Revista Parêntese

Parêntese #101: No palco, os estudantes

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Parêntese #101: No palco, os estudantes Aquarela de Angela M. Barreto

A 15 de novembro de 1941, no Theatro São Pedro, era apresentada uma peça de teatro destinada a marcar aquele presente e o futuro. Era o tempo da Segunda Guerra e do Estado Novo. Era o tempo anterior à televisão, auge da Era do Rádio. Um tempo em que o teatro, esta arte quente por definição, tinha enorme impacto na opinião pública das cidades.  

Aquele momento, nada menos que oitenta anos atrás, viu nascer o Teatro do Estudante, em Porto Alegre. Era uma iniciativa de jovens universitários – num tempo em que chegavam ao ensino superior muito, muito poucas pessoas. (Esta universidade que agora se chama UFRGS tinha sido criada apenas sete anos antes de 1941…) 

A história do Teatro do Estudante está no centro da Parêntese 101. Num texto ao mesmo tempo objetivo e amoroso, Andréa Bonow repassa os lances decisivos da iniciativa. Filha de um dos protagonistas do T.E., Andréa manteve desde sempre um carinho notável pelo acervo legado pelo pai, Germano Bonow Filho, que em 1941 era ainda um futuro advogado e juiz, um futuro líder do Partido Socialista Brasileiro. (Para não haver equívoco: este Bonow Filho viria a ser pai da Andréa e de Germano Mostardeiro Bonow, médico e deputado por várias legislaturas.)

Para acompanhar e ilustrar esse relato, Flávio Tavares, jornalista, memorialista, grande figura pública brasileira, conta de sua relação com Bonow Filho, e Juliana Wolkmer, atriz e historiadora do teatro, conta do que ocorreu a partir do movimento desencadeado pelo Teatro do Estudante. 

Nossa entrevistada é Liana Timm. Figura muito conhecida, dos meios plásticos e literários, ela atendeu ao convite formulado por Renato Rosa, que comandou uma equipe de muitos perguntadores que fizeram a Liana contar muita coisa de interesse.

Em lugar de um ensaio de fotos, temos na 101 um ensaio gráfico, de autoria de Angela M. Barreto. Historiadora, pintora autodidata, ela faz a cidade reviver em imagens sensíveis. Aliás, Ângelo Chemello Pereira produziu um novo material, ainda em comemoração aos nossos 100 números da Parêntese. Dá gosto de ver o tanto de beleza e inteligência nossa revista deu a ver em imagem e texto, nesse já longo tempo de vida.

Na série “Os Locais”, o traço genial de Edgar Vasques mostra a antiga Faculdade de Medicina e um de seus mais inesperados ex-alunos, Apparício Torelly, que no futuro adotaria o título debochado de Barão de Itararé. (Sem querer, calha de transcorrerem agora mesmo 50 anos de sua morte, em novembro de 1971.)

Nossos colaboradores habituais estão na área. Caue Fonseca, no antepenúltimo capítulo de seu folhetim, conta do flagra da mulher do Valdir. Arnoldo Doberstein conta da história da iluminação pública de Porto Alegre, enquanto Arthur de Faria narra a trajetória do famoso Renato e seu conjunto. Antonio Padeiro encerra hoje sua breve série de memórias sobre o Garagem Hermética, casa noturna em que ele trabalhou como porteiro, testemunha de incontáveis casos que o levam a reflexões de valor geral. 

De lambuja, vai o primeiro capítulo do novo romance de Carlos Gerbase, em lançamento na Feira do Livro. 

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