Revista Parêntese

Parêntese 56: Muitos fins

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Parêntese 56: Muitos fins Foto: José Luis Lima

Parêntese tem um ano e já chorou por escrito uns quantos mortos. 

Rui Gonçalves, o Rui da Palmarinca. José Cavalcante de Souza e Carlos Roberto Cirne Lima, professores de Filosofia. Os escritores Antônio Bivar e Benedito Saldanha. Do mundo da música popular, Sérgio Ricardo e Zuza Homem de Mello. Walter Nique, intelectual e político. Oskar Coester, inventor, empreendedor e visionário. O ator Zeca Kiechaloski. O pintor, gravador e escultor Gelson Radaelli. 

Chorar essas figuras todas nos faz entender melhor a vida cultural do país, ao fazer medir a densidade de sua ação. 

Agora chegou a vez de outro luto, feito aqui por Vitor Ramil, sobre Felipe Elizalde, outro que 2020 levou consigo. 

Virada de ano tem isto: cresce o sentido de dar balanço, avaliar para poder ir adiante. E nós vamos, na edição 56, com muita coisa de qualidade para ler e ver. 

Na entrevista, a vida da Maria Nazaré Cavalcante, a Naza, jornalista e atriz de formação, professora de ioga por vocação, que traz em sua trajetória uma parte da energia das décadas desde 1970. 

No ensaio de fotos, José Lima, outro jornalista, fotógrafo por esporte, que registra imagens de São Leopoldo. Na seção de quadrinhos do Pablito, a segunda parte de uma entrevista que foi feita na edição 17, em abril.

As três longas séries em desenvolvimento dão um passo adiante: Arthur de Faria com o quase fim da Era do Rádio, Eduardo Vicentini de Medeiros auscultando a obra de Hilda Hilst e Marcelo Martins Silva, no folhetim, esgravatando na atormentada consciência do protagonista de “Mil manhãs semelhantes”. 

(Chegarão a mil mesmo? Ano que vem o governo negacionista e confuso conseguirá oferecer, desde Brasília, um espetáculo menos patético, menos truculento, mais razoável do que o deste 2020?)

Milton Ribeiro conclui sua apresentação, breve e ao ponto, do gênio de Beethoven. José Falero sonha com um avião mais parecido com um ônibus. Nathallia Protazio acalenta uma vida menos isolada. Breno Serafini abre um arco de Machado de Assis ao presente. E Jandiro Koch visita a Porto Alegre de cem anos atrás, já povoada de shows de travestismo. 

– Luís Augusto Fischer

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