Memória

1889: A Proclamação da República

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1889: A Proclamação da República

PORTO ALEGRE 250 ANOS:  HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES

1889: A Proclamação da República: História

Na tarde de 15 de novembro de 1889, Deodoro da Fonseca proclamava a República, diante de um povo “que assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava” (Aristides Lobo, Diário Popular – RJ, 18/11/1889). Aqui em Porto Alegre não foi muito diferente. Nem os próprios castilhistas, no dizer de Joseph Love, “estavam bem informados sobre os planos daqueles que executaram o golpe vitorioso” (O Regionalismo gaúcho e as origens da revolução de 1930, p.41). Ainda que mais não seja, porque aqueles que “executaram o golpe” não sabiam até que ponto Castilhos e demais positivistas gaúchos partilhavam das teses do Apostolado Positivista do Rio de Janeiro, que, dois dias depois do golpe, entregou a Benjamin Constant uma petição para que o novo governo “nos isentasse do republicanismo democrático … para dar lugar à ditadura republicana” (CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil, p. 305.)

Se nem os castilhistas estavam bem informados, quanto mais o povo, em nome do qual se fizera o novo regime. A maioria das pessoas seguiu as suas rotinas, sem saber exatamente o que significava a República. Mas os castilhistas sabiam o que queriam.  Depois das contestações, tentativas de golpe e resistências armadas (a Revolução Federalista de 1893-95) iniciaram a sua transformação da fisionomia da cidade. Mas restava um desafio. Como representar o novo regime? O figurino, assim como o ideário positivista, veio da França liberal-revolucionária, que fixou a imagem da República como uma Marianne (cognome de origem incerta para uma espécie de mãe da pátria), com um pano vermelho atado na cabeça – o barrete frígio. Porque era assim que os escravos romanos eram demarcados, e os liberais se autoproclamavam escravos da monarquia.

1889: A Proclamação da República: Representações

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