1800-1820 – A Praça da Alfândega: história
Porto Alegre nasceu e se criou ligada umbilicalmente ao Guaíba. Tal como na vida real, corta-se o cordão mas permanece o umbigo. E, no caso de Porto Alegre, este umbigo é a Praça da Alfândega. Em seus primeiros balbucios, era um lugar dos mascates. Por isso ganhou o nome de largo da Quitanda. Mais do que praça era um largo, aberto, sem árvores e bancos para sentar. Dessa forma foi representada em 1827 por Jean-Baptiste Debret (1768-1848). Se não diretamente (muitos duvidam de sua estada no sul), talvez aquarelando um desenho de seu pupilo Araújo Porto Alegre (Fig. 1). Depois veio o crescimento e a praça se tornou alfândega e, com os primeiros aterros, foi ficando mais recuada da orla. Ganhou a companhia de um chafariz e um espaço de convivência, que quebravam um pouco a monotonia do prédio, que foi se desmanchando aos poucos, sem deixar saudade alguma. Este momento da praça só ficou registrado numa preciosa fotografia (Fig. 2).
A Praça da Alfândega: representações
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