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O enfrentamento à supremacia branca, em obra inédita no Brasil

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O enfrentamento à supremacia branca, em obra inédita no Brasil Foto: Jandaíra/Divulgação
LIVROS Black Power | Charles V. Hamilton e Kwame Ture Livro inédito no Brasil, Black Power (Jandaíra, tradução de Arivaldo Santos de Soouza, 256 páginas, R$ 69,90) definiu pela primeira vez o conceito de racismo institucional. A obra, publicada em 1967 no auge da luta por direitos civis nos Estados Unidos, tornou-se fundamental para a história dos movimentos negros de todo o mundo ao mostrar a ação insidiosa do preconceito racial sobre a sociedade ocidental. O livro foi escrito por Charles V. Hamilton e Kwame Ture, anteriormente conhecido como Stokely Carmichael, um dos fundadores do Partido dos Panteras Negras e seu primeiro-ministro honorário, além de um dos maiores expoentes da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970. Ambos procuraram registrar no calor do momento as discussões sobre o enfrentamento à supremacia branca. Após mais de 50 anos de sua primeira publicação, o texto continua tendo uma profunda relevância social e sendo um documento eloquente do movimento pelos direitos civis. A primeira frase do prefácio original resume bem o projeto da obra: “Este livro é sobre o porquê, onde e de que maneira os negros nos Estados Unidos devem se unir. É sobre negros cuidando dos seus assuntos – assuntos dos e para os negros.” Black Power é o 14º lançamento do Selo Sueli Carneiro. Coordenada por Djamila Ribeiro, a coleção destina-se à disseminação de conteúdo crítico e antirracista produzido por autores e autoras negras no âmbito das ciências sociais e políticas. Ciropédia | Xenofonte Foto: Fósforo/Divulgação Para medir a influência da Ciropédia (Fósforo, 400 páginas, R$ 94,90) na cultura ocidental, basta lembrar alguns de seus maiores admiradores. A obra de Xenofonte sobre a vida do imperador persa Ciro já contava com leitores ilustres na Antiguidade: Alexandre, o Grande e Júlio César aprenderam com o texto, que séculos depois também serviria de inspiração para filósofos iluministas como Rousseau e Montaigne. É sabido que Thomas Jefferson tinha dois exemplares do livro em sua biblioteca. Mas o beneficiário mais notório de Xenofonte foi certamente Maquiavel, cuja obra mais famosa, O Príncipe, talvez não existisse tal como a conhecemos sem o legado da Ciropédia. Consciente de que “o homem, por natureza, de todos os animais é o mais difícil de ser governado pelo homem”, Xenofonte – que lutou no exército persa um século após as conquistas do grande imperador – fez da “educação de Ciro” uma mescla de biografia e exaltação, extraindo dela ensinamentos que perduram até hoje. Traduzido do grego antigo por Lucia Sano, professora de língua e literatura gregas da Unifesp, a edição conta com texto de orelha de Renato Janine Ribeiro, para quem “nunca há liderança sem alguma aceitação, admiração e, por isso, obediência. Essa já é uma boa razão para lermos este livro, prestando atenção no que mudou – ou não – 2.600 anos depois da educação de Ciro”. Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste | Gonçalo M. Tavares Foto: Oficina Raquel/Divulgação Três narrativas distintas, que se passam em diferentes capitais da Europa Oriental, compõem o mais novo livro do escritor Gonçalo M. Tavares, Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste (Oficina Raquel, 108 […]

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