O Rio Grande tem futuro?
Mais uma eleição vem por aí, e reina pouca expectativa em relação às visões de futuro a serem apresentadas pelos candidatos. Exagero? Haveria alguma novidade nas proposições advindas dos partidos ou de setores da sociedade gaúcha? Ou estamos condenados a tecer loas ao passado?
A visão dos que estão na situação é a de que o governo estadual se mantenha fraco em relação a suas capacidades de promover opções de futuro. Quanto menos Estado, melhor. A crença de que privatizar o que resta de empresas e outros patrimônios públicos vendáveis (como terrenos bem localizados, por exemplo) criaria maior eficiência alocativa, ampliaria os investimentos e melhoraria o chamado ambiente para os negócios. Crença que não parece propor solução para o endividamento público (que não mais aperto fiscal) ou mesmo promover prosperidade. A não ser para a agricultura ou mineração de exportação, que – isentas de pagamentos de ICMs para exportar produtos in natura e com fracos controles ambientais ou trabalhistas – podem ampliar sua participação no produto enquanto houver demanda externa e chuvas no momento certo.
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