Entrevista

Breve conversa com Tiago Maria

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Breve conversa com Tiago Maria

Parêntese – Tiago, por que Maria?

Tiago Maria – Meu Maria é uma reverência a Antônio Maria de Moraes, cronista fundamental na história do gênero e que ainda não é muito conhecido, dado o tamanho e a relevância da sua obra. Nos conhecemos no bar, cinquenta anos após a sua morte, em 2014, quando a Santa Sede lançou Maria Volta ao Bar, antologia em sua homenagem. E porque Maria é um nome simpático, quem não tem uma Maria na família? Também traz um pouco do feminino, o que sempre é bom. 

Parêntese – Tiago, conta como a crônica entrou na sua vida. Quem encontrou quem? 

TM – Não fui criado em um ambiente cercado de livros. Não tenho na memória a imagem dos meus pais lendo. Mas sempre ouvi muitas histórias, sou um bom ouvinte. Um tio, hoje falecido, leitor compulsivo, é que me escorregava os livros que lhe caíssem nas mãos, entre eles crônicas do Veríssimo, que ainda escrevia no jornal, daí foi covardia. Na crônica me perco e me encontro. 

Parêntese – Tiago, se nasce ou torna-se semvergonho?

TM – Acredito nas duas variantes. Tem semvergonho que já vem de berço. E tem os que a vida vai transformando em semvergonhos pelas mãos do acaso, por necessidade, ou só de sem-vergonhismo, mesmo. Porém, é preciso que se diga, esse semvergonho está para mim sempre associado à ousadia, a certo atrevimento e espontaneidade.


Semvergonho (Capa/Reprodução)

Parêntese – Como tem sido esse processo de publicar o teu primeiro livro solo como cronista?

TM – O SEMVERGONHO é fruto de um trabalho planejado e executado por muitas mãos, com muito amor e competência, por pessoas muito importantes no meu processo de outorga como escritor e trajetória como autor. Tive, por exemplo, o privilégio de ser editado por Nathallia Protazio, que é colega no Coletivo de Escritores Negros, e fez também a leitura crítica, seleção e preparação dos textos; a benção, o suporte e edição do mestre Rubem Penz, idealizador da Oficina Literária Santa Sede; a capa, layout e produção foram do Gian, que é um anjo da guarda e assessor para assuntos de qualquer natureza;  na produção e imprensa, o querido Felipe Basso (meu Maria), amigoirmão e cúmplice; e teve a revisão final da minha Tetê, necessária e insubstituível. Assim, com essa rede amorosa de apoio, foi mais fácil controlar a ansiedade, daí que roí só as unhas da mão esquerda. O livro foi possível graças a uma campanha de financiamento coletivo que teve a meta alcançada em duas semanas, então estou bem feliz com o resultado até aqui, a aceitação e o carinho recebido. O lançamento está previsto para a segunda quinzena de outubro, já sem o capiroto no Planalto, se tudo der certo. Agora também pode ser adquirido via PIX: [email protected] por R$ 35,00 para retirar no lançamento ou R$ 40,00 para receber via correios. Contato com o autor: (51) 989221514 – Afe. Ainda vivo disso!

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