Arthur de Faria | Porto Alegre: uma biografia musical

Capítulo XLVIII

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Capítulo XLVIII

Há que se falar com algum vagar das cantoras e cantores do rádio porto-alegrense. Grandes artistas que viveram uma realidade muito peculiar e quase esquizofrênica: não eram heróis nacionais como os astros das emissoras cariocas, mas, em determinado momento, faziam muito sucesso local. Cantando, basicamente, um repertório já consagrado pelos intérpretes sediados no Rio. O que hoje seria chamado de cover.

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Há que se falar com algum vagar das cantoras e cantores do rádio porto-alegrense. Grandes artistas que viveram uma realidade muito peculiar e quase esquizofrênica: não eram heróis nacionais como os astros das emissoras cariocas, mas, em determinado momento, faziam muito sucesso local. Cantando, basicamente, um repertório já consagrado pelos intérpretes sediados no Rio. O que hoje seria chamado de cover.

E ainda enfrentavam o fato de que, sempre que podiam, as emissoras locais traziam para cantar para seus ouvintes os Franciscos Alves, Nelsons Gonçalves, Ângelas Marias, Marlenes, Emilinhas, Caubys e Hebes. Tratados como milagres que os santos de casa jamais fariam.

Foram muitos e muitas entre os anos 1930 e 1960. Alguns e algumas alcançaram fama e popularidade regional, eram figurinhas carimbadas das colunas de jornal que tratavam do tema e de publicações como a Revista do Rádio. Só não foram além porque empacavam na dificuldade de gravar um disco. Poucos chegaram a ir às gravadoras do Rio de Janeiro ou São Paulo e lá registrar algo. E, desses poucos, nenhum teve maior repercussão nacional. 

Ainda assim, eram os maiores heróis da nossa Era do Rádio.

Num levantamento superficial, deixando muita gente de fora e colocando lado a lado artistas de diferentes gerações, já saltam umas duas dezenas de nomes:

Fernando Collares, estrela de programas como as Grandes Audições Panambra-Bendix, na Farroupilha. Os irmãos Guilherme e Gilberto Braga. Roberto Giannoni – descoberta do mesmo Clube do Guri que lançou Elis Regina. Edy Polo. Sérgio Dias – irmão de Rubens Santos. Vaine Dutra. Renê Martins. Zé Bode. Francisco Lopes. Valdir do Carmo. Teresinha Monteiro. Gessy Dávila. Neusa Teresinha. Guacyra. Vera Lúcia. Lucy Natália. Alvaiade. El Chamaco – que só cantava boleros, merengues e salsas. Heitor Barros o moreno da voz loira (!!!). Armando de Alencar o Príncipe do Rádio. E a adolescente Elis Regina, claro. Estrelinha mirim do rádio gaúcho.

Sem contar precursores, como Alcides Gonçalves e Horacina Corrêa, de quem já falamos. Ou da turma de Lupicínio: Rubens Santos, Johnson – o boxeur-cantor – e Sady Nolasco, o homem do chapéu de palha. Destes falaremos no capítulo sobre Lupi.

E já o mítico Alberto Dias, o Carusinho. 

Este, originalmente tinha a voz que lhe rendeu o apelido, e com ela fez muito sucesso nos anos 1930. Mas, não contente, começou a fazer qualquer coisa para chamar a atenção: cantar comendo era apenas uma delas. Detalhe: de cabeça pra baixo. Emendar canções por 48 horas sem parar foi outra. Só que daí foi demais: a voz, se sentindo explorada, pediu as contas e foi-se embora. O jeito para Carusinho foi seguir apenas como compositor, mas pelo menos emplacou dois sucessos: Na Aldeia, gravada por Sílvio Caldas em 1933, e Segura o Bonde, hit local de Horacina. Para segurar as contas, virou especialista em tratamento de calos. 

Nem ao menos eram calos vocais: eram calos dos pés mesmo.

