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Casa de Cultura Mario Quintana abre exposição “Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam”, de Nathan Braga

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Casa de Cultura Mario Quintana abre exposição “Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam”, de Nathan Braga "Denominador Comum". Foto: George Magaraia

A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) recebe, de 10 de agosto a 15 de setembro, a exposição Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam. A mostra do artista visual carioca Nathan Braga, que tem apoio do Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi), ocupa a Fotogaleria Virgílio Calegari, no sétimo andar da CCMQ.

No texto de apresentação da exposição, Aldones Nino, historiador da Arte, assessor de Formação e Educação do Instituto Inclusartiz e Curador Adjunto de Collegium, explica que o nome da mostra, inverte a lógica do ditado popular, sugerindo uma aproximação direta com o título do último livro de Mario Quintana, e afirmando a longevidade dos anéis em contraponto à brevidade do corpo que faz uso deles.

Essa dicotomia se traduz em obras essencialmente contraditórias, como jóias que, no lugar de pedras preciosas, utilizam naftalina. “Muito utilizadas em gavetas e armários para espantar traças e roedores, postergando assim o tempo de vida do que se pretende proteger, além de usualmente trazerem à memória lembranças passadas, seja de avós ou parentes mais velhos, funcionam como fósseis do corpo que não existe mais, objetos que adquirem sobrevida ao corpo enterrado”, discorre Aldones Nino.

Em Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam, cada obra a seu modo, configura uma fuga do tempo a partir de estratégias alquímicas que não se conformam com o fato da morte como desaparecimento, diz o historiador da Arte. “Matérias, formas e signos encenam o desejo de permanência daquela memória que se esvai. Essa investigação plástico-material faz parte da pesquisa que o artista vem desenvolvendo ao longo dos últimos anos, que se desdobra em diversas plataformas artísticas”, prossegue Aldones.

“Denominador Comum”. Foto: George Magaraia

O diretor da CCMQ, Diego Groisman, relata que a exposição é resultado de um convite especial da instituição. “Nathan mandou uma proposta para o Projeto Vitrine CCMQ, mas entendemos que seria mais adequado receber a exposição, que reúne fotografia e instalações, utilizando diversos suportes artísticos e o aspecto sensorial da percepção olfativa. As jóias produzidas com naftalina irão se decompondo ao longo da mostra, ressaltando o conceito de impermanência”, acrescenta o dirigente cultural. 

Groisman informa ainda que duas das obras que compõem a exposição Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam serão incorporadas ao acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS): a videoarte Despertar (2021) e o tríptico La petite mort (2021).

Serviço

Exposição Vão-se os Dedos, São os Anéis que Ficam
Quando: 10 de agosto a 15 de setembro
Visitação: segundas a sábados, das 10h às 18h
Onde: Fotogaleria Virgílio Calegari – sétimo andar da CCMQ – Andradas, 736 – Centro Histórico de Porto Alegre

terça-feira, 10 a 10 de agosto de 2021

Fotogaleria Virgílio Calegari (7° da CCMQ - Andradas, 736 – Centro Histórico)

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