Entrevista | Parêntese

Entrevista com Alix Georges

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Entrevista com Alix Georges
Parêntese saiu em busca de um haitiano que nos explicasse de perto o que está acontecendo naquele país de tanta história. Foi lá, por exemplo, que ocorreu uma das primeiras rebeliões massivas de escravizados, como um alerta para os escravagistas e um alento para os que lutavam pela igualdade e a liberdade. Lá ocorreu uma independência socialmente inédita, com expulsão dos colonizadores e a tomada do poder por ex-escravos. Foi lá também que se instalou uma Missão da ONU, liderada pelo Exército brasileiro, por catorze anos – período em que, por motivos diversos, se destacaram muitos dos generais que hoje ocupam cargos importantes no governo federal. Uma conversa com Gabrielle Toson, jornalista e professora de Francês que fez estágio de um semestre na Martinica, vizinha do Haiti, nos levou a Alix Georges. A conversa foi feita por whatsapp, entre 31 de outubro e 6 de novembro. Esse meio de conversas impõe uma série de restrições, mas por outro lado tem grande agilidade e, mediante mensagens gravadas, torna a interlocução confortável, na medida em que oferece aos que estão envolvidos ingressarem nela, para perguntar ou responder, apenas em hora de sua conveniência. Se há algum truncamento e postergação, coisas que uma entrevista cara a cara evita, há por outro lado o aspecto portátil e ajustado ao horário de cada um. Coisa nova, que talvez aponte para um dos futuros da entrevista, essa modalidade tão interessante de texto.  Alix é poliglota, e seu português é fluente e muito competente. Casado aqui no Brasil, teve filho há pouco tempo, o que lhe impõe restrições severas de disponibilidade. Mas produziu respostas como as que se verá a seguir, de grande qualidade e profundidade. É um cidadão do mundo, interessado em esclarecimento. Aqui se verá quanto. – Luis Augusto Fischer * Como sempre temos feito no Parêntese, mantivemos muitas vezes a flexão informal dos verbos, para reproduzir um tanto do calor da conversa ao vivo. Sempre que aparecerem colchetes, [ ], o editor resolveu acrescentar algum esclarecimento que julgou interessante para o leitor. As fotos que ilustram a entrevista, de Carlos Edler, foram feitas depois da conversa via whatsapp, num encontro ao vivo. Parêntese – Tudo bem, Alix? Eu pensei em fazer as perguntas aqui, eu gravando a voz e tu respondendo, pode ser uma por uma e aí a gente vai conversando. A ideia geral é fazer uma entrevista pra saber do Haiti atual. Mas queremos saber antes de ti, da tua vida. Eu vi uma página tua no Facebook em que a tua preocupação é falar de coisas boas do Haiti (“O que a mídia não mostra do Haiti”), em vez de ficar falando só das dificuldades e das tragédias, e me pareceu muito legal. Queria saber um pouco da tua vinda pra cá. Então: qual a tua história pessoal, tua formação escolar? E e da tua vinda pra cá: quando foi e por que que foi e se tu estudaste aqui (não sei se chegaste a fazer curso superior)?  Alix Georges – […]

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