Prefeito da semana

João Dib: 999 dias como prefeito, 60 anos trabalhando pela Capital

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João Dib: 999 dias como prefeito, 60 anos trabalhando pela Capital João Antônio Dib. Foto: Ederson Nunes/CMPA
35º PrefeitoNome: João Antônio DibPartido: Partido Democrático Social (PDS)Período que governou: 08/04/1983 a 01/01/1986 “Cheguei com 15 anos. Na primeira noite que eu estava em Porto Alegre, em dezembro de 1944, olhei na Praça da Alfândega as luzes de neon, a cidade me parecia muito alegre, o povo contente nas ruas, podiam caminhar com tranquilidade. Eu disse: esta é a cidade”, recordou João Antônio Dib em entrevista à TV Câmara da Capital, no início deste ano. Natural de Vacaria, mas radicado em Porto Alegre há mais de 75 anos, Dib não cansou de declarar seu amor pela cidade adotiva desde então – “o melhor lugar do mundo”, como define. O gosto pela Capital acabaria se refletindo em serviços prestados ao longo de seis décadas. Engenheiro civil de formação, ingressou no serviço público em 1952, como topógrafo do Serviço de Habitação Popular. Entre cargos técnicos e políticos, só se afastaria da vida pública em 2012, ao concluir seu último mandato como vereador, já aos 83 anos. Ao longo do tempo, foi secretário municipal de Transportes, depois de Obras e Viação, depois do Governo Municipal; foi diretor-geral do Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DMAE) em duas oportunidades e assessor-engenheiro da Prefeitura sob os governos de Célio Marques Fernandes e Thompson Flores. Veteraníssimo vereador de dez legislaturas, Dib também teve a oportunidade de ser, ele próprio, prefeito por exatamente 999 dias. O último indireto Ironicamente, para um político que nunca teve dificuldades em vencer eleições – após assumir uma vaga na Câmara em 1971 como suplente, renovaria o mandato em 1972, 1976, 1982, 1988 (como o mais votado da cidade), 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008 –, a João Dib coube o título de ser o último prefeito da história da cidade a ser escolhido de forma indireta. Como ocorria em cidades estratégicas durante a ditadura, o que incluía as capitais, foi indicado por nomeação do governador Jairo Soares e ratificação da Assembleia Legislativa. Dib havia se filiado à ARENA no final dos anos 60, ao entender que, embora ocupasse um cargo técnico na administração municipal, suas funções também eram políticas. Caso raro, permaneceu fiel ao partido mesmo após quatro mudanças de nome: quando Dib chegou à prefeitura, a ARENA já havia se tornado Partido Democrático Social (PDS), e ele seguiria nas fileiras da sigla quando ela foi reempacotada como Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB) e, mais recentemente, apenas Partido Progressista (PP). Para Dib, que debutou na política na época em que apenas duas siglas eram autorizadas a existir no país, nunca houve programas suficientes que justificassem a fundação de dezenas de partidos pelo Brasil. Se o seu próprio lhe desagradasse, entendia, havia que trabalhar para mudá-lo, mas não deveria sair de lá, como se tornou usual após a redemocratização. “Nós não temos mais partidos no país”, disse, em entrevista ao Sul21 em 2011, pouco após anunciar que se retiraria da vida pública, desiludido com a situação da política naquele momento. “Partidos são muito importantes, mas o que temos […]

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