Revista Parêntese

Parêntese #122: Indígenas em nossos dias

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Parêntese #122: Indígenas em nossos dias

O título ficou meio indigesto? Difícil de individualizar o sentido? Muito dididi, muito tititi, muito mimimi?

Ocorre que até bem pouco tempo nós todos ficávamos contentes com o Dia do Índio. Era um por ano, apenas um, o dia 19 de abril, data sacramentada por Getúlio presidente, em 1943, e escolhida por ter sido num 19 de abril, em 1940, que começou o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, no México.

Era um dia de índio, e era tudo.

Por trás, toda uma estratégia em atuação – a estratégia de considerar o indígena como parte do passado, não como parte do presente e do futuro. “Antigamente havia índios”, “no tempo antigo eles andavam por aí”, etcétera e tal. Os indígenas eram preterizados – eram jogados para trás. 

Mas, olha só: eles não estão só no passado. Eles estão no presente, se articulam, sobrevivem e até vivem. Pensam, organizam sua vida, estudam, pensam sobre o futuro, e hoje em dia nos ensinam muita coisa, começando pelo elementar direito de serem reconhecidos como gente do presente.

Parêntese já andou trazendo o debate para suas páginas virtuais. Entrevistamos uma antropóloga revolucionária, Aparecida Villaça. Ouvimos a história de Márcia Mura, indígena e doutora em História Social. Lemos as reflexões de Julie Dorrico, que nos apresentou a escritores e escritoras indígenas.

E neste 122 voltamos ao ponto para mais saber. Aqui entram imagens, textos e vivências trazidas pelo pessoal do Museu Antropológico do RS, instituição existente há 44 anos e há pouco instalada no prédio do Memorial do RS, ali na praça da Alfândega. Hoje é um dos dias dos indígenas, eles nos dizem.

No mais, seguimos com mais um capítulo da história de Porto Alegre pelo Arnoldo Doberstein, enquanto o folhetim da Taiasmin Ohnmacht alcança aqui seu penúltimo capítulo. Carlos Scomazzon segue suas Memórias de epilepsia, que têm conquistado leitores em várias partes e circuitos, já clamando por ser transformados em livro.

Cristiano Goldschmidt, amigo da casa, nos oferece um texto em que apresenta um livro, organizado por ele e Liana Borges, em homenagem a um dos grandes brasileiros de todos os tempos, Paulo Freire, livro que vem resenhado por Samara Leonel. Enquanto isso, João Roberto Maia repassa em grandes linhas a trajetória e a poesia de Manuel Bandeira. 

Na entrevista, Roberta Flores Pedroso conversou com Natércia Moraes Garrido, pesquisadora de literatura e também neta de um desses grandes e silenciosos heróis brasileiros, conhecido como Nascimento Moraes Filho, responsável direto pela redescoberta de Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista brasileira, uma mulher negra, uma ousada, uma libertadora. 

E a Ana Marson segue seu périplo pela Europa, numas férias que ela preparou por anos para poder agora vivê-la intensamente – e sempre bem-humoradamente.

Um grande gosto nosso oferecer todos esses textos.

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