( ), que defende que esta seja uma “decisão da cidade” ( ), segundo definiu ao jornalista David Coimbra. Contudo, ele precisará de um esforço especial junto aos empresários, que, ontem, se posicionaram contra às medidas mais restritivas ( ), embora façam apelo para que população respeite o isolamento. A corrente oposta é a dos gestores hospitalares, segundo quem o modelo mais radical de restrições é a única medida que pode rapidamente frear a pressão sobre o sistema de saúde.Julho tem sido um mês duro para os porto-alegrenses. O número de óbitos na Capital dobrou em apenas 16 dias, e chegou ontem a 212. Enquanto isso, o desafio proposto pela prefeitura, de manter o nível de isolamento em 55% da população foi alcançado apenas em três dias do mês. Nesse embalo, a média de casos novos na Capital, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, é de 106 por dia. Letalidade aumenta na periferia – Um levantamento feito por GaúchaZH indicou que pelo menos 72% dos 94 bairros de Porto Alegre já tiveram um morador morto pela Covid-19. Na Capital, o Centro Histórico é o que teve mais mortes: nove. Lomba do Pinheiro, Rubem Berta e Menino Deus tiveram oito mortos. Os números apontam para um agravamento da pandemia em áreas de maior vulnerabilidade social e o risco que a alta densidade populacional pode trazer, em especial para idosos. O que mais você precisa saber Cinco regiões próximas da bandeira preta – O RS fechou o domingo com 1.252 mortos pela Covid-19. O mapa preliminar do distanciamento controlado aponta 90% do Estado com bandeira vermelha. Além de Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Taquara são regiões que perigam entrar na classificação de risco altíssimo, a inédita bandeira preta. A razão principal é o aumento das hospitalizações. O alerta não foi suficiente e, com o calor do final de semana, houve aumento de fluxo na freeway rumo às praias. No fim de semana, o Governo do Estado recebeu 59 recursos de municípios e associações que questionam a bandeira vermelha. Mesmo em áreas de risco alto, pelo menos 270 prefeituras poderão adotar padrões válidos para cidades de risco médio, ou bandeira laranja, classificação em que permaneceram apenas as regiões de Pelotas e Bagé. […]

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