1868: O Parthenon Literário: história
Em 18/06/1868 a cidade de Porto Alegre ganhou uma instituição que iria se fixar de forma indelével no seu imaginário coletivo. Trata-se da Sociedade Parthenon Literário, fundada por um grupo de 20 pessoas, liderados por José Antônio do Vale Caldre Fião (1821-1876), médico e emérito literato, autor do romance pioneiro A Divina Pastora (1847), mais o dinâmico, inquebrantável e encrenqueiro Apolinário José Gomes Porto Alegre (1844-1904), professor, jornalista, ativista político e autor, entre outros, do romance regionalista O Vaqueano, de 1872.
Mercê de sua intensa e qualificada atividade, não só literária, mas também editorial (tinha uma revista mensal), educativa (saraus, conferências, apresentações teatrais com bilheterias destinadas à alforria de escravos, aulas noturnas, etc.), em que se debatiam temas como a participação do Brasil na Guerra do Paraguai, o modelo político nacional (com ênfase no republicanismo), a emancipação da mulher e a abolição da escravatura, a sociedade chegou a contar com 140 membros efetivos e uma rede de mais de 300 colaboradores de todo o Estado. Entre eles, a presença da professora e poeta Luciana de Abreu (1847-1880), pioneira na presença feminina em sociedades literárias.
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