Ensaio

A “Trilogia de Auschwitz”, de Primo Levi

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A “Trilogia de Auschwitz”, de Primo Levi

Primo Levi (1919-1987), judeu italiano que sobreviveu ao Holocausto, escreveu, além de uma bela produção ficcional, alguns dos títulos fundamentais da literatura de testemunho. Descontados contos e depoimentos esparsos, seus livros focados no cárcere nazista foram três, sendo às vezes chamados informalmente de “Trilogia de Auschwitz”. O primeiro, sua estreia como autor, é o famoso É isto um homem?, escrito entre 1945 e 1946, logo depois da libertação e retorno para a Itália. Foi publicado em 47 em tiragem baixa, com aprovação crítica mas baixa ressonância junto ao público. A segunda edição, de 58, já pela editora Einaudi, levou-o ao conhecimento e sucesso generalizados. Seguiram-se traduções e as primeiras palestras e entrevistas a respeito, atividade que ele levou vida afora junto com a química industrial e a literatura. 

As leis discriminatórias tinham chegado mais tarde na Itália do que na Alemanha, então Levi, que vinha de uma família assimilada, passara a primeira juventude relativamente imperturbado. Com o agravamento do fascismo, experimentou dificuldades universitárias, mas ainda conseguiu colar grau em química (porém, o diploma já traz após o seu nome a menção “di razza ebraica”). Preso no norte da Itália, em 1943, como guerrilheiro da resistência, ele preferiu se identificar como judeu do que como dissidente político, pensando assim evitar tortura e a morte certa. Ficou preso no campo de Fossoli, que logo depois passou para a administração alemã. Então, ele e mais 650 judeus italianos (dos quais só vinte sobreviveram à guerra) foram amontoados em vagões de carga lacrados e deportados à Alta Silésia, na Polônia, numa viagem de cinco dias durante a qual não receberam água. O comboio chegou ao complexo de Auschwitz, que nenhum deles sabia o que era. Levi, jovem e apto, passou pela seleção inicial e foi detido no campo de trabalhos forçados de Monowitz, um dos quase quarenta do complexo.


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Primo Levi (1919-1987), judeu italiano que sobreviveu ao Holocausto, escreveu, além de uma bela produção ficcional, alguns dos títulos fundamentais da literatura de testemunho. Descontados contos e depoimentos esparsos, seus livros focados no cárcere nazista foram três, sendo às vezes chamados informalmente de “Trilogia de Auschwitz”. O primeiro, sua estreia como autor, é o famoso É isto um homem?, escrito entre 1945 e 1946, logo depois da libertação e retorno para a Itália. Foi publicado em 47 em tiragem baixa, com aprovação crítica mas baixa ressonância junto ao público. A segunda edição, de 58, já pela editora Einaudi, levou-o ao conhecimento e sucesso generalizados. Seguiram-se traduções e as primeiras palestras e entrevistas a respeito, atividade que ele levou vida afora junto com a química industrial e a literatura. 

As leis discriminatórias tinham chegado mais tarde na Itália do que na Alemanha, então Levi, que vinha de uma família assimilada, passara a primeira juventude relativamente imperturbado. Com o agravamento do fascismo, experimentou dificuldades universitárias, mas ainda conseguiu colar grau em química (porém, o diploma já traz após o seu nome a menção “di razza ebraica”). Preso no norte da Itália, em 1943, como guerrilheiro da resistência, ele preferiu se identificar como judeu do que como dissidente político, pensando assim evitar tortura e a morte certa. Ficou preso no campo de Fossoli, que logo depois passou para a administração alemã. Então, ele e mais 650 judeus italianos (dos quais só vinte sobreviveram à guerra) foram amontoados em vagões de carga lacrados e deportados à Alta Silésia, na Polônia, numa viagem de cinco dias durante a qual não receberam água. O comboio chegou ao complexo de Auschwitz, que nenhum deles sabia o que era. Levi, jovem e apto, passou pela seleção inicial e foi detido no campo de trabalhos forçados de Monowitz, um dos quase quarenta do complexo.


