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Agnès Varda encerra Cineclube Terreira da Tribo 2019

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Agnès Varda encerra Cineclube Terreira da Tribo 2019
Nos dias 9 e 10 de dezembro, às 20h, o Cineclube da Terreira da Tribo exibe dois clássicos da cineasta Agnès Varda, com entrada franca. Na segunda (9/12), será projetado Os Catadores e Eu, e na terça (10/12), após a exibição de As Praias de Agnès, acontece uma conversa com o cineasta Pedro Isaias Lucas. As apresentações integram a programação Terreira da Tribo Eu Apoio! – uma campanha de financiamento coletivo e permanente para a manutenção do espaço cultural Terreira da Tribo, por meio de uma plataforma online. As pessoas interessadas em colaborar podem fazer uma assinatura mensal aqui. Agnès Varda, nascida Arlette Varda (1928 – 2019), foi uma cineasta e fotógrafa belga, radicada na França. Foi também professora na European Graduate School. Seus filmes focavam no realismo documental, ou formas não-ficcionais de mídia, focando no feminismo e/ou em produzir críticas sociais em um estilo experimental. Os Catadores e Eu (2000, 78 min). Um dia, frequentando uma feira de seu bairro, Varda se surpreendeu com as figuras dos catadores, que vivem dos restos de comida. Ela retornou às feiras e aos poucos travou contato com essas pessoas para descobrir sua rotina, sua visão sobre a França e as perspectivas para o futuro. Os Catadores e Eu é um documentário que mostra uma visão humana da vida dos catadores de frutas que, após a colheita, recolhem tudo aquilo que ficou no chão e depois vendem ou doam para os pobres famintos. A partir de um célebre quadro de Millet, Des glaneuses (Os Catadores), o filme de Agnès Varda é um olhar sobre a persistência na sociedade contemporânea dos catadores, aqueles que vivem da recuperação de coisas que os outros rejeitam. A catadora, nesse sentido, é Agnès Varda, que experimentando pela primeira vez uma pequena câmera digital, se assume como uma recuperadora das imagens que outros não querem ver nem fazer, e que, portanto, deixam para trás. As Praias de Agnès (2008,108 min). “Se você abrir uma pessoa, irá achar paisagens. Se me abrir, irá achar praias”. Na areia de uma praia, Agnès Varda dispõe espelhos que refletem o mar e também seu rosto – ponto de partida para uma viagem autobiográfica em que se alternam documentário e ficção. “É uma ideia engraçada, entrar em cena, filmar um autorretrato quando se tem quase 80 anos”. A ideia surgiu um dia na praia em Noirmoutier (onde ela filmou, em 2006, Quelques Veuves de Noirmoutier). “Percebi que outras praias tinham marcado a minha vida. As praias se tornaram um pretexto e sequências do filme. Eu queria passar para meus parentes e conhecidos algumas histórias e algo de meu trabalho ao longo de minha jornada de vida. E mais, queria voltar o espelho para os outros, para aqueles que me formaram, aqueles que conheci, as pessoas que amei.” Seg e ter às 20h

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