Entrevista | Parêntese

Tinga: “O que move o mundo são as perguntas, não as respostas”

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Tinga: “O que move o mundo são as perguntas, não as respostas”
Por Luis Augusto Fischer e Katia Suma. Fotos de Carlos Edler. Estamos sentados no café do Barra Shopping esperando o Tinga, que chega, cumprimenta, nem chega a sentar na mesma mesa que tínhamos escolhido e já sugere nos afastarmos um pouco da entrada, para uma mesa mais resguardada, mais afastada do corredor do shopping, do fluxo incessante de pessoas. Coisa de celebridade. Mesmo assim, nos poucos segundos dessa mudança, Tinga para para posar com fãs. Paulo César Fonseca do Nascimento, mundialmente conhecido como Tinga, nasceu em 1978 e leva o nome do bairro em que se criou como seu apelido e sua identificação profissional. Começou no Grêmio, onde jogou profissionalmente entre 1997 e 2003. No período, foi emprestado para o Kawasaki Frontale, do Japão, e para o Botafogo. Em 2004, rumou para Portugal, onde defendeu o Sporting. De volta a Porto Alegre, jogou pelo Inter, seu clube do coração, e esteve no time que venceu a primeira Libertadores colorada, em 2006. Depois, foi vendido para o Borussia Dortmund, onde jogou algumas produtivas temporadas. De lá retornou para o Inter, venceu outra Libertadores, e encerrou a carreira pelo Cruzeiro, de Belo Horizonte, onde pendurou as chuteiras e trabalhou como gestor. Figura apreciada por seu posicionamento dentro e fora de campo, Tinga acumulou uma experiência que agora, como se vai ver na conversa, se converteu em sabedoria. Um homem maduro, que conheceu a dureza da vida precária e batalhou muito,  tendo sucesso numa carreira profissional traiçoeira como é a do futebol, Tinga agora pensa em outros desafios, com uma serenidade e um discernimento admiráveis. A entrevista ocorreu no dia 30 de outubro de 2019, e foi concedida para Luís Augusto Fischer e Katia Suman. Como sempre temos feito aqui na Parêntese, a edição faz questão de manter a informalidade do momento, e por isso não ajustamos todas as concordâncias canônicas. Alguma explicação vai entre colchetes. As fotos são de Carlos Edler. Parêntese (em função do movimento em torno do entrevistado) – É sempre assim? Tu nunca pode ficar muito visível? Tinga – Não, não, até posso. Só que vai ter interferência [na conversa], né? O pessoal vai parar pra conversar, tirar foto. (Ele pede um carioca duplo ao garçom, os entrevistadores pedem o seu também.) Mas tranquilo. Vim de casa, trabalhei hoje de manhã. Eu tenho, entre outras coisas, uma agência de turismo – na verdade é a minha esposa que toca mais. P – E tu trabalha com agenciamento de jogadores? T – Não, futebol eu não trabalho. P – Por que não? T – Não me identifico com agenciamento de jogador. P – Tu trabalhou na gestão? T – Tu estás falando em empresário de jogador? P – Deixa eu começar por aí. Como foi a tua relação com empresários, foi boa? T – O meu empresário, a gente tem uma amizade até hoje. Menos do que tínhamos, mas temos uma amizade até hoje. Foi uma relação bem legal. P – Desde o começo o mesmo cara? T – Não, […]

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