Revista Parêntese

Parêntese #137: Neutro

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Parêntese #137: Neutro Obra de Ruth Aiko Asawa (Foto: Samantha Buglione)

Vai passando o tempo até a eleição e, para usar uma velha imagem (agora talvez até incompreensível), a porca vai torcendo o rabo. O manifesto pela democracia, que pede apenas que exista um país organizado depois da tempestade bolsonárica, foi achincalhado pelo ex-capitão, que considerou as 700 mil assinaturas coisa de gente “sem caráter”, que apoiou uma reles “cartinha”. 

Trivial nada é, nessa escala. Tem praticamente tantas assinaturas quanto mortos na pandemia. Porto Alegre deve ter quase 1,5 milhão de habitantes: seria então como a morte de metade da nossa população – e a assinatura ativa da outra metade. Gente que não acaba mais. 

Não tem neutralidade cabível, é claro. 

Por isso mesmo a 137 traz a segunda parte da entrevista do Tabajara Ruas, feita com a parceria da CuboPlay. O escritor e cineasta aqui repassa figuras históricas que sua obra abordou com gosto – o general Netto da primeira metade do século 19, Brizola na segunda metade do século 20. Gente de honra, de palavra, de coragem. Como se requer de nós todos agora.

Falando nisso: na semana que entra, a partir de terça, dia 9, até o dia 14, sempre às 19h, a Cinemateca Paulo Amorim, da Casa de Cultura Mario Quintana, vai apresentar um documentário sobre a obra do Taba e seus longa-metragens. (Mais informações no @cinematecapauloamorim)

“Ator, tu é neutro, tá?”

Este é apenas um dos novos palíndromos da dupla Fraga & Giba, que além de tudo contam a história dessa velha e viciante brincadeira de linguagem. E estamos apenas no segundo capítulo da série!

Um destaque muito especial está na memória de Rosa Maria Hessel Silveira. Agora uma professora aposentada da UFRGS, quando muito jovem ela protagonizou um episódio marcante da história dos festivais de música popular em Porto Alegre, naqueles magnéticos anos 1960, atravessados de vaias nada neutras. Leia, veja, escuta e reviva aquilo tudo. Sensacional.

Samantha Buglione oferece mais um momento de sua visita à Bienal de Veneza, deste ano. Enquanto isso, nossa editora Nathallia Protazio, que tá quase lançando livro novo – aguarde! –, chora a morte de Miró, um poeta pernambucano. E Ana Marson, de cujo talento estávamos já saudosos, medita sobre seu aniversário mais recente, numa data tão especial que merecia ser feriado mundial.

O folhetim do Ângelo Chemello Pereira chega ao quarto capítulo: mais uma vez estamos na parada de ônibus, mais uma vez mergulhamos na interioridade da protagonista. Vinícius Mendes completa o quadro das ficções do número 137, numa visita minuciosa aos cafés.

Arnoldo Doberstein nos conta de prédios art-nouveau da cidade. E a tira de Tom & Laura se apresenta em mais uma criação de Augusto Bier e Carlos Castelo.

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