É isto um homem? expõe, em dezessete capítulos fora de ordem cronológica estrita (foram concebidos inicialmente como relatos autônomos), o universo estarrecedor desses escravos esqueléticos. Não o descreverei: este livro fala por si, e sua leitura vale o mal-estar que desperta. Recomendo-o com veemência, em particular pelo que ele, excepcionalmente, não traz. A prisão de Levi era ainda tão recente, e a memória, ainda tão incandescente que não sobrava espaço para sentimentalismo ou juízos de valor definitivos. Bem entendido, ele não duvida da barbárie daquela máquina de devorar gente, mas é que simplesmente não havia tempo para investigar a fundo essa moral (o faria nas décadas seguintes): o testemunho factual tinha prioridade, forcejava para se fazer ouvir, saía-lhe pelos poros. E saiu do jeito que deu, nas noites de dia de semana que Primo Levi passava na fábrica onde se empregara, longe demais de onde morava para que compensasse voltar para casa. Pegou uma máquina de escrever e escreveu, sem plano prévio.

Essa narração em primeira pessoa de uma experiência ainda em brasa tem grandes vantagens literárias em relação a uma descrição por fora, na terceira pessoa, seja levemente romanceada (como em muitos filmes) ou exposta academicamente por um historiador. A cicatriz recente dos sentidos físicos tinge É isto um homem? com uma gama tonal própria, que lhe dá um toque pessoal muito forte. Esta não é a história de Auschwitz, é uma história de Auschwitz — a de Primo Levi, e só dele. É através do seu corpo e sentidos que nos transportamos para lá. Lama, neve, fome, frio, sono, sede, socos, chutes, exaustão, piolhos, imundície, berros, suor, excrementos: a recorrência repulsiva de palavras como essas, com todas as associações visuais, auditivas, táteis etc. que elas nos despertam, semeia o texto de Leitmotive coesivos, dando-lhe uma coloração que segue repercutindo empaticamente após terminada a leitura. Alguns desses motivos já aparecem no poema que o autor coloca em epígrafe, e do qual saiu o título do livro. Reproduzo-o:

Vocês que vivem em segurança
Nas suas casas tépidas,
Vocês que, voltando à noite,
Encontram comida quente e rostos amigos:
Considerem se é isto um homem,
Que trabalha na lama,
Que não conhece paz,
Que luta por meio pão,
Que morre por um sim ou por um não.
Considerem se é isto uma mulher,
Sem cabelos e sem nome,
Sem mais força para recordar,
Vazios os olhos e frio o útero,
Como uma rã no inverno.
Reflitam que isto aconteceu:
Eu lhes ordeno estas palavras.
Esculpam-nas no seu coração,
Estando em casa, andando na rua,
Deitando-se, levantando-se:
Repitam-nas para os seus filhos.
Senão, que suas casas desmoronem,
A doença os invalide,       
Os seus recém-nascidos lhes torçam a cara.

Apesar de ser uma história verídica contada por um cientista, o que poderia dar num livro seco, é uma obra sofisticada, com notáveis qualidades de composição literária. Chama a atenção já de partida a dicção desapaixonada, quase objetiva, embora a escrita tenha ocorrido quase imediatamente após sua volta a Turim. A adjetivação precisa, a fusão perfeita dos interlúdios filosóficos no tecido narrativo, a concisão mesma dos capítulos — tudo instaura como que uma luz branca de laboratório, que não realça nenhum lado particular dos objetos em exame, mas também expõe cada um dos seus recessos, por mais desagradáveis que sejam. Outra característica distintiva de Primo Levi, que o põe à parte de muito da literatura do Shoá, é a naturalidade das reflexões morais propostas a partir do que viveu lá. A maturidade quase montaigneana desse autor de vinte e tantos anos é assombrosa, e pode chocar um pouco pela serenidade — o natural não seria revolta e condenação? No apêndice escrito nos anos 70, Primo Levi esclarece o porquê e nos lembra da responsabilidade que incumbe ao leitor:

“(…) ao escrever este livro eu assumi deliberadamente a linguagem pacata e sóbria da testemunha, e não aquela queixosa da vítima, nem a irada do vingador: achava que a minha palavra seria tanto mais crível e útil quanto mais parecesse objetiva e menos apaixonada soasse; só assim a testemunha em juízo cumpre a sua função, que é a de preparar o terreno para o juiz. Os juízes são vocês.”