Reunião de heróis de uma geração: o cantor Guilherme Braga e o apresentador Ary Rêgo, em algum dia do século XXI, no programa de Glênio Reis na rádio Gaúcha

Passando Elis Regina pra categoria hors-concours, quem melhor sobreviveu ao fim desse mundo foi outra moça que também começou muito jovem, e nos mesmos anos 1950. A santa-mariense (Santa Maria, 286 km a oeste de Porto Alegre) Antônia Lourdes Bretas Rodrigues, nascida em quatro de janeiro de 1938. Criada em Porto Alegre desde os três anos de idade, morreu na cidade em 22 de outubro de 2014. 

Era uma lenda da boemia porto-alegrense.

A menina cantora surgiu no programa Colégio Musical, apresentado pelo mesmo Ary Rêgo d’O Clube do Guri que havia revelado Elis. A ideia dos dois programas era parecida: valorizar os talentos vocais infantis. Lourdes se saiu muito bem sempre que esteve no programa. E daí criou coragem para, em 31 de agosto de 1952, aos 13 anos, ganhar o concurso A Mais Bela Voz Estudantil do Rio Grande do Sul. Chamou tanto a atenção que foi parar no programa de calouros de Ary Barroso. Que, depois de passar por várias emissoras de rádio, estava agora na TV Tupi do Rio.

Ganhou de novo.

Agora com 14 anos quem lhe propôs um contrato foi nada menos que o radialista e ex-cantor Almirante, A Maior Patente do Rádio. Ele agora estava também na TV Tupy, e queria a mocinha no seu elenco. O pai de Lourdes, claro, não deixou. A menina então voltou para Porto Alegre, e jurava que não se arrependia de nada. Mas falou disso a vida toda.

Mas havia aí um detalhe importante de que não falamos. O presidente da comissão julgadora do concurso que ganhara em Porto Alegre tinha sido Lupicínio Rodrigues. Que, encantado com sua voz, convence a Rádio Farroupilha a contratá-la – contrato que foi sendo renovado por 15 anos. 

Praticamente uma criança, Lourdes seria a voz feminina de um programa de rádio de muito sucesso: Roteiro de um Boêmio. Nele, o “padrinho” Lupi contava como havia composto suas canções e, ao final, ele, ela, os dois, ou algum convidado cantavam a tal canção. Para isso, recebiam os maiores salários entre os cantores contratados da rádio. Um presentaço. Ficaram tão amigos que Lupi a convidaria para ser madrinha de seu filho Lupinho. 

Sobre seus tempos de Farroupilha, o depoimento de Lourdes dá uma boa ideia do que era aquele mundo:

Nós éramos assim: as maiorais no Rio Grande do Sul. Tudo era a rádio Farroupilha. Então todo mundo queria cantar na rádio Farroupilha, tocar na rádio Farroupilha, atuar nos programas, muita gente fazia testes em novelas (…). 

A rádio Farroupilha comandava tudo. E assim nós éramos rivais e os fã-clubes se pegavam mesmo. O fã clube da Lourdes Rodrigues, o fã clube da cantora Guacira – da rádio Gaúcha –, Vera Lúcia, fora a Nilza Terezinha, que depois veio trabalhar conosco. Tinha umas outras cantoras também. A rádio Itaí também criou um cast de cantores e músicos muito bom. (…) Aí vieram para a rádio Farroupilha, porque (…) quem era bom a rádio Farroupilha contratava. E havia rivalidade muito feia, mesmo, brigas de auditório! 

Era uma beleza.

Mesmo ganhando bem, Lourdes seguiu estudando, formou-se professora e passou a dar aulas, como seu pai e sua mãe fizeram a vida toda. Ganhava em dois ou três shows o mesmo que levava um mês para ganhar como professora, mas estava feliz com ambas as coisas. Só para de dar aulas por um tempo quando, casada com Ezequiel, jogador do Inter, ele é vendido para o Santos, em 1961. Em São Paulo, ela segue a carreira de cantora, apresentando-se em duas rádios: a Tupi e a Tamoio. Que faziam parte da mesma rede da Farroupilha: as Emissoras Associadas de Assis Chateaubriand.

