Revista Parêntese

Editorial 35: Ao futuro, conhecendo o passado

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Editorial 35: Ao futuro, conhecendo o passado A cada semana, Parêntese se faz, de novo, uma pergunta: o que é mesmo que estamos fazendo aqui, ao fazer a revista?  Tem uma resposta nova hoje: a gente olha para trás e para a frente. Tipo Paulinho da Viola: “Quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado”. Sabe como é, nestas horas é bom sempre ouvir os gênios, como o Paulinho. Ouça “Desilusão”, então. Agora mesmo. Depressa. Depressa e devagar. O passado vem com uma extensa visitação à figura, à obra, à fama e ao olvido do Ovídio Chaves – perdão pelo trocadilho. Pedro Haase e Kadão Chaves recuperam um tanto da história local que se cifra na trajetória do Ovídio. Vai hoje a primeira parte dessa biografia. Mas tem o presente apontado para o futuro: conversamos com Júnior Maicá, O Bairrista, uma figuraça, um saudável empreendedor no campo da comunicação, antenado para o potencial da região e sempre alerta para os entraves locais, forjados no passado mas atuantes ainda.  Pra Nathallia Protazio, encomendamos o texto que vai aqui: que ela comentasse o lançamento do primeiro livro. Como é? Como tem sido? O José Falero volta a um passado não muito longínquo, quando foi ajudante de pedreiro em obra no Campus do Vale, da UFRGS, e quando depois foi chamado pelo nome numa conferência de prestígio. A Cláudia Laitano explica uma triste novidade, os “cloroquiners”. Arthur de Faria conta a história de dois grandes músicos negros da cidade, dois jazzistas, que também foram esquecidos. Com grande gosto, temos uma crônica do Humberto Gessinger, contando de uma experiência de museu, onde a gente vê passado e presente meio embaralhados, sempre. Sabrina Lindemann comparece para lembrar Benedito Saldanha, um dos bons militantes da cultura na redondeza, falecido há pouco. Glauber Cruz examina forma e fundo dos personagens negros do clássico recente que é Cidade de Deus, texto que conversa com este outro do Daniel Rodrigues publicado no site do Roger Lerina. Fernanda Bastos apresenta a poeta June Jordan, oferecendo a tradução de poema seu.  Nossas séries seguem firme. A do folhetim do Rafael Escobar encerra hoje, deixando saudades e enigmas – afinal, por que mesmo o Jonas é chamado de Pasteleiro? –, assim como o passeio de Rodrigo Breunig pelos personagens machadianos que são leitores. Segue firme a notável série de Eduardo Vicentini de Medeiros, examinando a visão de Montaigne sobre o casamento.  Em matéria de imagem, passado e presente se entreveram de novo. Alisson Afonso oferece mais caricaturas de gente interessante. Nossos parceiros do Plantabaja apresentam o lar no foco das lentes.  Renato Rosa apresenta a Galeria Breve de Maria Lídia Magliani, uma artista rara, complexa, que marcou época e talvez esteja ainda naquele limbo do esquecimento, ou da negligência. No ensaio de fotos, a partir do trabalho de Leandro Anton, visitamos a história dura e triste da reclusão, da marginalização, do descaso ativo com a juventude pobre.  Como o velho marinheiro Paulinho da Viola: durante o nevoeiro – pandemia, negacionismo, flertes golpistas –, o negócio é levar o barco […]

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A cada semana, Parêntese se faz, de novo, uma pergunta: o que é mesmo que estamos fazendo aqui, ao fazer a revista?  Tem uma resposta nova hoje: a gente olha para trás e para a frente. Tipo Paulinho da Viola: “Quando eu penso no futuro, não esqueço meu passado”. Sabe como é, nestas horas é bom sempre ouvir os gênios, como o Paulinho. Ouça “Desilusão”, então. Agora mesmo. Depressa. Depressa e devagar. O passado vem com uma extensa visitação à figura, à obra, à fama e ao olvido do Ovídio Chaves – perdão pelo trocadilho. Pedro Haase e Kadão Chaves recuperam um tanto da história local que se cifra na trajetória do Ovídio. Vai hoje a primeira parte dessa biografia. Mas tem o presente apontado para o futuro: conversamos com Júnior Maicá, O Bairrista, uma figuraça, um saudável empreendedor no campo da comunicação, antenado para o potencial da região e sempre alerta para os entraves locais, forjados no passado mas atuantes ainda.  Pra Nathallia Protazio, encomendamos o texto que vai aqui: que ela comentasse o lançamento do primeiro livro. Como é? Como tem sido? O José Falero volta a um passado não muito longínquo, quando foi ajudante de pedreiro em obra no Campus do Vale, da UFRGS, e quando depois foi chamado pelo nome numa conferência de prestígio. A Cláudia Laitano explica uma triste novidade, os “cloroquiners”. Arthur de Faria conta a história de dois grandes músicos negros da cidade, dois jazzistas, que também foram esquecidos. Com grande gosto, temos uma crônica do Humberto Gessinger, contando de uma experiência de museu, onde a gente vê passado e presente meio embaralhados, sempre. Sabrina Lindemann comparece para lembrar Benedito Saldanha, um dos bons militantes da cultura na redondeza, falecido há pouco. Glauber Cruz examina forma e fundo dos personagens negros do clássico recente que é Cidade de Deus, texto que conversa com este outro do Daniel Rodrigues publicado no site do Roger Lerina. Fernanda Bastos apresenta a poeta June Jordan, oferecendo a tradução de poema seu.  Nossas séries seguem firme. A do folhetim do Rafael Escobar encerra hoje, deixando saudades e enigmas – afinal, por que mesmo o Jonas é chamado de Pasteleiro? –, assim como o passeio de Rodrigo Breunig pelos personagens machadianos que são leitores. Segue firme a notável série de Eduardo Vicentini de Medeiros, examinando a visão de Montaigne sobre o casamento.  Em matéria de imagem, passado e presente se entreveram de novo. Alisson Afonso oferece mais caricaturas de gente interessante. Nossos parceiros do Plantabaja apresentam o lar no foco das lentes.  Renato Rosa apresenta a Galeria Breve de Maria Lídia Magliani, uma artista rara, complexa, que marcou época e talvez esteja ainda naquele limbo do esquecimento, ou da negligência. No ensaio de fotos, a partir do trabalho de Leandro Anton, visitamos a história dura e triste da reclusão, da marginalização, do descaso ativo com a juventude pobre.  Como o velho marinheiro Paulinho da Viola: durante o nevoeiro – pandemia, negacionismo, flertes golpistas –, o negócio é levar o barco […]

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