Ensaios Fotográficos

Pequenas Solidões

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Pequenas Solidões

Dulce Helfer apresenta neste ensaio um conjunto de imagens que mostram figuras isoladas pelo enquadramento da câmera. Fotografias em que as pessoas se salientam por estarem em uma fenda, em uma sombra, com o olhar distante, ao longe. Há imagens daqueles que vêm, dos que vão ou dos que se foram. Há quem esteja esperando, contemplando, se desesperando, agonizando. Há também o que sequer seja humano, embora pareça.

Mas humano é sem dúvida o olhar que a Dulce capta com a câmera. Ela que já esteve com suas fotos numa edição anterior da Parêntese. Suas imagens e seu texto traziam lembranças do saudoso músico Belchior. Agora, no ensaio fotográfico “Pequenas Solidões”, o que a Dulce resgata são momentos que a fotógrafa recolheu de seu acervo. Uma série que vem sendo publicada aos domingos no perfil do Facebook da própria artista. Uma maneira de ressignificar o isolamento enquanto a pandemia nos afasta fisicamente. Como essas fotos pretendem isso? Ela mesma responde em uma de suas publicações: “Vendo a beleza do mundo de outro ângulo, isolados e esperando o momento de voltar ao nosso cotidiano”.

Por que “Pequenas Solidões”? Segundo a autora, o nome vem de uma exposição que ela mesma apresentou: “Golpes de pequenas solidões”, no Teatro de Câmara. Dulce Helfer diz: “O nome foi tirado de um dos meus livros preferidos de Roland Barthes, A Câmara Clara. Nesse livro Barthes escreve: ‘a vida é assim, feita a golpes de pequenas solidões.’” 

Com vocês a Dulce:





















*Texto de Ângelo Chemello Pereira


Dulce Helfer. Trabalhou 27 anos no jornal Zero Hora, em Porto Alegre e na Secretaria de Cultura do RS até 1990, onde participou com os escritores Tabajara Ruas e Carlos Urbim do jornal cultural  “O Continente”. Fez dezenas de exposições individuais e coletivas e recebeu 24 prêmios, entre eles três internacionais da Sociedad Interamericana de Prensa, dois Prêmios Press, como melhor fotógrafa do RS, Prêmio Nacional de Direitos Humanos, Prêmio de Fotografia do Banco Itaú e Prêmio de Cultura Joaquim Felizardo.

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