Recomendações

Recomendações da semana #52

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Recomendações da semana #52 "Sou Francês e Preto", de Jean-Pascal Zadi e John Wax. Foto: Bonfim/Divulgação

CINEMA

Sou Francês e Preto | Jean-Pascal Zadi e John Wax

O Festival Varilux de Cinema Francês começou sua edição de 2020 na última quinta-feira e segue até o dia 3 de dezembro, exibindo em salas de cinema de diversas cidades do país 18 longas-metragens – sendo 17 filmes inéditos e recentes, além do clássico Acossado, de Jean Luc-Godard (1960), em homenagem aos 60 anos da nouvelle vague.

Um dos destaques da seleção é Sou Francês e Preto (2020), comédia politicamente incorreta dirigida por Jean-Pascal Zadi e John Wax, que somou mais de 1 milhão de espectadores na França após a reabertura dos cinemas. Nessa produção hilariante e desconcertante, Zadi interpreta o personagem com seu próprio nome, um ator malsucedido de 40 anos que decide organizar uma grande marcha pela causa negra em Paris. Com uma visão ao mesmo tempo tola, ingênua e crítica a respeito da sociedade e da realidade, JP encontra-se com pessoas comuns e personalidades culturais protagonizando factoides midiáticos a fim de chamar atenção para seu movimento de protesto.

Invariavelmente constrangedores e até absurdos, os diálogos de JP com negros, brancos e mestiços, muçulmanos e judeus, homens e mulheres, africanos, europeus e antilhanos, anônimos e celebridades como o astro do cinema francês Omar Sy e o ator e diretor Mathieu Kassovitz expõem com ironia e lucidez a complexidade das questões relativas às identidades de raça, gênero e nacionalidade na contemporaneidade.

DISCO

Voa | 50 Tons de Pretas

Dejeane Arruée e Graziela Pires, da 50 Tons de Pretas, que lançou o disco "Voa". Foto: Rogério Soares/Divulgação
Dejeane Arruée e Graziela Pires, da 50 Tons de Pretas, que lançou o disco “Voa”. Foto: Rogério Soares/Divulgação

Três anos depois de seu surgimento, a banda 50 Tons de Pretas lançou nesta semana enfim seu disco de estreia. Voa vem sendo construído por Dejeane Arruée e Graziela Pires desde 2017, de forma independente, e contou com apoio do público em financiamento coletivo.

O álbum inclui as músicas A Mais Pura Verdade, Basta Acreditar, Tranças, Dinheiro, Nua e Crua, Cidadão Comum e a faixa-título – além de Nossa Canção, composta em parceria com Macau, autor do hit Olhos Coloridos, escrita durante viagem das gurias ao Rio de Janeiro em 2019.

A banda que acompanha as Pretas nos shows é formada por João Costa (bateria), Vladimir Godoy (baixo) e Gustavo Nunes (violão). Já o disco inclui participações especiais de artistas como Tonho Crocco e Tati Portella.

LIVRO

O Mínimo Essencial | Eduardo Rodrigues

"O Mínimo Essencial", de Eduardo Rodrigues. Foto: Capítulo 1/Divulgação
“O Mínimo Essencial”, de Eduardo Rodrigues.
Foto: Capítulo 1/Divulgação

O jornalista Eduardo Rodrigues está lançando neste sábado (21/11) O Mínimo Essencial – Duas ou três coisas que sei e outras que os gênios da música me ensinaram (editora Capítulo 1, R$ 30), uma antologia de citações sobre artistas e temas de vários gêneros musicais. A obra traz textos de apresentação do jornalista e crítico de música Juarez Fonseca e do escritor Luis Fernando Verissimo, na quarta capa.

Rodrigues descreve em poucas linhas – às vezes, numa única frase – seus heróis musicais: de Aaron Diehl a Wes Montgomery, de B. B. King a Willie Dixon, de Beatles a Tom Waits, de Al Green a Tim Maia, de Cartola a Tom Jobim, que aparecem em ordem alfabética como se fossem verbetes de um dicionário musical.

O texto conciso vem acompanhado do traço de Alexandre Oliveira, que criou 25 ilustrações de artistas que dispensam apresentações. O autor acrescenta na parte final do livro uma playlist para acompanhar a leitura em boa companhia. Aqui vai uma amostra grátis do texto enxuto e certeiro de Rodrigues, descrevendo sucintamente o grande guitarrista de jazz Kenny Burrell:

“Em 1961, a Columbia Records lançou sem alarde o disco de um novo cantor na praça. Seu nome: Kenny Burrell. Filho único na extensa discografia do guitarrista, Weaver of Dreams rompeu o silêncio de um artista que se acostumou a brilhar com a boca fechada.”

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