Quando voltam a Porto Alegre, ela ganha um programa seu na TV Tupi, chamado nada menos que A Rainha Canta. O programa acaba quando o vídeo-tape entra em cena. E Lourdes volta a conciliar a vida de professora com lady crooner de vários conjuntos de baile. Até se radicar na noite, num meio eminentemente masculino, onde sempre se impôs pelo vozeirão e o talento. No meio disso, na década de 1970, mora um ano em Brasília, sempre cantando.

Entre as décadas de 1960 e 1990 foi se tornando uma das figuras centrais da boemia porto-alegrense, com seu lendário repertório de 800 músicas firmadas em seu jeito absolutamente pessoal de cantar. E acumulando títulos: Rainha do Rádio, Rainha do Carnaval, Favorita dos Estudantes, Favorita dos Militares, A Voz Morena da Radiofonia Sulina, A Patativa do Rio Grande… Sem contar os prêmios de melhor intérprete na imensidão de festivais regionalistas dos anos 1980 e 90.

Clube dos Cozinheiros, Batelão, Chão de Estrelas, Gente da Noite, Clube da Saudade, Vinha D’Alho… Lourdes era uma estrela em todas essas casas. Paralelamente, aposentada como professora, virou funcionária de cartório.

Ganhou dois prêmios Açorianos de Melhor Cantora – em 1992 e 1996. Em 2000, foi um dos maiores destaques do CD Porto Alegre Canta Tangos, coprodução portenho-porto-alegrense lançada com shows de boa repercussão em Porto Alegre, Buenos Aires e no Festival de Tango de Roma. Em todos, sempre destacou-se sua performance. 

Um ano antes havia lançado, também pela Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre, seu único CD: Dona Divergência, produzido e arranjado por Toneco da Costa, que arregimentou alguns dos melhores músicos de variadas gerações da cidade. Relançado em 2001 pela gravadora Kives, Dona Divergência foi, inexplicavelmente, apenas seu segundo disco. Numa longa carreira como a dela o único lançamento anterior havia sido o LP Utopia, de 1985, só com músicas de dois compositores que bancaram o lançamento independente: Flávio Soares e Paulo Rogério. 

Em 2012, quando completou cinquenta anos de carreira, Lourdes meio que se aposentou, indo morar em Tramandaí, no litoral norte do Estado, onde vez que outra dava alguma canja em algum bar com música ao vivo.


Mais um raro exemplo de cantora dessa geração que chegou ao disco é Maria Helena Andrade. Nascida em Rio Grande dia 12 de maio de 1942, começou criança, como tantas cantoras dessa geração. E lançou seu primeiro disco com os mesmos 15 anos com que Elis gravou o seu. 

Maria Helena estreou pela gravadora Mocambo, de Pernambuco, em dois 78 rpm com músicas de Rubens Santos, Hamilton Chaves e Lupicínio Rodrigues, acompanhada de Primo e seu Conjunto Melódico.

Leon Barg, o expert que era dono da gravadora Revivendo, a definiu como uma cantora cuja discografia ficou muito aquém de suas qualidades. 

Maria Helena foi uma das últimas Rainhas do Rádio Gaúcho, em 1955 (e a mais jovem, com apenas 13 anos!), e mais uma estrela mirim do Clube do Guri. 

Só que aos 19 anos casou-se com um militar que exigiu que ela parasse de cantar. Separaram-se em 1980, e ela imediatamente voltou a cantar. Gravou um único CD, em 2006, chamado Uma Luz a Brilhar.

O brotíssimo Maria Helena Andrade com o apresentador Salimen Jr.

