1865-70 – Porto Alegre na Guerra do Paraguai
PORTO ALEGRE 250 ANOS: HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES
Quais as repercussões da Guerra do Paraguai na cidade de Porto Alegre? Ainda que a pergunta não tenha norteado um estudo mais aprofundado, de algum crédito ela é merecedora. Alguns argumentos podem ser evocados.
Teve a visita do Imperador, logo no início do conflito. Não foi sua primeira visita. Em 1845 já tinha aqui estado, para selar o acordo de paz com os farroupilhas. Nesta sua segunda visita, de 1865, ele e sua seleta comitiva (fala-se em cerca de 300 pessoas) foram recepcionados com a pompa e circunstância que a ocasião exigia. Vários melhoramentos foram feitos na cidade. Fora as outras tantas benfeitorias que podem ter vindo depois, por demandas ou sugestões do próprio imperador. Coisas das quais a história ainda não se ocupou, talvez por falta de método.
Teve a oportunidade de negócios. Como o caso da empresa Chaves & Almeida, fundada em 1861, e da Casa Bromberg, de 1863. Uma pesquisa nos arquivos do Arsenal de Guerra de Porto Alegre (se é que, além de armas, guardam este tipo de documentação), o qual abastecia as tropas na região sul do conflito, talvez revelasse algo interessante. Como, por exemplo, que boa parte dos tecidos para os fardamentos foi comprada dos Chaves Barcellos. Assim como os rolos de arame farpado dos Bromberg. Isso para não falar dos demais suprimentos que as ações de guerra exigiam.
Teve, por fim, as pautas para matérias jornalísticas. Como foi o caso das dezenas de desenhos e charges estampadas nas páginas do A Sentinela do Sul, um dos primeiros jornais ilustrados do estado, fundado em 1867 e que, como seu cabeçalho indicava, era para ser “ilustrado, crítico e joco-sério” e editado “todos os dias com excepção dos dias de semana”.
PORTO ALEGRE E A GUERRA DO PARAGUAI: REPRESENTAÇÕES
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