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KAREN

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KAREN “Se vc se chama Karen e não é bolsominion nem morominion, troque de nome ou providencie um apelido.” (@SergiusAugustus, em 11 de agosto, no Twitter)  “Aquilo é a mesma estupidez das Karens nos USA. A nossa extrema direita parece saber copiar muito bem todos os sinais de pouca inteligência.” (@miguelcper, 11 de agosto, no Twitter) “Karen é gíria para mulher branca que dá piti geralmente em estabelecimento, pedindo pra falar com gerente. Rindo muito aqui.” (@alesie, 27 de maio, no Twitter)  “Descobri hj tbm q Karen é gíria praquelas peruas que vivem falando ‘chama seu gerente aí’. (@gotsunset, em 27 de abril, no Twitter)  O que significa:  “Karen” é uma gíria pejorativa, surgida nos EUA, usada para designar mulheres brancas de meia-idade que se comportam de forma arrogante e/ou irritada em locais públicos. (Exemplo local: a mulher que afrontou o superintendente de educação e projetos da Vigilância Sanitária do Rio com a frase “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado”.)Nos memes americanos, Karen costuma ser representada como uma mulher loira, com um corte de cabelo curto e assimétrico, que pede para “falar com o gerente” de lojas e restaurantes para reclamar ou fazer exigências descabidas. Mais recentemente, as Karens têm sido associadas também com comportamentos racistas, antivacina, antimáscara e a favor de armas.  Quem usou:  “Em 2020, Karen não é apenas mais um nome comum. Outrora popular entre meninas nascidas na década de 1960, o nome passou a designar o tipo de mulher de meia-idade que ‘pede para falar com o gerente’ e agora tornou-se símbolo também de racismo e privilégio branco. Durante a epidemia do coronavírus, as ‘Karens’ são vistas em restaurantes e lojas, muitas vezes sem máscara, destilando raiva e chamando as autoridades para denunciar pessoas de cor por crimes inexistentes. Embora esse arquétipo já tenha sido anteriormente batizado de ‘Permit Patty’ ou ‘BBQ Becky’, ‘Karen’ foi o nome que pegou. Na verdade, muitas reportagens nem mesmo se dão ao trabalho de usar o nome verdadeiro da mulher em questão. Whitefish Karen (que leva o nome de sua cidade em Montana) tossiu em um casal quando eles reclamaram por ela não usar máscara dentro de um supermercado. Kroger Karen (batizada com o nome de uma rede de supermercados) bloqueou o carro de uma mãe afro-americana para que a mulher não pudesse sair do estacionamento do mercado. San Francisco Karen chamou a polícia para reclamar de um homem filipino que estava escrevendo Black Lives Matter em sua própria propriedade. E, é claro, a rainha de todas as Karens, Amy Cooper, também conhecida como Central Park Karen,  a mulher que ameaçou e inventou acusações contra um homem negro depois que ele educadamente pediu a ela para colocar seu cachorro na coleira, conforme as regras do parque exigem.” (The New York Times, 31 de julho) “As Karens estão tendo um ano difícil. Nos últimos meses, o meme Karen, que começou zombando de um tipo bastante específico de mulher branca (a mãe antivacina arrogante e com um penteado batizado de ‘posso falar com o gerente’),  […]

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“Se vc se chama Karen e não é bolsominion nem morominion, troque de nome ou providencie um apelido.” (@SergiusAugustus, em 11 de agosto, no Twitter)  “Aquilo é a mesma estupidez das Karens nos USA. A nossa extrema direita parece saber copiar muito bem todos os sinais de pouca inteligência.” (@miguelcper, 11 de agosto, no Twitter) “Karen é gíria para mulher branca que dá piti geralmente em estabelecimento, pedindo pra falar com gerente. Rindo muito aqui.” (@alesie, 27 de maio, no Twitter)  “Descobri hj tbm q Karen é gíria praquelas peruas que vivem falando ‘chama seu gerente aí’. (@gotsunset, em 27 de abril, no Twitter)  O que significa:  “Karen” é uma gíria pejorativa, surgida nos EUA, usada para designar mulheres brancas de meia-idade que se comportam de forma arrogante e/ou irritada em locais públicos. (Exemplo local: a mulher que afrontou o superintendente de educação e projetos da Vigilância Sanitária do Rio com a frase “Cidadão, não. Engenheiro civil, formado”.)Nos memes americanos, Karen costuma ser representada como uma mulher loira, com um corte de cabelo curto e assimétrico, que pede para “falar com o gerente” de lojas e restaurantes para reclamar ou fazer exigências descabidas. Mais recentemente, as Karens têm sido associadas também com comportamentos racistas, antivacina, antimáscara e a favor de armas.  Quem usou:  “Em 2020, Karen não é apenas mais um nome comum. Outrora popular entre meninas nascidas na década de 1960, o nome passou a designar o tipo de mulher de meia-idade que ‘pede para falar com o gerente’ e agora tornou-se símbolo também de racismo e privilégio branco. Durante a epidemia do coronavírus, as ‘Karens’ são vistas em restaurantes e lojas, muitas vezes sem máscara, destilando raiva e chamando as autoridades para denunciar pessoas de cor por crimes inexistentes. Embora esse arquétipo já tenha sido anteriormente batizado de ‘Permit Patty’ ou ‘BBQ Becky’, ‘Karen’ foi o nome que pegou. Na verdade, muitas reportagens nem mesmo se dão ao trabalho de usar o nome verdadeiro da mulher em questão. Whitefish Karen (que leva o nome de sua cidade em Montana) tossiu em um casal quando eles reclamaram por ela não usar máscara dentro de um supermercado. Kroger Karen (batizada com o nome de uma rede de supermercados) bloqueou o carro de uma mãe afro-americana para que a mulher não pudesse sair do estacionamento do mercado. San Francisco Karen chamou a polícia para reclamar de um homem filipino que estava escrevendo Black Lives Matter em sua própria propriedade. E, é claro, a rainha de todas as Karens, Amy Cooper, também conhecida como Central Park Karen,  a mulher que ameaçou e inventou acusações contra um homem negro depois que ele educadamente pediu a ela para colocar seu cachorro na coleira, conforme as regras do parque exigem.” (The New York Times, 31 de julho) “As Karens estão tendo um ano difícil. Nos últimos meses, o meme Karen, que começou zombando de um tipo bastante específico de mulher branca (a mãe antivacina arrogante e com um penteado batizado de ‘posso falar com o gerente’),  […]

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