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Com debates, cinema e show do primeiro grupo de rap indígena do Brasil, Itaú Cultural estreia “Mekukradjá”

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Com debates, cinema e show do primeiro grupo de rap indígena do Brasil, Itaú Cultural estreia “Mekukradjá” Ziel Karapotó. Foto: Tássio Tavares/Divulgação

De 28 a 30 de julho, o Itaú Cultural transmite em seu site e na página do YouTube, a sexta edição do Mekukradjá – Circuito de Saberes, com encontros dedicados às tradições, à resistência, às renovações e a outros aspectos dos universos indígenas no Brasil contemporâneo. 

Com curadoria da antropóloga e documentarista Júnia Torres e do educador Daniel Munduruku, esta edição tem como tema O Futuro Está na Memória! e conta com participações de importantes lideranças do campo acadêmico, audiovisual, musical, literatura, artes visuais e de artes cênicas.

Em três dias de programações online e ao vivo, o evento traz conversas – ou Círculos de Saberes – que abordam assuntos relacionados à tradição, renovação e cultura dos povos originários. A representatividade indígena no mundo virtual, bem como suas iniciativas empreendedoras, participações ativas em produções culturais e a manutenção das práticas ambientais coletivas, são alguns dos temas abordados pelos 18 convidados de comunidades do Acre, Alagoas, Bahia, Roraima, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. 

Destaque para as presenças do vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, Dário Kopenawa Yanomami, do apresentador do podcast Copiô, Parente, Cristian Wari’u, a escritora de literatura indígena Julie Dorrico, o cineasta Ziel Karapotó, e o estilista e bailarino clássico Edenilson Dias Delgado.

Sempre com duas mesas de debate por dia, às 10h e às 16h, a mostra exibe, ainda, O Verbo Se Fez Carne (2019), primeiro curta-metragem do diretor Ziel Karapotó e que será transmitido após a fala do cineasta.

Vencedor de 20 prêmios no circuito de cinema nacional, o filme fala sobre as cicatrizes deixadas pela invasão dos europeus em Abya Yala, que, na língua do povo Kuna, significa Terra madura, Terra Viva ou Terra em florescimento e é sinônimo de América. Na produção audiovisual, Karapotó utiliza seu corpo para denunciar a imposição da língua do colonizador aos povos indígenas, uma face do projeto colonialista.

Também está programada uma apresentação musical do Brô MC’s, primeiro grupo de rap indígena do Brasil. Formado por jovens das etnias Guarani e Kaiowa, o conjunto traz em suas músicas letras marcantes, extrapola fronteiras físicas e imateriais e constrói pontes por meio do rap e das culturas indígena e do hip hop. Com o show Retomada, trabalho recente do grupo, a apresentação propõe divertimento, reflexão, informação e entretenimento ao público, que poderão desfrutar de um repertório que varia linguisticamente do português ao guarani, passando também pelo espanhol.

Programação

28 de julho

10h às 11h
Mesa 1 – O que se pode aprender com o passado?
16h às 17h
Mesa 2 – O futuro que se chama hoje.

17h – Show Brô MC’s

29 de julho

10h às 11h
Mesa 3 – A memória como instrumento de luta.
16h às 17h
Mesa 4 – Somos aqueles por quem esperamos.

30 de julho

10h às 11h
Mesa 5 – Histórias que mudam a história.
16h às 17h
Mesa 6 – A arte para além dos tempos.

quarta-feira, 28 a 28 de julho de 2021 | 10h00 - 16h00

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