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Lauren Elkin questiona onde estava a presença feminina na cidade

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Lauren Elkin questiona onde estava a presença feminina na cidade

LIVROS

Flâneuse: mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres, de Lauren Elkin

Foto: Fósforo/Divulgação

Definido por Walter Benjamin a partir da obra de Charles Baudelaire, o flâneur é um sujeito errante e observador típico da literatura europeia do século 19. Ao tornar-se símbolo da modernidade ocidental, esse homem protagonizou as páginas dos livros e as ruas da cidade com largueza, sendo foco de muitos estudiosos, apesar de seu intrínseco anonimato. Em Flâneuse: mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres (Fósforo, tradução Denise Bottmann, 360 páginas, R$ 74,90), Lauren Elkin questiona onde estava a presença feminina nesse ambiente urbano. O livro muda a direção habitual desse olhar para revelar que as mulheres caminhantes sempre estiveram ali, pelas mesmas vielas, nos mesmos cafés.

Ao longo dos capítulos, cada um dedicado a uma das cidades do título, a escritora, crítica e tradutora nova-iorquina mescla sua experiência pessoal como andarilha com a de escritoras e artistas que a antecederam: Jean Rhys, Virginia Woolf, Sophie Calle, Martha Gellhorn e George Sand (pseudônimo masculino escolhido por Amandine Aurore Lucile Dupin, baronesa de Dudevant, a fim de desfrutar o privilégio de passar despercebida), rememorando o itinerário e o pensamento dessas mulheres.

Flâneuse é uma ode à exploração das cidades a pé – e clama pela presença de mulheres no espaço público e como figuras literárias. “Uma narrativa deliciosa e astuta, um verdadeiro manifesto peripatético que, além de um convite para calçar os sapatos e sair em uma caminhada pela cidade, é também uma proposta de rever o que entendemos por modernidade e, sobretudo, para que todos possam reivindicar o espaço urbano em seus próprios termos”, escreveu sobre o livro a pesquisadora em direito Bianca Tavolari.


História da Maconha no Brasil, de Jean Marcel Carvalho França

Foto: Jandaíra/Divulgação

A discussão sobre a presença e a criminalização da Cannabis sativa na sociedade ocidental é antiga. Muito se fala sobre a maconha, mas pouco é o conhecimento sobre sua história e seus impactos sociais em nosso meio. Quem foram os primeiros a terem contato com a Cannabis no Brasil? Quais usos ela já teve? Quais discussões já foram feitas sobre o tema? O que ela representa nos dias atuais?

História da Maconha no Brasil (Jandaíra, 168 páginas, R$ 52,90), de Jean Marcel Carvalho França, propõe uma reflexão sobre essas questões com o auxílio de embasamento teórico apoiado em fatos históricos. O livro mostra a história da maconha desde o seu surgimento até os dias atuais no país. O professor de história conta como o canabismo foi incorporado na sociedade brasileira ao longo dos anos, para além de uma análise focada apenas em seus benefícios ou malefícios. A partir de estudos que traçam desde as documentações mais antigas sobre o tema, o autor organiza em cinco capítulos o percurso histórico da maconha – desde sua origem até a contemporaneidade.


Jair GlassIntroduções a Escombros, de Olívio Tavares de Araújo

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