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O vereador que burlava as leis

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O vereador que burlava as leis Nome: Domingos de Souza BritoPartido: Partido Republicano Rio-GrandensePeríodo que governou: 29/06/1892-12/10/1892 Nas atas da Câmara de Porto Alegre, há um pedido: fora feito um abaixo-assinado para que um retrato do capitão Domingos de Souza Brito fosse pendurado na sala de honra. A razão para o abaixo-assinado não consta nos anais, mas se sabe que Domingos foi vice-presidente da Câmara e, nessa condição, responsável por liderar a arrecadação de fundos para a instalação de um chafariz na Praça Conde D’Eu, atual XV de Novembro, como conta Augusto Mayer dos Santos no livro Prefeitos de Porto Alegre: Cotidiano e administração da capital gaúcha entre 1889 e 2012. Instalado em 1884, o chafariz atualmente se encontra na Redenção. Era também um importante comerciante na cidade e, com o seu poder no município, ajudava os colegas a burlarem uma lei: em Porto Alegre era proibido que os comércios abrissem ao domingo. Souza protegia os colegas que queriam desrespeitar o dia de descanso e dificultava a ação dos fiscais municipais. Ainda em 1884, seria um dos signatários da libertação dos escravos em Porto Alegre, cinco anos antes da abolição em nível nacional. Oito anos mais tarde, já na República e como chefe da cidade, Domingos de Souza Brito assumiu a função de transformar o cargo de administrador em Intendente, e foi o responsável por aprovar o Projeto do Regimento Provisório para o Conselho Municipal e o Projeto de Lei Orgânica do Município. Também mudou o nome da Rua da Floresta para Cristóvão Colombo em homenagem ao quarto centenário da chegada europeia na América, celebrado justamente em seu último dia de mandato. A mudança só foi promulgada pelo seu sucessor. Quando o primeiro intendente foi eleito, Souza largou o cargo, mas continuou dedicando-se ao município. Trabalhou como incorporador da Companhia Rural e Colonizadora, responsável pela expansão da cidade cada vez mais ao sul, com os bairros Teresópolis e Glória.

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