Revista Parêntese

Parêntese 39: Dinossauro vivo

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Parêntese 39: Dinossauro vivo Foto: Cynthia Vanzella | Uk sem Londres

Reza a lenda que o menor conto do mundo foi, por muito tempo, a criação de Augusto Monterroso, guatemalteco: “Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá”. Sete palavras, 37 letras, toda uma história. 

Lembrei disso porque esses dias acordei com este paralelo em forma de pesadelo: “Passada a pandemia, o bozo ainda estava no governo”. 

Em minúscula, com um dos muitos apelidos, o sujeito da oração principal é nosso mau dinossauro, apologista da tortura, negacionista, autoritário, inimigo da cultura. 

Quando passar a pandemia, com as vacinas e o tanto que médicos, enfermeiros, pesquisadores vários estão aprendendo para minorar o sofrimento dos infectados, ainda teremos esse dinossauro pela frente. 

Mas agora, antes de ela passar e de nós depararmos em campo aberto com o perverso, a vida segue e pulsa. Pulsa na linda história de dois artistas de alto valor – Sirmar Antunes é nosso entrevistado, e Duan Kissonde foi visitado pela reportagem de José Falero.

Uma alegria para o coração ver o esforço dessas figuras que contra maus ventos, bofes e presságios, não apenas sobreviveu como resulta em arte – quer dizer, nos eleva a todos um tanto mais, em direção a uma condição humana mais digna. 

Duan Kissonde vive na Lomba do Pinheiro, sua terra, cantada em poesia. O grande ator Sirmar vive atualmente na Casa do Artista Riograndense, uma instituição que acolhe quem precisa e que agora precisa de nós. 

Como ajudar: uma forma simples, direta e eficaz é depositar algum valor na conta da Casa.

Nome: Casa do Artista Riograndense
CNPJ: 88.316.336/0001-09
Banrisul Ag: 0073 
Conta: 06.011348.0-8

Outras formas de ajudar: clique aqui.

No mais, Edgar Vasques é quem traça a Amazônia ameaçada, Eduardo Vicentini de Medeiros apresenta uma protofeminista genial, Cláudia Laitano explica “QAnon” e Arthur de Faria nos apresenta Paulo Coelho, o primeiro e verdadeiro.  

Muito felizes oferecemos um ensaio de fotos de Cynthia Vanzella, que com seu olhar viajante nos leva a paisagens inglesas nada óbvias. Ela tem a companhia de duas outras mulheres de talento, nossa conhecida Nathallia Protazio, medindo a distância entre informação e comunicação, e a estreante Juliana Wolkmer, historiadora e atriz, que conta do primeiro teatro da cidade. 

Lúcio Carvalho, grande figura humana, escritor e divulgador de literatura, conta de seu livro do ano, escolhido com meio ano de antecedência por ótimos motivos. E Fábio Pinto, especialista em questões transcendentais e singulares, organiza uma linda teoria sobre os cacos da escultura do Romero Britto, que por caminhos inesperados se ligam ao Cristo espanhol de rosto borrado e ao quadro autodestruído do Basquiat. Não perca.

– Luís Augusto Fischer

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