Um capítulo marcante, e para mim o mais inesquecível, é O canto de Ulisses. Nele, Levi combina de trocar aulas de italiano por aulas de alemão com um jovem alsaciano bilíngue. Carregando juntos um panelão de sopa pelo imenso campo, o narrador tenta acender no outro sua paixão pela Divina comédia — em específico, o Canto XXVI do Inferno, que tenta recitar de cor. As diversas falhas de memória não diminuem o interesse do aluno nem o afã do professor, comovente por se prender a algo tão elevado como Dante num ambiente tão degradado. Mas há aí algo mais.

É isto um homem? não só toma da Divina comédia o modelo estrutural básico — um narrador mergulhado em esferas de danação e penitência, transmitindo-nos encontros com demônios e condenados, e as histórias que estes contam —, mas também repropõe seu nó central: se a linguagem é capaz de transmitir a um leitor algo sequer imaginável para este, habituado a noções médias, tradicionais (no caso, de humanidade). Este é um problema essencial da poética, o da referencialidade, e se põe desde o título do livro — de discreta ambiguidade, porque pode se referir tanto às vítimas quanto aos algozes.

À distância atual, e com todos os filmes e livros surgidos nesse ínterim, não nos damos conta de como um livro como esse era necessário e, também, impertinente. No pós-guerra imediato, quando a Europa queria esquecer o passado recente, Primo Levi insistiu na virtude incômoda da memória e da justiça. Ele soube desde a vivência do trauma que sua tarefa era contar ao mundo o que vira, para que não se repetisse, pois mesmo em regimes democráticos a semente do mal pode se instalar. Como ele diz no prefácio: onde quer que a ideia do estrangeiro como inimigo se imponha como axioma, “no fim desta cadeia está o campo de extermínio”. 


A trégua, de 1963, tem um andamento menos cerrado e uma estrutura mais tradicional. Segue o fio cronológico da viagem de meses que os sobreviventes, originários de muitos países, fizeram por campos provisórios na Europa Oriental e União Soviética até voltarem às suas casas. À ilíada de Auschwitz segue-se agora uma odisseia de trem. Neste livro, Primo Levi relaxa um pouco a sua pena e nos dá saborosas caracterizações das figuras e lugares com que cruzou. Nisso, exercita um competente dom de contador de histórias (afinal, já estava há quase vinte anos narrando oralmente essas andanças) e reconstitui o limbo — a trégua de que fala o título — entre a provação da guerra e aquela, muito mais amena, da vida normal reconquistada. No entanto, mesmo os momentos mais distensos, e às vezes até humorísticos, não conseguem ofuscar o pano de fundo lúgubre. Entre outras, este é responsável por uma página especialmente memorável: o trecho sobre Hurbinek.

Hurbinek era o nome improvisado pelos sobreviventes para um menino de aparentes três anos, sem pais conhecidos, semiparalisado, e que por algum milagre fora tolerado em Auschwitz (a norma era mandar todas as crianças para a câmara de gás já no desembarque do trem). Possivelmente nascera no campo. Numa enfermaria logo após a libertação, um jovem húngaro lhe faz as vezes de mãe, e todos tentam decifrar a única palavra que ele sabe balbuciar, enigmática, pois não pertencia a nenhuma das muitas línguas faladas no campo. Por fim, a criança anônima sucumbe à doença, e Primo Levi lhe dedica este parágrafo elegíaco, de uma retórica milimétrica, tragicamente perfeito:

“Hurbinek, que tinha três anos e talvez tivesse nascido em Auschwitz e nunca tinha visto uma árvore; Hurbinek, que combatera como um homem, até a última respiração, para conquistar a entrada no mundo dos adultos, do qual uma potência bestial o havia banido; Hurbinek, o sem nome, cujo minúsculo antebraço fora, porém, marcado com a tatuagem de Auschwitz; Hurbinek morreu nos primeiros dias de março de 1945, liberto mas não redimido. Nada resta dele: ele testemunha através destas minhas palavras.”

