Ensaio

A morte e a morte de Fiódor Dostoiévski

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A morte e a morte de Fiódor Dostoiévski

Todos os aficionados por Dostoiévski, e somos muitos, conhecemos a história da sua execução de mentirinha. Implicado num círculo clandestino de intelectuais com ideias incômodas para o regime czarista, o jovem escritor foi aprisionado e mantido incomunicável por meses, assim como seus confrades, até as esferas superiores decidirem seus destinos. O czar Nicolau I, já resolvido a condená-los “só” a trabalhos forçados na Sibéria e à perda de direitos civis, resolveu antes pregar-lhes uma peça para fazer deles um exemplo: simulou uma execução por fuzilamento, revogada no último instante por um arauto que anunciaria a pena mais branda. Isso foi no início da carreira de Dostoiévski: ele recém tinha chegado à notoriedade com seu romance de estreia, Gente pobre. Essa, a sua primeira morte (1849), e a outra, a de verdade (em fevereiro de 1881, poucas semanas antes de o czar Alexandre II, filho daquele outro, ser liquidado por uma bomba lançada por terroristas de verdade, e não poetas e teóricos), enquadram como uma moldura tétrica as três décadas da sua obra. Nesses trinta e poucos anos, Dostoiévski teve uma vida das mais acidentadas, investigada nos cinco volumes da magistral biografia de Joseph Frank, livro incontornável para qualquer dostoievskiano doente.

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