a palavra é

DECOLONIAL

Change Size Text
DECOLONIAL “A palavra decolonial me buga pq eu fico com a sensação de q era pra ser “deScolonial” eh foda ser burro.” (@asielucas, No Twitter, em 20 de agosto) “HAHAHA ‘colonialisticamente’, o que é mais decolonial: a felicidade de quem nunca viajou e vê a neve pela 1a vez ou a visão da elite global, a qual pertencemos, que viajou e pode dizer, aos colegas colonizados, que não é tudo isso? P.S.: acho que tudo bem deixar o povo curtir.” (@thiamparo, no Twitter, em 21 de agosto) “É importante problematizar essa empolgação com a neve em uma perspectiva decolonial.  vs.  A preferência pelo frio é elitista e eticamente questionável, baixas temperaturas causam sofrimento a pessoas pobres e a culpa é do frio e de quem gosta dele, não do capitalismo.” (@laura_asx, no Twitter, em 22 de agosto) “A polêmica da neve decolonial zzzzzz, pqp vem limpar as caixas de areia dos meus gatos se tá com falta do que fazer. Cada dia + entediada com a over problematização do cotidiano.” (@adriaramaral, no Twitter, em 22 de agosto) “Eu continuo achando que o termo decolonial parece nome de café expresso…. com todo respeito à academia COLONIZADA que prefere o termo em inglês ao belíssimo: descolonial (com S)” (@fonteswork, no Twitter, em 24 de agosto) O que é:  A teoria decolonial questiona a centralidade do pensamento europeu em diferentes campos de conhecimento. Segundo essa perspectiva de análise, os colonizadores, além das ações de exploração econômica, constituem sistemas jurídicos, políticos e culturais que justificam suas intervenções ao mesmo tempo em que desqualificam o que é próprio dos povos originários.O pensamento decolonial vem sendo desenvolvido principalmente por estudiosos latino-americanos, com destaque para o sociólogo e pensador peruano Aníbal Quijano (1928 – 2018). Quem usou:  “As imagens da estátua do escravocrata britânico Edward Colston sendo jogada nas águas do porto de Bristol, Inglaterra, correram o mundo em junho. A ação inspirou e segue inspirando outras derrubadas de monumentos de figuras coloniais em vários países – e provoca um acalorado debate sobre memória e representação na esfera pública. Esta semana, o próprio rei da Bélgica, Filipe Leopoldo, pediu desculpas pela violência cometida por seu país durante o período colonial do país africano. São manchetes que remetem a um adjetivo que tem ganhado força na produção acadêmica e artística: decolonial. O conceito engloba trabalhos que escancaram as consequências do colonialismo, viram a chave eurocêntrica e resgatam uma identidade africana apagada – e, acima de tudo, que ajudam a entender disputas políticas pelo imaginário social. São decoloniais as escravas negras e guerreiras indígenas representadas pelas artistas Rosana Paulino e Marcela Cantuária. Suas obras, aliás, aparecem reunidas e comentadas no recém-lançado Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais (Bazar do Tempo). A ideia também surge do pensamento da cientista política Françoise Vergès, francesa autora de Um feminismo decolonial, que chega agora ao Brasil pela editora Ubu. Está também na dramaturgia Colônia, de Gustavo Colombini, encenada em 2018, que explora os sentidos de seu título. Ou no espetáculo Sons d’oeste, da companhia de […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

“A palavra decolonial me buga pq eu fico com a sensação de q era pra ser “deScolonial” eh foda ser burro.” (@asielucas, No Twitter, em 20 de agosto) “HAHAHA ‘colonialisticamente’, o que é mais decolonial: a felicidade de quem nunca viajou e vê a neve pela 1a vez ou a visão da elite global, a qual pertencemos, que viajou e pode dizer, aos colegas colonizados, que não é tudo isso? P.S.: acho que tudo bem deixar o povo curtir.” (@thiamparo, no Twitter, em 21 de agosto) “É importante problematizar essa empolgação com a neve em uma perspectiva decolonial.  vs.  A preferência pelo frio é elitista e eticamente questionável, baixas temperaturas causam sofrimento a pessoas pobres e a culpa é do frio e de quem gosta dele, não do capitalismo.” (@laura_asx, no Twitter, em 22 de agosto) “A polêmica da neve decolonial zzzzzz, pqp vem limpar as caixas de areia dos meus gatos se tá com falta do que fazer. Cada dia + entediada com a over problematização do cotidiano.” (@adriaramaral, no Twitter, em 22 de agosto) “Eu continuo achando que o termo decolonial parece nome de café expresso…. com todo respeito à academia COLONIZADA que prefere o termo em inglês ao belíssimo: descolonial (com S)” (@fonteswork, no Twitter, em 24 de agosto) O que é:  A teoria decolonial questiona a centralidade do pensamento europeu em diferentes campos de conhecimento. Segundo essa perspectiva de análise, os colonizadores, além das ações de exploração econômica, constituem sistemas jurídicos, políticos e culturais que justificam suas intervenções ao mesmo tempo em que desqualificam o que é próprio dos povos originários.O pensamento decolonial vem sendo desenvolvido principalmente por estudiosos latino-americanos, com destaque para o sociólogo e pensador peruano Aníbal Quijano (1928 – 2018). Quem usou:  “As imagens da estátua do escravocrata britânico Edward Colston sendo jogada nas águas do porto de Bristol, Inglaterra, correram o mundo em junho. A ação inspirou e segue inspirando outras derrubadas de monumentos de figuras coloniais em vários países – e provoca um acalorado debate sobre memória e representação na esfera pública. Esta semana, o próprio rei da Bélgica, Filipe Leopoldo, pediu desculpas pela violência cometida por seu país durante o período colonial do país africano. São manchetes que remetem a um adjetivo que tem ganhado força na produção acadêmica e artística: decolonial. O conceito engloba trabalhos que escancaram as consequências do colonialismo, viram a chave eurocêntrica e resgatam uma identidade africana apagada – e, acima de tudo, que ajudam a entender disputas políticas pelo imaginário social. São decoloniais as escravas negras e guerreiras indígenas representadas pelas artistas Rosana Paulino e Marcela Cantuária. Suas obras, aliás, aparecem reunidas e comentadas no recém-lançado Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais (Bazar do Tempo). A ideia também surge do pensamento da cientista política Françoise Vergès, francesa autora de Um feminismo decolonial, que chega agora ao Brasil pela editora Ubu. Está também na dramaturgia Colônia, de Gustavo Colombini, encenada em 2018, que explora os sentidos de seu título. Ou no espetáculo Sons d’oeste, da companhia de […]

Quer ter acesso ao conteúdo exclusivo?

Assine o Premium

Você também pode experimentar nossas newsletters por 15 dias!

Experimente grátis as newsletters do Grupo Matinal!

RELACIONADAS
ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1
ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.