Vale lembrar que Primo Levi já escrevia poemas sobre a guerra antes de estrear na prosa. Evidentemente, não estamos falando aqui de Flaubert, que embutia dodecassílabos perfeitos no texto dos seus romances, mas um trecho de tamanha carga poética merece uma curta análise. Como um encantamento ou oração, os quatro primeiros períodos iniciam todos com o nome-charada da criança (difícil não lembrar dos seres desencantados de Kafka). A cadeia de orações relativas dos três primeiros períodos (“que, “que”, “cujo”) é bruscamente cortada pelo verbo definitivo “morreu” do quarto, em ordem direta e acrescido do dado temporal objetivo, ainda que vago — além de nome e data de nascimento, até uma data de morte foi-lhe negada. O pungente “liberto mas não redimido” abaixa tudo mais um semitom e prepara o epílogo bipartido, assindético, em que as duas orações são encadeadas sem o uso de conjunção: são os dois pontos, burocráticos mas graficamente eloquentes, que simbolizam o muro entre os que submergiram e os que se salvaram.

Mas não é só pela beleza sóbria de sua composição que essa passagem é vital. A quase mudez de Hurbinek é o signo da incomunicabilidade de uma realidade antes desconhecida, e também o despontar agônico de uma linguagem nova capaz de dar conta dela. A linguagem tal como aprendida pelos adultos antes do campo só podia atuar como um recurso precário, se aproximar do vivido, mas não expressá-lo em si (há quem diga que isso é verdade para a linguagem como um todo). Hurbinek lutava por articular uma palavra desconhecida porque ninguém lhe ensinara a falar ou porque uma linguagem inédita, natimorta mas possível, brotava-lhe da garganta? Adorno escreveu que não se podia fazer poesia depois de Auschwitz; Primo Levi disse em uma entrevista: “Naqueles anos, se fosse o caso, eu teria reformulado as palavras de Adorno: depois de Auschwitz não se pode fazer poesia que não sobre Auschwitz”.

Em que pese esses grandes momentos, A trégua é literariamente inferior a É isto um homem?: o pique afrouxa visivelmente da metade para a frente, algumas das reflexões morais revelam linhas de enxerto no corpo narrativo, e o final, inesperadamente em tom menor, destoa do ânimo cada vez mais leve que o relato fora ganhando. Esse final conta um pesadelo que assombrava muitos prisioneiros em Auschwitz e também por anos depois: Primo Levi sonhava já ter voltado para casa, tentando contar aos seus as coisas que vivera, e ninguém lhe dava crédito, sequer ouvidos. Esse sonho recorrente constitui o nexo de continuidade e a motivação secreta de Os afogados e os sobreviventes, terceiro livro da “Trilogia”: depois de se narrar o que se viveu, era preciso encontrar um sentido para esse fenômeno, ousar o encaixe aparentemente impossível dessa experiência infra-humana nas categorias éticas da cultura ocidental. É a tarefa que Primo Levi tentara resolver sumariamente em 1976 num elaborado apêndice a É isto um homem?, e a que ele enfrenta no que seria o último livro que publicou.


Os afogados e os sobreviventes (1986) era o título primitivo de É isto um homem?, e dá nome ao capítulo central deste. Faz referência a uma ideia de Levi de que, no campo, havia os que se deixavam submergir, desde o início ou gradualmente (pela fome, pelas feridas que os tamancos causavam nos pés e infeccionavam, pela desmoralização, pela perda da fé, pela ausência de sentido de tudo aquilo), e os que conseguiam se manter à tona, seja por uma excepcional aptidão mental ou física, seja por expedientes mais ou menos condenáveis, seja por pura sorte.

