Demétrio Xavier em “Cerro Colorado – 112 Anos de Atahualpa Yupanqui”

“Por um lado, o argentino nascido em 1908 afirmava que seu ambiente era o caminho; sua sina era ser peregrino… e o demonstrava, vivendo quase todo o tempo na Europa e atuando em todo o planeta. Ao mesmo tempo, quantos criadores podem ser mais indissociáveis de seu lugar no espaço, seus pagos, do que esse trovador gaucho?” Com essa indagação, Demétrio Xavier presta homenagem a Atahualpa Yupanqui (1908 – 1992) nesta sexta (31/1), às 21h, no Café Fon Fon, na continuidade do Recital Cantos do Sul da Terra. Xavier conta que a família de Atahualpa é quem conduz, hoje, o museu em que se transformou aquela casa de pedra, em um lugar que o escritor, compositor e músico batizou de Água Escondida. Todos os anos, na data de nascimento de Don Ata, faz-se lá uma celebração tão transcendente quanto íntima, em que as principais presenças são os músicos yupanquianos. Demétrio Xavier é figura requisitada e frequente nesse encontro que tem muito de ritual, significado por tantos elementos constitutivos da obra do homenageado e a passos de sua tumba, sob uma árvore. O músico porto-alegrense dedica-se há 35 anos a esse repertório, a interpretá-lo, compreendê-lo, difundi-lo. Ingressos no local. Sex 21h