A montanha mágica: praguejando a Cláudia Laitano
Não recordo quem me indicou o livro pela primeira vez. Ismael Caneppele? Não me lembro onde comprei a edição do Círculo do Livro, certamente de um sebo, mas não sei mais qual. Não ficou na memória quantas vezes tentei fazer a leitura parando pela página trinta ou quarenta (no máximo). Duas vezes? Três?
Dessa vez, lá pela cem, engrenou. Mas até a setecentos eu ainda tinha dúvidas se iria mesmo terminar. Um desses clássicos que desafiam o tempo corrido do agora, da produtividade e da exaustão. Um título que reclama o seu próprio tempo e, desse, faz um retrato totalmente subjetivo. Difícil quando vivemos momentos em que cultura é a última coisa à qual parecem querer dar algum relevo, o que significa, antes de tudo, não dar tempo.
[Continua...]