É um minitratado de moral, da torva moral de Auschwitz. Aborda coisas como os desvãos da memória, a vergonha de sobreviver sem ter “merecido”, as péssimas consequências da comunicação precária, se ser um intelectual em Auschwitz era vantagem ou desvantagem (não teria sido melhor saber empunhar a pá com mais destreza?), e as várias espécies de violência inútil aplicadas aos prisioneiros. A distinção entre violência “útil” e “inútil”, tema de um dos melhores capítulos do livro, é importante para dissipar algumas cortinas de fumaça que cercam o fenômeno dos campos.

Violência útil, na definição de Primo Levi, é aquela que contribui para a consecução de um propósito, por mais torto que este seja. Assim, colocar os prisioneiros em trabalho forçado é útil para a indústria de guerra, em que a mão de obra está empenhada no front. Mas que utilidade havia em não lhes distribuir colheres de sopa se havia um depósito trancado, descoberto depois da libertação, com milhares de colheres novas, mais dezenas de milhares usadas (confiscadas da bagagem dos que chegavam)? Qual a “eficiência” de fazer os recém-escravizados lamber a sopa das tigelas, como cães, até que conseguissem uma colher no mercado paralelo? Outro exemplo é a simetria que se exigia na “arrumação da cama” — entre aspas porque falo de enxergões de palha imundos, sobre catres de madeira empilhados até o teto. Havia todo um sistema de fiscais, métodos e punições em torno da conferência dos leitos, isto é: sem nenhuma razão necessária, transferia-se o rigor maníaco de um reluzente quartel para o campo de concentração, sua caricatura. Esses e muitos outros detalhes, hoje pequenos, então vitais, ajudam a separar razão de Estado da mais pura perversidade.

Após investigar com argumentação lúcida todas essas questões, cotejando-as com outras análises (especialmente as de Jean Améry, também sobrevivente), as últimas páginas de Os afogados e sobreviventes concluem em fecho de ouro o grande arco iniciado quarenta anos antes. No mesmo tom profético do poema-maldição que citamos, Primo Levi considera na conclusão se ainda pode acontecer outra catástrofe semelhante ao inferno que viveu. Atenção:

“Pode acontecer, e em qualquer lugar. Não pretendo nem posso dizer que acontecerá; como aludi acima, é pouco provável que se verifiquem de novo, simultaneamente, todos os fatores que desencadearam a loucura nazista, mas alguns signos precursores despontam. A violência, ‘útil’ ou ‘inútil’, está sob os nosso olhos: ela serpenteia, em episódios avulsos e privados, ou como ilegalidade de Estado, em ambos aqueles que se costuma chamar de primeiro e segundo mundo, vale dizer, nas democracias parlamentares e nos países da área comunista. No terceiro mundo, ela é endêmica ou epidêmica. Apenas espera o novo histrião (não faltam os candidatos) que a organize, a legalize, a declare necessária e devida, e infecte o mundo. Poucos países podem se garantir imunes de uma futura maré de violência, gerada pela intolerância, pela volúpia de poder, por razões econômicas, pelo fanatismo religioso ou político, por atritos raciais. É preciso, portanto, aguçar os nossos sentidos, desconfiar dos profetas, dos encantadores, daqueles que dizem e escrevem ‘belas palavras’ não sustentadas por boas razões.”

Os juízes somos nós.

[Traduzi as citações a partir das seguintes edições italianas: Primo Levi. Se questo è un uomo. Turim: Einaudi, 2019. 22ª edição, coleção Super ET, p. 1, p. 174 e p. 3. La tregua. Turim: Einaudi, 2019. 29ª edição, coleção Super ET, p. 14-15 e p. 210. I sommersi e i salvati. Turim: Einaudi, 2018. 16ª edição, coleção Super ET, p. 157]


Théo Amon (Porto Alegre, 1984) é tradutor. Mestre e doutorando em Letras pela UFRGS, com pesquisa sobre Thomas Mann.

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