Revista Parêntese

Parêntese #94: Um susto imenso

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Parêntese #94: Um susto imenso

Lá vinha o bonde no sobe-desce ladeira, e o motorneiro parava a orquestra um minuto para me contar casos da Campanha da Itália e do tiro que ele não levou – levei um susto imenso nas asas da Panair.
    
A voz da Elis Regina deu corpo para essa letra do Fernando Brandt, na canção de Milton Nascimento que fez circular como talvez nunca antes a imagem das asas da Panair. Uma empresa de aviação brasileira, da mesma idade da Varig, mas fechada bem antes. A história fala de tramas complexas, que não cabem aqui. 
    
O que sim cabe é curtir a leitura da carta que Nilza Rezende reproduz e comenta. Uma carta escrita dentro de um avião da Panair, em algum ponto dos primeiros anos 1960, antes do golpe e do fim da empresa. 
    
A entrevista dá a palavra a uma figura de primeira qualidade na compreensão da música popular brasileira. O autor de clássicos indiscutíveis como Pequena história da música popular – da modinha à canção de protesto (1975), Música popular no romance brasileiro (1992) e a sensacional biografia Domingos Caldas Barbosa, o poeta da viola, da modinha e do lundu (2000). 
    
José Ramos Tinhorão é um monumento da cultura brasileira. É dos poucos de quem se deve dizer, sem margem a erro, que é indispensável para conhecer o mundo que abordou. Nascido em 1928, faleceu há pouco, em agosto de 2021, e deu entrevista para Cristiano Bastos, quando este pesquisava para seu livro sobre Nelson Gonçalves.
    
Fernanda Bastos reflete sobre as condições de tradução do que alguns chamam de “Black English” ao português. Na coluna de Vinícius Rodrigues, uma homenagem ao grande Santiago, o desenhista/cartunista/memorialista/ilustrador. 
    
A seção de história da cidade, de Arnoldo Doberstein, mostra agora representações da praça da Alfândega ao longo do tempo. O ensaio de fotos do Douglas Porto traz a cidade que nunca se mostra por completo. Arthur de Faria segue contando a história dos grandes conjuntos melódicos, com Breno Sauer na berlinda. “Os locais” traz agora, no desenho de Edgar Vasques, a Santa Casa, Qorpo-Santo e Aníbal Damasceno Ferreira. Convidamos a Mirna Spritzer a nos contar de sua longa amizade com a Irene Brietzke, falecida há pouco, que merece nossa lembrança. 
    
Estreia agora um novo folhetim, do Caue Fonseca, que vai acompanhar a vida de um sujeito como nós, uma vítima da pandemia atormentado por dores de cabeça e o risco de ver sua profissão virar fumaça. 
    
Tudo com uma homenagem a Paulo Freire, assunto de dois cartuns feitos com o coração e a inteligência, como aliás o grande educador indicava como ideal. Leandro Selister e Alisson Affonso nos comovem. 


P.S. – Está sendo lançado o audiolivro do sensacional projeto DESAPAGA POA. Olhem aqui mesmo, na página do Matinal.

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