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Recomendações da semana #80

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Recomendações da semana #80 Foto: Rua do Sabão/Divulgação

LIVROS

Lugar Nenhum — Um Atlas de Países que Deixaram de Existir | Bjørn Berge

Escrito pelo arquiteto norueguês Bjørn Berge, o livro Lugar Nenhum — Um Atlas de Países que Deixaram de Existir (Rua do Sabão, 240 páginas, R$ 59) reúne histórias de 50 países que existiram, mas foram apagados do mapa. Variando muito em tamanho e forma, localização e longevidade, estão unidos por um fato: todos eles resistiram tempo suficiente para emitir seus próprios selos.

Alguns de seus nomes, como Biafra ou New Brunswick, são relativamente familiares. Outros, como Labuão, Tannu Tuva e Inini, são muito menos reconhecíveis. Mas todas essas nações perdidas têm histórias para contar – sejam elas de vida curta como a Carélia Oriental, que durou apenas algumas semanas durante a Guerra Soviético-Finlandesa de 1922, ou tão duradouras quanto o Estado Livre de Orange, uma república bôer que comemorou 50 anos como um estado independente no final do século 19. O amplo espectro da obra reflete a história dos séculos 19 e 20, com suas ideologias, imperialismo, ondas de imigração e conflitos.

Anoema: A História Não Esquece |Tania Scuro Mendes

Foto: Editora AGE/Divulgação

Há quase um ano a escritora Tania Scuro Mendes finalizou a obra Anoema: A História Não Esquece. Adiado por causa da pandemia, o lançamento do livro, que sai pela Editora AGE (R$ 40), será feito em formato online neste sábado (19/6), às 16h, no Facebook da autora.

Para esse lançamento, foi produzido um vídeo em que Tania fala sobre seu romance histórico-ficcional que aborda a história de Caxias do Sul na primeira metade da década de 1940, que é resultado de uma extensa pesquisa para constituir seu plano de fundo com aspectos culturais, políticos e econômicos, chamando a atenção para a ambientação e contextualização da época.

O romance é um pretexto para a autora abordar os reflexos da II Guerra Mundial em Caxias, especialmente no que se refere ao fato de seus descendentes italianos, proibidos de falarem seus dialetos devido à política nacionalista, integrarem tropas da Força Expedicionária Brasileira e terem ido lutar contra a Itália, ainda que essa cidade tenha sido fundada por imigrantes italianos.

A trama foi inspirada em fatos reais, a partir da explosão de uma fábrica de arsenal bélico em Caxias durante a II Guerra. No prefácio do livro, o filósofo e escritor Jayme Paviani destaca que “Anoema é uma história real, impregnada de imaginação para durar mais, e de percepção de um momento dentro de um mundo em guerra, portanto, regional e universal”.


DISCO

A Paisagem Zero | Helô Ribeiro

Foto: Selo Sesc/Divulgação

Poeta essencial, avesso à escrita subjetiva, João Cabral de Melo Neto (1920 – 1999) teve o rigor como condutor de sua escrita e foi responsável pelo surgimento de uma poesia original, fortemente imagética. A cantora, compositora e percussionista corporal paulistana Helô Ribeiro, integrante do Barbatuques, mergulhou nos poemas da primeira fase do escritor pernambucano e os recriou para novos ouvintes em A Paisagem Zero, trabalho recém-lançado gratuitamente pelo Selo Sesc.

O projeto por si só já era um desafio: transformar poemas em canções. “Mais difícil ainda: transformar poemas consagrados de João Cabral de Melo Neto em letras de canções contemporâneas, criadas pela própria artista, boa parte delas embebida na dicção da balada, do rock e do pop”, escreveu o músico, linguista e professor Luiz Tatit sobre o álbum.

Ao propor esse olhar, Helô levou para o disco uma atmosfera predominantemente urbana e pop, criando uma fusão entre o Nordeste de João Cabral e o cenário paulistano do qual a artista faz parte. Como resultado dessa mistura de influências e referências, os poemas de João Cabral reverberam ao som de guitarras elétricas, teclados e efeitos eletrônicos, que se fundem com instrumentos tradicionais de orquestra, como cordas e metais.

O trabalho abarca 10 poemas da primeira fase do poeta, das edições de Pedra do Sono (1942) e O Engenheiro (1945), considerada a mais onírica e visual de sua obra, em que é apontada forte influência surrealista e cubista. “Quando li esses poemas, as soluções melódicas e harmônicas vieram facilmente. Os versos foram conduzindo a composição e foi orgânico”, conta Helô.

Escute o disco A Paisagem Zero aqui.

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