Revista Parêntese

Parêntese #115: Ucrânia

Change Size Text
Parêntese #115: Ucrânia

No mapa ucraniano de até umas semanas atrás cabia uma população de 42 milhões de pessoas, para uma área de 604 mil quilômetros quadrados. 

Isso é pouco? É muito? É quanto?

Graças ao Ian Alexander eu conheci uma comparação que dá concretude à palavra “Ucrânia” e a esses números. No mapa brasileiro – onde não há guerra declarada, mas nunca faltaram massacres de pobres, pretos e índios –, a soma do estado de São Paulo com o Mato Grosso do Sul resulta em 605 mil quilômetros quadrados com uma população de 46 milhões de almas.

Ajuda a concretizar a coisa toda? 

Então pega na minha mão que eu te conduzo até os textos da Tânia Baumann, que evoca uma Kiev de 30 anos atrás, quando ela lá estudou balê. Do Roberto Jardim, que recompõe uma quase fantasmal partida de futebol na Ucrânia, durante a Segunda Guerra. Da Fernanda Concatto, brasileira que estava vivendo no sul da Polônia e resolveu cair fora enquanto é tempo. 

A guerra tem cheiro de morte não apenas ali onde estouram as bombas: o passado, o futuro, a vizinhança, o sonho, tudo se deteriora.

A edição 115 entrevista Zé Adão Barbosa, uma criatura de exceção no mundo, ator, diretor e empreendedor de altíssima capacidade. Outro veterando, Ayres Potthoff, mais conhecido como flautista e professor, nos oferece um ensaio fotográfico de beleza… pacífica. 

Por casualidade, aparece duas vezes uma mesma e rara figura: Pedro Weingärtner. Sim, o pintor, aqui nascido e estudado na Europa, é evocado no capítulo da história da cidade contada pelo Arnoldo Doberstein e na notícia circunstanciada que nos traz a Priscila Casagrande de um lindo projeto novo.

Pablito Aguiar conta, com seu habitual e excelente caminho, a história de uma heroína de nosso cotidiano, Júlia Trombetta. Nas tirinhas, Augusto Bier e Carlos Castelo colocam os vira-latas para filosofar.

O folhetim da Taiasmin Ohnmacht evolui e deixa claro que nem a ficção científica fica fora do debate identitário de nossos turbulentos dias. 

Como se fosse pouco, duas luxuosas crônicas, atravessadas de originalidade e vida – leia lá e me conta depois da beleza dos textos da Bibiana Borba e da Marília Kosby. Na paz precária que nos acompanha.

ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1
ASSINE O PLANO ANUAL E GANHE UM EXEMPLAR DA PARÊNTESE TRI 1

Esqueceu sua senha?

ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.
ASSINE E GANHE UMA EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA PARÊNTESE.