Zilah Machado foi talvez a maior guerreira dessa turma toda.

Nasceu em 12 de abril de 1928 (embora afirmasse que era de 1937), no mesmo bairro da Ilhota onde 14 anos antes Lupicínio Rodrigues viera ao mundo. E reza a lenda que o vizinho, já compositor e boêmio apesar da pouquíssima idade, fez graça com o choro “afinado” da menina que tinha então sete dias de vida, garantindo que ela seria cantora. Simpatizou tanto com a pequena, que foi ensinando a ela seus sambas e marchas, e acabou padrinho de seu tardio batismo, quando era já era uma menininha.

Filha de mãe brasileira preta com pai marroquino árabe, Zilah foi criada pela vó e pela mãe. Que, apesar dos inegáveis dotes da filha, não queria cantora na família. Seu sonho era ter uma filha professora. A sorte é que também era muito católica, e aí então Zilah a convenceu que queria cantar no coro da igreja. Mesmo que fizesse sucesso nas festas familiares – frequentadas por Lupicínio – cantando Alto da Bronze, samba de Paulo Coelho que havia sido lançado naquele 1936.

Foi assim que, com oito anos de idade, a pequena criou coragem para procurar o maestro e professor Roberto Eggers, que por oito anos lhe deu aulas de música e canto lírico. Sem jamais conseguir elencá-la nas apresentações de seus alunos. Afinal, os concertos eram nos clubes chiques da cidade. Lugares onde ela, negra, não podia entrar. 

Acabou ali sua carreira de soprano ligeiro.

O maestro dizia pra mim: é uma pena tua mãe ser lavadeira, pobre, não poder te pagar pra tu tirar um curso na Itália, porque tu é uma soprano ligeira maravilhosa.

Com 14 anos parou os estudos de canto e saiu do colégio. Como contou em depoimento à Márcia Ramos de Oliveira:

Fui até o quarto ano, só. Não foi por causa da música, foi por causa do problema racial, que eu era muito judiada… 

Qualquer palavra me ofendia. Sempre fui muito sensível.

Zilah então foi trabalhar como empregada doméstica, ao mesmo tempo em que fazia aulas de corte e costura. Dedicou-se tanto à função que a dona do atelier onde estudava a chamou para trabalhar nele. Francesa, quando a modista voltou para seu país convidou Zilah para ir com ela. Chegaram a fazer um passaporte, forjaram uma autorização da mãe de Zilah, que assinou sem ler, afinal era analfabeta… mas poucos dias antes do embarque a mãe descobriu tudo e não a deixou viajar.

Com 16 anos estava casada. 

Parou de cantar.

Com 19 tinha quatro filhos.

Com 23 já não tinha mais marido. Se desquitara.

Voltou a cantar, em qualquer lugar que a deixassem soltar a voz.

Nos anos 1950, tentou a sorte no Programa Maurício Sobrinho, na Gaúcha, o mesmo onde brilhava a muito mais jovem Elis Regina. Se saiu tão bem que foi contratada. E, segundo ela contava, Maurício gostou tanto daquela figura tão pequenininha que lhe deu um cheque em branco para comprar roupas e sapatos “e voltar mais apresentável”. 

Ficou lá até o apocalipse da Era do Rádio. 

Terminou tudo. A gente ficou sem nada. Foi acabando… Eles acabaram com os cantores. Uns foram trabalhar (com outras coisas), outros ficaram cantando na noite… Mas eu não tinha tanta experiência na noite, então fui trabalhar como faxineira.

Eu queria ser uma boa cantora, conhecida em Porto Alegre, mas não deu tempo. 

A rádio em seguida terminou.

Desempregada como tantos outros, em 1962 conseguiu uma turnê de três meses pela América Latina como lady crooner da orquestra montada pelo também recém-desempregado pianista e maestro Délcio Vieira.

Só que, empolgada com a viagem, resolveu tomar um banho de mar… na Patagônia.

