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Recomendações da semana #61

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Recomendações da semana #61 "Notre-Dame: A Alma da França", de Agnès Poirier, reconta a história da catedral. Foto: DBA Literatura/Divulgação

LIVRO

Notre-Dame: A Alma da França | Agnès Poirier

O ano de 2019 foi marcado pelas imagens da catedral mais famosa do mundo em chamas, cenas tão intensas que provocaram uma sensação de perda até entre não religiosos. O colapso do pináculo da Notre-Dame, testemunhado por milhares de pessoas, sinalizou o fim de uma obra-prima da arquitetura que se tornou um ícone de Paris.

Para a escritora e jornalista francesa Agnès Poirier, o episódio foi mais do que um incêndio em um ponto turístico porque abalou certezas. Afinal, se um monumento que sobreviveu a guerras e invasões por quase um milênio podia desabar de uma hora para a outra, o que isso nos diz sobre a história da humanidade? Será que a fraternidade, a liberdade e a igualdade também não poderiam ser consumidas pelo fogo?

Em Notre-Dame: A Alma da França (DBA Literatura, 240 páginas, R$ 39,90), a tragédia de 2019 é ponto de partida para uma investigação acerca do surgimento da catedral e das inúmeras mudanças pelas quais passou, refutando a ideia de que Notre-Dame sempre existiu daquela maneira – pelo contrário: ao longo de 850 anos, a grande Dama sofreu ataques, destruições, reformas e ampliações.

A edição brasileira conta com um caderno de imagens selecionadas. Ao todo, são 16 imagens coloridas, entre fotos, gravuras e desenhos – a mais antiga é de 1495 e a mais atual é de 2019, após o incêndio.

Ninguém Pode com Nara Leão | Tom Cardoso

"Ninguém Pode com Nara Leão", biografia por Tom Cardoso. Foto: Editora Planeta/Divulgação
“Ninguém Pode com Nara Leão”,
biografia por Tom Cardoso.
Foto: Editora Planeta/Divulgação

Nara Leão certamente foi uma das artistas mais importantes e influentes da cultura brasileira – não só pela sua obra, mas pelo que representou para a mulher e a sociedade como um todo. Irmã caçula da modelo e famosa personagem da cena carioca Danuza Leão, a jovem tímida, quieta e cheia de neuroses ficou marcada na história como uma das mais produtivas intérpretes da MPB dos agitados anos 1960 aos 1980, além de ser responsável por definir os costumes e a expressão política da época. “Foi símbolo da reação à ditadura de 1964, sem nunca pretender ser coisa alguma”, escreveu Paulo Francis após a morte da cantora.

Em Ninguém Pode com Nara Leão (Editora Planeta, 240 páginas, R$ 49,90), Tom Cardoso reconstrói a vida da artista que participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960 – que, tratada como “café com leite” pela patota que se reunia no apartamento da família em Copacabana, deixou a bossa nova para se juntar à turma politizada do CPC e do cinema novo e foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente contra a ditadura militar.

Na biografia, que traz prefácio de Tárik de Souza, um dos mais respeitados críticos da MPB, Cardoso apresenta passagens da infância de Nara, marcadas pela angústia e reclusão, detalhes da inimizade com Elis Regina, dos famosos encontros no apartamento da Av. Atlântica, onde a bossa nova ganhou corpo, cara e nome, dos relacionamentos com o compositor Ronaldo Bôscoli e o cineasta Cacá Diegues, da amizade com figuras como Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Ferreira Gullar, por quem nutria admiração mútua e teve um affair – no livro, o autor relata que Nara inclusive chegou a sugerir que o poeta largasse a mulher e os filhos e viajasse com ela pelo Brasil.

Nara morreu por conta de um tumor no cérebro na manhã de quarta-feira do dia 7 de junho de 1989, aos 47 anos, e deixou um legado que extrapolou o cenário musical na época em que viveu. “Amo Nara Leão. Nara e Narinha. Essa mulher sabe tudo do Brasil 1964. Essa mulher é a primeira mulher brasileira. Essa mulher não tem tempo a perder. Atenção: ninguém pode com Nara Leão”, escreveu o cineasta Glauber Rocha em uma carta enviada a Cacá Diegues no período do exílio.

O Sopro do Leão | Marcos Bagno e Simone Matias

"O Sopro do Leão", obra infantil de Marcos Bagno com ilustrações de Simone Matias. Foto: Olho de Vidro/Divulgação
“O Sopro do Leão”, obra infantil
de Marcos Bagno com ilustrações de Simone Matias.
Foto: Olho de Vidro/Divulgação

O menino Leonardo tem medo das águas, o pai Leônidas quer ensinar o filho a nadar e o avô Leocádio deseja ver o neto seguro de si. Esses são os três protagonistas do livro infantil O Sopro do Leão (Olho de Vidro, 48 páginas, R$ 52,90), história sobre os afetos e as lembranças que despertam a coragem para superar os momentos mais difíceis.

O linguista e escritor Marcos Bagno e a ilustradora Simone Matias criaram uma obra para tratar com as crianças de assuntos como a morte e o luto, que muitas vezes são considerados inadequados pelos adultos.

O Sopro do Leão coloca os pequenos diante de novos pontos de vista e as convida para importantes reflexões acerca das relações humanas. A obra explora a linha tênue que separa a realidade da imaginação, a inocência do amadurecimento, oferecendo aos pequenos leitores um catálogo de emoções e descobertas.

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