No meio do gelo, perdeu a voz.

Na volta a Porto Alegre, fez uma operação e teve de ficar um ano sem cantar de jeito nenhum.

Voltou a ser empregada doméstica.

Entre o final da década e começo dos anos 1970, fez o que restou aos que não foram embora: cantou na noite. Passou por casas noturnas como o Adelaide´s, o Chão de Estrelas, o Varanda e o Clube dos Cozinheiros. Sempre com sucesso, nunca ganhando o suficiente para deixar de ser empregada doméstica. 

Um dia é convidada a apresentar-se num programa feminino da TV Tupi.

Aí não me deixaram cantar. Porque eu era morena. Eu ia estragar o quadro, que era só moça loira. E eu fui arrumada direito! Eu sempre estou muito arrumada, sempre cuidei muito do meu visual.

Aí fiquei muito desgostosa por causa daquilo. Saí de lá e fui falar com o doutor Collares, que ainda nesse tempo era advogado [depois foi o primeiro prefeito e governador negro do Rio Grande do Sul]. Mas decidi não levar adiante. 

Fiquei tão triste que decidi dar uma volta no Rio.

Foi trabalhar como empregada doméstica de uma dançarina negra, amiga sua, chamada Cubanita de Bronze, parceira de Luz del Fuego. Quando a amiga mudou-se para Belo Horizonte, Zilah voltou para Porto Alegre, “com uma mão na frente e outra atrás”. Trabalhou um tempo como costureira, juntou uns trocados e foi-se para o Rio novamente.

Passei uma semana comendo banana e laranja. E um cafezinho de vez em quando, quando me pagavam.

Conseguiu um novo emprego de doméstica. Até que apareceu uma chance com um teste na velha Rádio Nacional. Foi aprovada, e com o dinheiro dos cachês de apresentações esporádicas na emissora conseguiu sair da casa onde trabalhava e ir morar no mítico Solar dos Artistas. Começou a apresentar-se esporadicamente em programas da Rede Globo, no show de Sargentelli, e fez backings para artistas como Cauby Peixoto, Roberto Ribeiro, Emilio Santiago e Dona Ivone Lara. 

Além de pontas em filmes como Quem Matou Pacífico, de Renato Santos Pereira, com Jece Valadão e Ruth de Souza.

Fiz três filmes. E pensei: bom, já ganhei um dinheirinho. Ganhei mil cruzeiros, em 77! Na função de modelo!

Em 1979 grava um LP pela CBS chamado Já se dança samba como antigamente, com arranjos de João Donato e Nelsinho do Trombone, mas não aconteceu nada com o disco, além de alguns shows em bares do Baixo Leblon e em casas de gente rica.

O Oscar Niemeyer mandava me buscar pros jantares dele. Nesses jantares, em que vinha o pessoal do exterior, eu não podia falar com ninguém, que eu não entendia ninguém!

Mas seguia sempre dura. Voltou para Porto Alegre pela última vez em 1981. Gravou mais três discos, sendo um só de canções de Lupicínio. O último, Ziringuindim, foi um CD bancado pelo Fumproarte da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e é inteiro de músicas compostas por ela, todas inéditas, revelando um talento até então escondido: havia composto mais de 200 músicas. Produzido por Gelson Oliveira, foi seu canto de cisne. Homenageada de forma emocionante num Theatro São Pedro lotado e de pé durante o Prêmio Açorianos de 2010, morreu logo em seguida, de um câncer no fígado, em 7 de janeiro de 2011.

Eu sou uma quase feliz. Mas falta muita gente me ajudar.

As capas dos LPs


Arthur de Faria nasceu no ano que não terminou, é compositor de profissão (15 discos, meia centena de trilhas) e doutorando em literatura brasileira na UFRGS por puro amor desinteressado. Publicou Elis, uma biografia musical (Arquipélago, 2015).

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